Gilberto Gil dá adeus ao Ministério da Cultura

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O ministro Gilberto Gil pediu afastamento definitivo do Ministério da Cultura. O anúncio de sua saída foi confirmado pelo próprio ministro e músico em conversa com o Presidente Lula, que aceitou o pedido de demissão. Ele deve nomear o secretário-executivo da pasta, Juca Ferreira, para suceder o baiano Gil.

Mais cedo, antes de um almoço oficial com o presidente da Costa Rica, Oscar Sánchez, no Palácio do Itamaraty, Lula disse que “Gil teve uma recaída” ao voltar de uma turnê promovendo o novo disco. Segundo Lula, o “Brasil não pode prescindir do Gil só na política”, comentou. “Ele vai priorizar o que é importante [para ele].”  No comando da pasta desde 2003, Gil mostrou que funcionou também como Ministro da Cultura.  Entre algumas ações lançadas durante a gestão de Gil está o programa “Mais Cultura”, chamado PAC da Cultura, que prevê investimentos de R$ 4,7 bilhões até 2010 em todos os estados. O programa que coloca a cultura como política pública prioritária foi elaborado pela equipe de Gil.

Outras ações apontadas são as políticas na área de audiovisual, que possibilitou acesso a equipamentos multimídia por parte de projetos culturais.

Gil criou ainda um Plano Nacional de Cultura, que norteia as políticas públicas para o setor cultural, que está em análise no Congresso. O ministério também destaca a atuação na área indígena.

Segundo a pasta, na gestão do músico o ministério aumentou o uso de seleções públicas em ações da pasta e os investimentos em restauração de bens. Além disso, tornou patrimônio vários bens imateriais, como o samba, a capoeira, acarajé, o frevo e o tambor de crioula.

Se o pedido do afastamento de Gil foi a música ou não, uma coisa é certa o baiano agiu com bom senso. O fato de sair para a turnê de lançamento do mais novo disco, sem receber o salário de ministro, já sinalizava para essa tomada de decisão. Vamos ser sinceros, Gilberto Gil não estava muito satisfeito da maneira como se conduz a cultura no Brasil. Em entrevista a um jornal de grande circulação nacional, ele desabafou reclamando a escassez de recursos para a sua pasta, o que inviabilizava os seus projetos para a área. Disse ainda que os investimentos para o setor cultural no País não estão dentro do que é estabelecido pela UNESCO para os países que vivem eternamente desenvolvimento e também são denominados de emergentes.

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