Dançando Lambada…

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loalwabraz2.jpgOs 20 anos da febre da lambada no mundo serão comemorados no Brasil. Para isso, a brasileira Loalwa Braz (foto), vocalista do Kaoma, anuncia a gravação de um DVD ao vivo para festejar o aniversário. Quem não lembra dos versos “chorando se foi quem um dia só me fez chorar”, na voz de Loalwa, tomaram conta do mundo. Junto com o Kaoma, veio a lambada, ritmo e dança que viraram sinônimo de Brasil na virada dos anos 80 para os 90. Foi uma febre: o gênero vendeu milhões de álbuns por todo o planeta, foi pano de fundo de uma novela das oito (“Rainha da Sucata”, com Regina Duarte e Tony Ramos) e rendeu até um filme, o clássico trash “Lambada – A Dança Proibida”. Quem não dançou e continua dançando com esse estilo ‘caliente’.

Kaoma

No meio do furacão, estava a cantora brasileira Loalwa Braz. Ela era vocalista da banda Kaoma, projeto dos produtores franceses Olivier Lausaque e Jean Carracos. Duas décadas depois do estouro mundial, ela se prepara para comemorar a data com um DVD ao vivo e uma série de shows no Brasil. “A mídia pode até ter se cansado da lambada. Mas o público não cansou”, acredita.

Pandemia

Se a data do estouro mundial da lambada é fácil de definir, a do verdadeiro surgimento do gênero é mais obscura. A versão mais aceita é que a lambada apareceu no Pará na segunda metade dos anos 70, a partir de uma mistura do carimbó com ritmos do Caribe. De lá, o gênero se espalhou para o Nordeste e finalmente chegou a Porto Seguro, na Bahia. Na cidade, foi descoberto por um francês que passava as férias lá, Olivier Lausaque.

Segundo Loalwa, Lausaque ficou “fascinado” com a sensualidade da música e da dança. Voltou a Paris decidido a investir no ritmo e, junto com o produtor musical Jean Carracos, decidiu montar o Kaoma. Loalwa entrou no grupo através de uma audição. “Eu morava na França há quatro anos e cantava no circuito jazzístico. Fiz o teste sem nem saber direito para o que era e acabei escolhida”, lembra.

– Não tinha a menor ideia do sucesso que iria fazer. A coisa começou em Paris e em três meses tinha tomado conta da Europa. Em quatro, do mundo inteiro”, afirma. Dessa época (“quatro anos em turnê, sem parar”), Loalwa relembra dois momentos: cantar com uma tribo zulu na África do Sul e assistir à queda do Muro de Berlim. “As pessoas do lado ocidental dançavam lambada com as do lado oriental. Foi a trilha sonora daquele momento”, garante.

Atualmente, Loalwa se divide entre a França e o Brasil. Mora em Paris a maior parte do tempo, mas sempre volta ao país natal para “recuperar as energias”.

O DVD

A gravação do DVD em homenagem aos vinte anos do estouro da lambada deve acontecer em julho. A cidade ainda não está definida (“depende de acertos com patrocinadores”, revela), mas é certeza que contará com alguns convidados internacionais.

1 comentário para "Dançando Lambada…"


  1. Elza Rosa da Silva

    Loalwa Braz foi fazer o teste para compor o grupo Kaoma e nem precisou se preparar e nem mesmo sabia o que ia fazer. Foi a primeira candidata e foi a escolhida. Os produtores falaram: “É ESSA”. Por que será? VOZ E SWING BRASILEIRO, HELLOOOOOOOOOO!!!! E onde foram parar as outras candidatas? “Chorando se foram……………………………..”

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