Soberania…

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assembleia4.jpgO telejornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo. trouxe como um dos destaques da edição desta terça-feira (26), sobre a velha polêmica dos bailes funk, um gênero musical que serve de referência aos cariocas, e querendo ou não conquistou uma legião de fãs Brasil afora. Ao perceber a polêmica no funk, lembrei do que acontece com o reggae no Maranhão, onde alguns puristas fazem vista grossa ao movimento e reforçam o preconceito contra o gênero. É simples: tanto o funk quanto o reggae nasceram e são fundamentados nos Guetos. E na cabeça dos preconceituosos de plantão vem o estigma e a asociação das duas vertentes com todo tipo de violência. Música é arte, um direito a cidadania. Violência é algo provocado pelo psíquico e pelo regime de ‘casta’ em muitos são impostos a conviver.

Pois bem, vamos aqui acreditar que alguém faça apologia as drogas, ou incentiva a criminalidade, em letras de funk ou reggae. Agora, não podemos esquecer que os dois gêneros, originários dos guetos de dois países distintos e do mesmo continente americano(EUA e Jamaica), têm uma função social da diversão, da liberdade de expressão e movimentos de resistência, que só agregam valôres. Basta apenas um toque de sensibilidade para percerber.

Neste caso, prefiro relativizar acreditando que na vida existe o bem e o mal, o bom e o mau. Portanto, prefiro não dividir opiniões e acreditar que o funk carioca pode virar movimento cultural e musical.

Daqui a uma semana os deputados do Rio de Janeiro votam projeto de lei que inclui o funk em iniciativas de educação e lazer. E também decidem se revogam a lei que criou várias restrições para a realização dos bailes. Na prática, a lei aprovada no ano passado gerou repressão às festas, mas não impediu a realização de eventos longe da ação da polícia.

No meio à discussão, o presidente da Associaão dos Profissionais e Amigos do Funk, MC Leonardo, acha que é ‘um desserviço total, imaginar que o traficante vai olhar um para cara do outro, vai falar ‘tem uma lei aí que proíbe baile funk’.

– É uma utopia, ela só criminalizou as pessoas que querem dar opção de divertimento fora das favelas para a população do Rio – opinou.

– Tudo o que vale para o rock, para o forró e para o samba tem que valer para o funk. Não tem porque termos uma lei discriminatória contra um determinado ritmo – defende o deputado Marcelo Freixo, da Comissão de Direitos Humanos da Alerj.

– Cada um tem o direito de se expressar, desde que respeite o espaço dos outros – diz um homem.

– A gente vai impedir o divertimento de muita gente? Tem que existir sim, claro – diz uma mulher.

– De uma maneira que pudessem todos freqüentar. É igual ao futebol. Se vai reprimir o futebol? – questiona outra mulher.

Lógico, que muitas letras de funk, os chamados “proibidões” que fazem apologia à violência às drogas, contribuíram para uma certa estigmatização. O fato é que o funk veio para ficar, está aí há 40 anos, pode ter letras positivas. É importante que os bailes de Funk, Reggae, aconteçam onde o Estado atua, incluindo socialmente as comunidades. Com o cuidado e o respeito ao espaço de todos.

1 comentário para "Soberania…"


  1. Briget Jhones

    Eu não curto funk, por vários motivos, não sou tão novinha, fica ridículo para mim, tá rebolando até o chão, não combina mais com minha cara de tia, meu bundão e minha falta de condicionamento físico…
    Segundo, mentalmente não me identifico mais… contudo em um passado não tão longe gostei muito… dancei, tapinha não dói, eguinha pocotó, vai lacraia, eu só quero é ser feliz… Arre égua!
    Sou totalmente contra a proibição e o terror que os juristas estão fazendo com o funk. Quem não gosta, que vá para outro baile! Tem que deixar a vontade… é música e que somos nós para dizer que não é? Tá fazendo sucesso? Então é música. Tike,

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