Marco Zero

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O carnaval se despediu e o Brasil começa a funcionar em 2007. É tempo de colocar em prática os projetos para que possamos ter um ano cheio de produtividade e novidades.

E por falar em coisas novas, descobri o disco da cantora baiana Juliana Aquino. A moça iniciou sua carreira nas ondas do axé music, ao lado de Netinho e Ivete Sangalo.

Aos 41 anos, Juliana resolveu trocar as “mãozinhas pra cima” por um clima mais intimista.

A mudança veio nos anos 90. Depois de se casar com o produtor Tuta Aquino, e passar vários anos morando nos Estados Unidos (onde cantou inclusive ao lado de Bebel Gilberto), Juliana voltou ao Brasil amadurecida profissionalmente.

O primeiro álbum solo dela independente, Discobossa, tem apenas clássicos dançantes em releituras em estilo bossa nova.

O trabalho que demorou dois anos para ficar pronto, vai na contramão de uma têndencia do mercado atual – acelerar a bossa com batidas eletrônicas.

– Sei que é uma coisa inversa a esse movimento de bossa eletrônica. Mas foi uma forma moderna que achei para fazer o ‘revival -, diz.

As primeiras músicas que ganharam versões com violão foram Never Knew Love Like This Before e Can’t Take My Eyes Off of You”, conta a artista. Depois, Dont’ Let me Be Misusderstood entrou na trilha da novela Páginas da Vida e deu um impulso para o CD.

Juliana Aquino, que estreou seu novo show em dezembro, no Rio de Janeiro, toca em São Paulo no próximo dia 5 de março – no projeto Tom Jazz.

Etílico

Bebida símbolo no País, a pinga se tornou também tema único de um projeto musical: Cachaça Dá Samba!, da dupla Alfredo Del-Penho e Pedro Paulo Malta.

Com sons que vão do partido alto às marchinhas, o álbum inclui até uma obra inédita de Moacyr Luz, A Verdade é Pura. No repertório há ainda títulos como O Pingo e a Pinga.

Alfredo Del-Penho e Pedro Paulo Malta fazem parte do elenco do musical de Sassaricando. O disco da dupla sai pela gravadora Deckdisc.

Estatísticas

Milhares de pessoas compareceram ao festival Rec-Beat 2007, realizado de 17 a 20 de fevereiro, no Cais da Alfândega, no Recife.

O show inebriante do Instituto, que reviveu sucessos do clássico da MPB “Tim Maia Racional”, no terceiro dia do evento, foi o melhor do festival e promete entrar para a história.

A única decepção foram os espanhóis do 2 IN PAR, que apresentaram um hip hop como manda o figurino, mas não surpreenderam no palco, no último dia. Em contrapartida, o grupo paulista expoente do mesmo ritmo, Z’África Brasil, fez o público vibrar, com um show enérgico e dançante na primeira noite do festival.

Mesmo sem bandas da era manguebeat, a produção local marcou presença no Rec-Beat 2007. Já era hora de Recife mostrar sua renovação e dar espaço à música instrumental de primeira do Rivotrill, às poéticas e emocionantes canções de Erasto Vasconcelos, à bela mistura de cultura popular e eletrônica do Digital Groove e ao rock do Mellotrons e do Parafusa.

No total, foram cerca de 62 mil pessoas nos quatro dias, sem brigas ou incidentes graves. Segundo a organização do evento, que coletou dados estimados pela polícia militar, o primeiro reuniu 12 mil pessoas. No segundo e terceiro, 32 mil estiveram presentes no Cais da Alfândega –16 mil em cada. Já no último dia, durante a apresentação de Tom Zé, o número foi recorde, com 18 mil foliões.

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