Bebel no El país

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Luis Sevillano
Foto: Luis Sevillano

A nem tão assim nossa Bebel Gilberto, que está se apresentando na Espanha – nesta terça em Madri e amanhã, em Barcelona -, foi destaque no El País de hoje (27.10), na matéria intitulada “El peso del un apellido” (O peso de um sobrenome, em português).

Santo de casa… A cantora disse de cara que “a última coisa que faria seria mudar-se novamente para o Brasil”. A filha de João Gilberto e Miúcha, que nasceu em Nova York em 1966, ainda revelou que não abre mão de sua condição de nova-iorquina. Ela acredita que é, assim como muitos outros artistas que vivem fora, tratada injustamente em seu país. Para corroborar sua opinião, a matéria cita o exemplo do seu primeiro disco, “Tanto Tempo”, que passou despercebido por aqui, mas ganhou elogios até do (então) Presidente Clinton e lhe deu o título de artista que mais vendeu discos nos EUA desde os anos 60.

De Marley a Gilberto… Sobre seu novo trabalho, o CD All in one (Verve), Bebel falou sobre como a música “Sun is shining”, de Bob Marley, foi incluída. “Fui para a Jamaica de férias. Em um dos hotéis havia um estúdio de gravação e aconteceu de eu chamar varios amigos”, diz ela. O resto do álbum foi gravado em Nova Iorque e de Salvador, Bahia. E contou com o toque talentoso de Carlinhos Brown.

Outra surpresa do disco é “Bim Bom”, canção que seu pai gravou em 1958. “Daniel (neto de Antonio Carlos Jobim), que conheço desde a infância e que tem um apartamento ao lado do meu em Nova York, tocava piano no estúdio que tenho em casa. Havia uma canção que não nos vinha e aí resolvemos sair para comer. Ao retornar, ele tinha bebido uns copos de vinho e começou a cantar ‘bim bim bom bom bim …’. A gravamos em três horas “, relembra.

Sobre o peso de carregar o sobrenome de um mito da Bossa nova: “Nunca pretendo superar o respeito que o mundo é meu pai. Mas saber que você nunca será como ele é um pouco frustrante.”

Alô, Almodóvar, o que você está esperando? Bebel, que assina a composição de metade do disco, revelou que ainda incluiu “Chica Bom Chica Chic”, de Carmem Miranda, em homenagem àquela que considera a brasileira mais universal de todas. “Tenho o sonho de fazer um filme sobre ela. Eu tenho que fazer isso com Almodóvar, como já lhe disse. Eu sou a única que pode fazer Carmen Miranda no cinema. Eu vou morrer e não haverá outra.”

Do seu novo CD, All in One, “Canção de Amor”  é a música favorita de HOT SPOT.

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