Claudia Matarazzo puxa orelha de cerimonialista da Ilha

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Imagem reproduzido do blog de Claudia Matarazzo (Foto/Reprodução)
Imagem reproduzido do blog de Claudia Matarazzo (Foto/Reprodução)

NOIVAS QUE CONGELAM BORBOLETAS

por: Claudia Matarazzo

Tenho ouvido histórias incríveis e, dia desses fiquei literalmente arrepiada de puro horror com a falta de noção de algumas noivas – sem falar nos padres, que permitem esses excessos.

Era uma noite linda em São Luis, no Maranhão onde, na Class Eventos, uma das casas mais bacanas da cidade , reuniram-se cerca de 200 profissionais de casamentos com algo como 30 noivas. A ideia era trocar experiências e falar das “noividades” do mercado. (Assim mesmo: noividades, pois são tantas as novas idéias de produtos e serviços que a gente precisa se atualizar o tempo todo).

Aí uma cerimonialista perguntou o que eu achava da moda de soltar borboletas no Igreja ao final do casamento. Ora, já ouvi falar dessa coisa bem brega (e ecológicamente criminosa) mas achava que fora um caso isolado de uma noiva muito sem noção. Engano meu: a moda continua – e com requintes de crueldade!

Embatuquei na pergunta: disse que achava de péssimo gosto e pedi detalhes do procedimento. E ouvi de várias – não apenas uma, mas vááárias profissionais os seguintes relatos:

Como é que ninguém vê nada? – as borboletas chegam de Salvador ( alô Ibama da Bahia!!) em caixas furadas para ventilar mas pequenas para que não se mexam muito. E, no aperto, se estressam e muitas morrem.

Ainda: como não é uma coisa baratinha, as noivas exigem que sejam contadas e, para isso, é preciso abrir as caixas. E para que não voem, elas são colocadas por um certo tempo na geladeira, assim” desmaiam” e podem ser contadas…

Tá achando horrível?? Pois piora: na hora de soltá-las, como estão entre desmaiadas e mortas, é preciso acordá-las em instantes – para não perder o timing da música da saída da noiva. Assim, as cerimonialistas são obrigadas a bater nas caixas e elas assustam e, aí quando abrem a tampa, voam.

Borboleta na Cabeça! – entre o susto e a agonia da prisão,elas saem desbaratadas às cegas – e acabam por cair, esbarrar ou mesmo pousar em penteados e carecas dos convidados – constrangidos a assistir a esse espetáculo patético e deprimente.

Hello Noivas! Alguém acha que esse tipo de tortura condiz com a solenidade do momento? Será possível que ninguém – entre a cerimonialista, decorador, padre e família dos noivos – consiga incutir um mínimo de compaixão ( já que o mau gosto impera) nesses coraçõezinhos apaixonados das noivas que não hesitam em destruir em segundos uma das mais delicadas belezas que a natureza ?

Vamos combinar: noiva que precisa de borboleta desmaiada, congelada e morta em seu casamento pra se sentir feliz, só pode ser parente de vampira, com direito a criar garras à noite e sangrar pelos olhos vermelhos e caninos afiados! Xô exú – e te cuida noivo!

Extraído do site da consultora*

Claudia Matarazzo, durante evento em São Luís, autografando livro para o fotógrafo Ribamar Pinheiro (Foto: Marcela Simplício)
Claudia Matarazzo, durante evento em São Luís, autografando livro para o fotógrafo Ribamar Pinheiro (Foto: Marcela Simplício).
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