“Sou brasileiro, com muito orgulho”…

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Foram duas semanas em que o Rio de Janeiro tornou-se o Templo Sagrado do Esporte das Américas. O Pan/Rio conseguiu dar trégua para a violência que vinha incomodando nos últimos meses os cariocas. Também foi uma celebração que serviu como justificativa de que os Jogos Pan Americanos têm a sua importância e que nos últimos anos se percebia um certo desinteresse por parte de atletas e público pela competição.

Resuscitamos os Jogos Pan Americanos pela organização e a vontade de vencer dos atletas que compõem os países do continente americano. Mostramos ainda que somos uma potência mundial pronta para patrocinar Jogos Olímpicos, Copa do Mundo e mudar a realidade de milhares de brasileiros abaixo da linha de pobreza. Tudo depende de vontade política e de um mutirão, mobilização e engajamento da sociedade.

Todos sabemos da importância do esporte e da sua contribuição como formador de opinião e agente transformador social. E mais uma vez provamos que temos um povo que sofre, mas não desiste de sonhar com um mundo melhor. Já pensou se tivéssemos um investimento de verdade no universo esportivo, estaríamos no topo do mundo. Infelizmente, praticar esporte no Brasil ainda é privilégio de poucos, enquanto não tornar prioridade no sistema educacional público do País. Só que no meio dessa estrutura sócio-econômica existe sempre uma luz no fim do túnel. Brasileiros e brasileiras como Marta (futebol), Pretinha (futebol), Franck Caldeira (maratonista), Jadel Gregório (atletismo), Diogo Silva (Taewondô), superaram limites com determinação e a conquista. Não quero tirar os méritos de atletas como Tiago Pereira (natação), Rodrigo Pessoa (hipismo), entre outros atletas que gozam de um certo privilégio econômico para competir. O bom é perceber que o esporte é um “link” de integração de negros, brancos, mestiços, pobres, ricos, onde as medalhas conquistadas de ouro, prata ou bronze tem o mesmo significado, o suor da vitória.

Enfim, acompanhei a passo a passo pela TV os Jogos Pan Americanos do Brasil, e fiquei feliz porque a impressão é de que os objetivos foram alcançados. Atingir a perfeição é impossível, mas o que devemos absorver são os momentos significantes dos Jogos. Louvável o investimento de primeiro mundo feito para a montagem do evento. Outro ponto positivo foi o envolvimento dos cariocas. Eles fizeram do Pan uma festa da cidadania e brasilidade. E os atletas, esses não podemos poupar elogios. Fizeram o dever de casa com uma chuva de medalhas de ouro, prata e bronze, conquistadas no ar, na terra, no mar, na chuva, na grama, fazendo com que a bandeira e o Hino Nacional se fizessem presentes no pódio.

Estamos de alma levada, a missão foi cumprida por parte de quem organizou os Jogos no Brasil, pelos atletas que não apenas participaram, mas competiram. Destaque ainda a platéia que se vestiu de verde e amarelo e vibrou com cada atleta e modalidade.

Como um brasileiro, “ufanista” em determinadas circunstâncias, interagi com o sucesso dos Jogos Pan Americanos e a performance dos nossos vencedores com essa trilha: “Sou brasileiro com muito orgulho”…

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