Tecnomacumba

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A príncípio havia sido informado e anunciado neste Blog que a cantora Rita Rita Ribeiro realizaria show no Teatro Artur Azevedo no início de janeiro. Infelizmente meu “Jesus Cristinho“, não teremos o privilégio de ouvir a bela voz da artista maranhense. Os motivos que levaram a não realização do show de Rita não sabemos, mas o que interessa é saber que a musicalidade dela, por meio do Tecnomacumba, atravessa fronteiras.

Durante o mês de dezembro, Rita Ribeiro participou do 3º Festival Mundial de Artes Negras, no Senegal. No continente africano, ela apresentou o show “Tecnomacumba”, projeto que está completando sete anos de existência e com o qual inaugurou uma nova fase em sua carreira artística. Volto a dizer que o “Tecnomacumba” percorreu o Brasil e o resto do mundo, exceto o Maranhão, terra natal de Rita.

Mas, o legal é saber que a apresentação no Senegal foi uma espécie de coroamento do trabalho que, segundo Rita Ribeiro, é uma homenagem às raízes africanas.

– A África vive um novo momento e o festival foi uma grande festa, não somente da música, mas da dança e uma oportunidade de debates entre intelectuais. Para mim, foi uma honra ter me apresentado naquele país sabendo que o Brasil era o seu convidado de honra. Foi a minha primeira vez lá e percebi que Senegal tem muito de São Luís e que nós realmente temos muito da África. Eu me senti no Maranhão – confessa a cantora, prestes a completar 20 anos de carreira.

Sobre o palco Monumento da Renascença Africana, Rita dividiu a cena com vários outros artistas senegaleses, embora não tenha sido a única cantora brasileira a ser convidada para o evento. O convite foi direcionado a uma grande delegação composta por 362 personalidades, incluindo artistas como Margareth Menezes, Sandra de Sá, Nilze Carvalho e até a Escola de Samba Império Serrano, entre outros.

O III Festival Mundial das Artes Negras é o símbolo do diálogo entre os povos e as culturas da Diáspora Africana. A primeira edição foi realizada em 1966, em Dakar, capital senegalesa. A segunda aconteceu em 1977, na Nigéria, e após 33 anos foi retomado com ainda mais vitalidade. A presença brasileira em solo africana por conta do festival tinha razão de ser. O Brasil é a nação com o maior número de negros ou mestiços do mundo, perdendo apenas para a Nigéria. São pelo menos 90 milhões de habitantes negros ou afrodescendentes, o que torna o território nacional um grande símbolo da diversidade cultural.

Ciclo – Segundo Rita, a apresentação de Tecnomacumba no exterior inaugurou um novo ciclo para o trabalho dela. A idéia é levar o espetáculo para outros países e para isso já há convites. Rita quer mostrar a batida negra durante o verão europeu em 2011. E tudo indica que os primeiros da lista serão os austríacos.

– Acredito que 2011 me reserva novas experiências. No Brasil, trabalhei muito em cima do Tecnomacumba e gravei inclusive um DVD, além de ter contado com a participação de diversos artistas, como Maria Bethânia, Martnália e Margareth Menezes, por exemplo. Agora, por conta dos convites, acredito que teremos uma projeção a nível internacional – revelou, antecipando que já tem dois shows agendados no Brasil, sendo o primeiro no dia 4 de fevereiro, em São Paulo, ao lado de Zeca Baleiro e Chico César, e outro no dia 11 de fevereiro, no Rio de Janeiro.

Rita Ribeiro revelou que está em fase de seleção de repertório para um novo álbum, que segundo ela ainda não tem um conceito definido. “Poderia dizer que estou em uma fase de transição, me organizando para os próximos trabalhos”, disse a maranhense, há dez anos radicada no Rio de Janeiro.

Em São Luís, Rita permanece até o dia 7 de janeiro. Enquanto isso, ela aproveita para dividir momentos com a família (principalmente com a mãe, que está completando 80 anos de idade) e com os conterrâneos.

Fonte: O Estado

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