Cine Tropical: um mix de música e cinema…

0comentário

aleluciana1

O casal Alê Muniz e Luciana Simões faz show, nesta sexta-feira, 14, a partir das 21h, de lançamento do CD Cine Tropical, no Teatro Artur Azevedo. O evento também faz parte do lançamento do Projeto Cultura Inglesa em São Luís, uma iniciativa da escola de idiomas Cultura Inglesa, com o objetivo apoiar a cultura e os artistas locais. Além da produção de shows e peças teatrais, o Projeto Palco promove o intercâmbio de artistas do cenário nacional e regional nas cidades em que atua.

Em outubro do ano passado, eles lançaram o Cine Tropical em três shows: dois realizados em São Luís,  na Praia Grande e Toca do Trovão, e outro, em Barreirinhas. Para Alê Muniz, o trabalho é resultado da participação da patente Criolina, representada pelo casal, no Projeto Pixinguinha.

– Dentro do edital do Pixinguinha estava a concepção de um CD para dois artistas de cada estado, além da realização de três shows. O nosso segundo CD, Cine Tropical foi concebido nesse contexto. Fizemos os três shows, sendo dois em São Luís, e outro em Barreirinhas – explicou.

Cumprida a primeira parte da tarefa, Alê Muniz e Luciana Simões resolveram lançar o novo disco em show no Teatro Artur Azevedo. Para Alê, o espaço é intimista para se apresentar um projeto de show conceitual.  Participam dele os músicos que acompanham a dupla desde a concepção do disco, ajudando a criar a sonoridade de Cine Tropical. João Paulo (baixo), George Gomes e Luiz Cláudio (bateria), Edinho Bastos (guitarra), Marcos Cliff (teclado e samplers) e Fortes (trumpete)., além do saxofonista Célio Muniz. E para completar o clima de cinema será exibido um vídeo no telão do TAA, montado pelo cineasta Beto Matuck e o músico André Lucap.

– O nosso disco é temático. Todo ele está focalizado nas imagens do cinema. E o Teatro Artur Azevedo é o espaço ideal para acolher a proposta do disco. Além da musicalidade, iremos transformá-lo em um cenário cinematográfico. Teremos uma tela onde vai rolar projeção articulada pelo Beto e o Lucap– acrescentou Alê Muniz.

cb

Questionados da mudanidade sonora existente nos dois discos gravados pelo casal, onde o ponto de partida é sempre o Maranhão, Celso Borges, poeta, jornalista, também produtor do show e convidado para participar dos dois trabalhos e da festa no Teatro Artur Azevedo, na faixa “São Luís-Havana”, disse que a sonoridade do Criolina é importante em contribuir para a existência e alimentação de uma sonoridade contemporânea para o sotaque maranhense.

Alê e Luciana traduzem em disco um sotaque que já existe por intermédio do bumba-meu-boi, do tambor de crioula. Eles colocaram apenas um sal, uma pimenta de modernidade sem perder a cara com as nossas raízes culturais. Enfim, o Criolina é som do Maranhão contemporâneo – definiu Borges.

Luciana Simões também opinou quanto a concepção do CD Cine Tropical, garantindo que ele reflete o dia-a-dia de ser do maranhense, exemplificando a faixa “São Luís/Havana”.

– Quando estavámos em fase de montagem do repertório do CD morávamos em São Paulo. Resolvemos retornar a São Luís e manter o contato mais próximo com a cidade. Entramos para o nosso estúdio e construimos uma musicalidade com mais propriedade em que a atmosfera dos coqueiros, das praias, dos nossos sotaques, costumes,  nos possibilitou para que entrássemos no clima. A resposta veio com a concretização do Cine Tropical. A canção “São Luís/Havana” é um retrato dessa paixão pela ilha. São duas cidades geograficamente situadas em polos diferentes, mas bem próximas culturalmente, modo de vida, da população negra e o jeito colorido em se vestir  – revelou. Alê brinca dizendo “que as duas cidades são semelhantes até nos buracos em ruas e avenidas”.

aleluciana

Embora o Maranhão seja o foco principal em sonoridade, Alê e Luciana viajam em outras texturas sonoras para construção de discos swingados e viscerais. O novo trabalho segue a trilha inaugurada no CD de estreia (Criolina-2008), usando samplers e programações eletrônicas misturados com rock, funk, ska e levadas regionais como tambor de crioula, toadas de bumba-meu-boi, coco, carimbo, merengue e bolero.

