Pitty: o acarajé apimentado do Pop

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Em uma entrevista concedida na última quarta-feira (19) ao site Terra momento antes de gravar o mais novo clipe, da música “De Você”, com direção de André Moraes, a cantora baiana Pitty falou sobre o vídeo, sua ligação com os fãs e sua visão com relação ao sucesso.

Questionada pelo fato de ser uma cantora que vende bastante, ter muitos fãs, aparecer na grande mídia e ter uma ligação muito forte com underground, Pitty disse acreditar que o “mainstream e o “underground” não precisam ser coisas imcompatíveis. “Há um lugar que você pode ocupar sendo comercialmente viável sem ser vendido. Não sei de onde as pessoas tiraram essa idéia de que a arte comercial é necessariamente leviana e inútil. Eu ainda sou idealista, quero fazer algo que venda mas que tenha uma certa relevância artística. A gente deixou de fazer muita coisa. Podíamos ter vendido muito mais discos, mas não quero fazer algo que eu vá me arrepender no futuro, só para vender mais.

Uma outro trecho extraído da entrevista de Pitty que me chamou atenção foi quando perguntada como se sentia fazendo parte dessa nova geração de cantoras que surgiu nos últimos anos, principalmente na MPB, mas que trouxe de volta uma certa atenção sobre as intérpretes brasileiras?

– Não. Eu não me sinto parte de geração nenhuma. O povo fala muito de “a roqueira baiana”, mas eu não me sinto baiana. Eu estou aqui em São Paulo mas eu não sou paulista, eu estou no Brasil mas talvez eu nem seja tão brasileira assim; eu sou de lugar nenhum. Quando a gente surgiu, éramos meio sozinhos. A gente não veio na onda do mangue beat, nem da no emo, nem de p… nenhuma.

Sobre a responsabilidade do artista em educar os fãs adolescentes que crescem ouvindo as suas músicas, Pitty foi taxativa:

– Eu não sinto essa responsabilidade. Acho engraçado quando alguém fala dessa “responsabilidade do artista”. Artista precisa fazer música, pintar quadro, fazer filme, não educar ninguém. Quem tem que educar é professor, pai e mãe. Artista pode ter um lado social, mas quem faz projeto social é o governo. Não tem essa obrigação de ser politicamente correto.

Em resumo, Pitty deixa bem explícito no bate papo que não defende o artista limitado, não é engajada e não faz apologia do culto à celebridade e tampouco quer fazer parte da hiprocisia da música. Enfim, o você o que acha da roqueira baiana ?

2 comentários para "Pitty: o acarajé apimentado do Pop"


  1. michael mesquita

    http://www.youtube.com/watch?v=xlwkK6OnXFY

    pedro, saca nosso primeiro clipe… música pronta, queremos mostrar no plugado…..

  2. Alessandra

    Ai nem gosto, muita pose eu acho. Na realidade a música brasileira atual é soh pose, triste isso.

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