Orilaxé para Mestre Felipe !

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O Mestre Felipe é uma figura de atitude e gosta de fazer barulho. Em 2003, o tambor de crioula comandado pelo mestre invandiu o espaço do TIM Festival, como uma das atrações da tenda batizada de Som e Energia que a Petrobrás montou dentro da área Village do Tim Festival,  no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro.

O Mestre Felipe, um dos nomes representativos da cultura popular do Maranhão, recebeu do grupo carioca Afro Reggae o prêmio Orilaxé para cultura popular. A solenidade aconteceu na noite desta quarta-feira, 25, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Ele dividiu o palco com Maurício Tizumba e Congado Mineiro.

E mais uma vez, o Mestre Felipe tem o seu nome reverenciado em um grande evento nacional. Foi nesta quarta-feira, 25, na festa de aniversário de 15 anos do grupo carioca AfroReggae, que surgiu com a preocupação de tirar das ruas e do mundo marginal milhares de crianças e jovens brasileiros tendo como foco a arte.

E para fazer o “link” entre o ideal e a realidade, o grupo necessitou do auxílio de parceiros que são reconhecidos anualmente com uma premiação singela. Este ano foram homenageados de Dona Ruth Cardoso à CUFA, numa constatação de que se preocupar com o bem estar de um povo está além da ideologia partidária ou de “nichos”.

Desde 2000, quando completou sete anos de existência, o grupo cultural carioca AfroReggae presta homenagem a pessoas e instituições que atuam no âmbito cultural em todo o Brasil. O Orilaxé contempla pessoas ou grupos distribuídos por 13 categorias: jornalismo, veículo de comunicação, fotografia, cantor, cantora, grupo musical, tradição afro-brasileira, cultura popular, afro reggae, responsabilidade social, empreendedor social, direitos humanos e projeto social.

E o Maranhão sempre esteve bem representado no âmbito da cultura popular. Desta vez, o premiado foi o Mestre Felipe, que teve o seu trabalho reconhecido em defesa da consolidação e desenvolvimento do tambor de crioula, tombada patrimônio imaterial do Brasil.

Além de Felipe, outros maranhenses tiveram seus trabalhos reconhecidos pelo Grupo AfroReggae e receberam o prêmio Orilaxé: Dona Teté, do cacuriá (2004), Mestre Apolônio Melônio, do Boi da Floresta (2006), e Mestre Abel das caretas (2007).

Na linguagem dos povos iorubas, orilaxé significa “a cabeça tem o poder de realização”. Na cultura africana, a cabeça é o receptáculo das forças emanadas pelos deuses e capaz de transformar o mundo. Simboliza também a capacidade de ordenar, governar e instruir.

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