Disco/Show/Repertório

Cine Tropical é o segundo álbum da dupla que estreou com Criolina, considerado pelo jornal O Estado de S. Paulo um dos vinte melhores discos produzidos em 2008. No repertório do show, algumas canções do primeiro CD como Quebra Pote e Veneno, e faixas do Cine Tropical que têm uma pegada forte como Eu vi maré encher e O santo, além de algumas versões como Divino Maravilhoso (Caetano e Gil) e Você não serve pra mim (Roberto e Erasmo).

Cine Tropical tem 14 faixas baseadas em fatos reais. “Qualquer semelhança não é mera coincidência”, afirma Alê Muniz. Romance, aventura, bang bang, ficção científica e até chanchada compõem as trilhas que conduzem a diversos cenários e paisagens musicais do cinema mundial.

As músicas foram criadas com base em imagens que marcaram a história de Alê Muniz e Luciana Simões. São referências visuais e sonoras do cinema antigo, como Barbarella, John Wayne, Mazzaropi, Brigitte
Bardot, Glauber Rocha, Bye Bye Brasil, as trilhas de faroeste de Ennio Morricone, Serge Gainsbourg, surf music e  Jovem Guarda.

O encarte do CD traz a sinopse de cada uma das faixas, transportando os ouvintes para a cena da música apresentada. Cine Tropical, por exemplo, conta a história de “um casal e uma fantasia de viver o romance eterno dos filmes, sem a rotina de compromissos, sem a tensão das expectativas. Tudo se passa numa praia a 2 graus da Linha do Equador à luz dourada do fim de tarde”.

O trabalho conta com participação especial do poeta Celso Borges, que compôs com Alê e Luciana a faixa caribenha São Luis-Havana, e do saxofonista Célio Muniz, pai de Alê, ex-integrante da saudosa Orquestra do Silvio Mazuca. O instrumentista toca na faixa Cine Tropical, dando uma textura antiga à música título do disco.

Estúdio

As gravações de Cine Tropical começaram em São Luís, onde foram escolhidos os timbres e os instrumentos. Produzido em parceria com o engenheiro de som Evaldo Luna, que trabalha com o maranhense Zeca Baleiro, o CD foi finalizado em São Paulo, no estúdio Saravá, de Zeca, com participação especial de músicos da banda do compositor maranhense em algumas faixas.

O guitarrista Tuco Marcondes imprimiu romance a Cine Tropical e ação a Barbarella; o baixista Fernando Nunes dirigiu e produziu Namoradinho Refém e Vacinado; o trompetista João Lenhare (banda de Roberto Carlos) “derramou sangue” em Revanche e “surfou” em Meu Louquinho; o
trompetista Hombre representou la Revolucion em São Luis-Havana e drama em “Eu Vi Maré Encher” e René Parise em Meu Louquinho acendeu uma brasa, mora?

Turnê

Logo após o show em São Luís, os dois seguem para São Paulo, primeiro para apresentação no Sesc Ipiranga, dia 16 na Virada Cultural. Participarão do evento em Sampa, o francês Manu Chao, a norte-americana Cat Power e os brasileiros Arnaldo Antunes, Lobão e Zeca Baleiro.

Serviço:

O que:

Show Cine Tropical

Quem:

Criolina – Alê Muniz e Luciana Simões

Quando:

Dia 14 de maio – Teatro Arthur Azevedo, às 21h

Ingresso:

Preço do ingresso: de R$ 20,00 a R$ 30,00 Ingressos antecipados: Cultura Inglesa (Rua das Limeiras,7 Renascença)
Mais informações:  Cultura Inglesa – fone: 3235 9519
Pegada Produções – 3227-0079 e 8179-1113

Sem comentário para "Cine Tropical: um mix de música e cinema…"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS