No mês destinado a saúde mental, Janeiro Branco, pesquisa aponta o Maranhão como o estado com menos psicólogos na rede pública do Nordeste

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Mais de 100 municípios do Nordeste não têm psicólogos e 70% não contam com psiquiatras

Em pleno Janeiro Branco, campanha conscientiza sobre os cuidados com a saúde mental e incentiva a população a buscar ajuda, entidades alertam que o número de profissionais do SUS que atuam na área é insuficiente para a demanda da população. No Nordeste, o Maranhão tem o menor número de psiquiatras e psicólogos da rede pública da região: existe um psicólogo para cada 5,4 mil habitantes e um psiquiatra a cada 53,3 mil. Em contrapartida, Alagoas é o estado que possui maior quantidade proporcional de psicólogos da região: 1 a cada 2,4 mil habitantes.

Ainda de acordo com levantamento realizado pela Agência Tatu, em toda a região, 103 cidades não possuem psicólogos na rede pública e quase 1.300 não contam com o atendimento de psiquiatras.  

A apuração, feita a partir da base de dados do DataSUS, considerou os dados de novembro de 2024, os mais recentes enviados pelos municípios e disponibilizados na plataforma.

Outro dado negativo é que 70,8% dos municípios não têm psiquiatras do Nordeste. Mesmo assim, a região apresenta a segunda melhor situação do país, ficando atrás apenas do Sudeste (65,4%). Em todo o país, apenas 28% dos municípios brasileiros têm, ao menos, um profissional. Os demais não têm cobertura psiquiátrica.

O estado com pior índice é o Amazonas, que possui 0,6 psiquiatra para cada 100 mil habitantes, ou seja, é como se tivesse que dividir um profissional para essa quantidade de pessoas. 

No Nordeste, o Maranhão tem o pior índice também com relação a esse profissional. Os municípios contam com 1,8 profissional por 100 mil, o que significa um psiquiatra para cada 53.359 habitantes. A média nacional é de 3,2 por 100 mil habitantes. 

Da região, a Paraíba aparece com melhor índice, ficando em quarto lugar no ranking nacional: 4,1 para cada 100 mil habitantes. O estado fica atrás apenas de São Paulo (4,3), Distrito Federal (5,1) e Rio Grande do Sul (6,1).

A média regional

O cálculo leva em consideração a quantidade de profissionais que atuam no SUS e a quantidade de habitantes dos municípios, segundo o IBGE (2022).

O estado do Maranhão tem 18,5 psicólogos a cada 100 mil habitantes, o que representa um profissional para cada 5.404 pessoas, o menor número entre os estados da região e o terceiro do Brasil. Na sequência estão os estados da Bahia e Ceará, com 22 e 22,3 psicólogos a cada 100 mil habitantes, respectivamente. 

No ranking do Nordeste, o estado de Alagoas é o que mais disponibiliza psicólogos na rede pública: são 41 por 100 mil habitantes, ou seja, 1 psicólogo para cada 2.432 pessoas. Apesar de ainda ter um número muito distante do ideal, segundo especialistas, é o segundo melhor cenário entre todos os estados do Brasil, ficando atrás apenas do Amapá. A média nacional é de 27,2 por 100 mil habitantes. 

Capitais do Nordeste

No Nordeste, oito das nove capitais estão acima da média nacional, com exceção de Fortaleza. A capital do Ceará é, na região, a que menos conta com os profissionais de psicologia no SUS, sendo 26,2 por 100 mil habitantes. O município está em quinto lugar no ranking entre todas as capitais do país com menos psicólogos. Se toda população fosse atendida, seriam 3.818 cearenses para cada psicólogo. A reportagem tentou contato com o Município por meio dos telefones informados no site, mas não foi atendida.

Na contramão, Maceió é a capital do Brasil que mais disponibiliza os profissionais: 57 a cada 100 mil habitantes, ou seja, um psicólogo para cada 1.724 pessoas. Dos 546 psicólogos registrados no DataSUS, 352 estão disponíveis em equipamentos da rede municipal e 194 do governo estadual.

 

Com informações da Agência Tatu e Site Cubo.

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