Novo que já nasce clássico

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Neo soul, Neo Tropicalismo,  New R&B, New Jazz, tem sempre a palavra novo antes de alguma coisa que se tornou um clássico conhecido. Assim é o movimento de rotação da música. E se o assunto é a mistura de referências tendo junto aos ritmos uma voz forte, presença marcante, a cantora Indiana Nomma é uma surpresa ‘brazuca’ boa a pintar por aí.

Se perguntar a essa moça sobre o que ela acha do “neo” antes de qualquer estilo clássico da música, ela defende alegando que o movimento da renovação é uma ordem natural das coisas. “A gente vai pegando uma informação de raiz e vai evoluindo. Desde os primórdios da música é assim. É uma necessidade de reciclagem, renovação, é normal”, admite.

Nascida em Honduras, filha de pai baiano e mãe gaúcha, Indiana Nomma cresceu no México, Portugal, Nicarágua e Alemanha Oriental. Aos 8 anos, começou a estudar canto erudito e aos 13, piano. Já no Brasil, explorou o teatro e o canto coral o que a possibilitou de cantar em tournês por Costa rica e em Nova Yorque, no Carnegie Hall. O jazz é a sua praia predileta.

Como uma artista entra no palco para cantar esse gênero musical visto com um certo desprezo por uma grande maioria de consumidores de música, Indiana Nomma é categórica que o músico que adota o jazz como estilo tem que ter segurança pessoal.

– O músico deve ter consciência se deve ou não ser um produto comercial 100%. Ele tem que saber se está cantando jazz porque gosta e se é o estilo que escolheu e aonde quer se encaixar. Uma coisa garanto, o mercado está mais democrático, principalmente com a internet. Esse instrumento de comunicação tem influenciado, acima de tudo liberado gente que nem pensava em ser artista para evoluir e pensar em ser um músico absorvendo um estilo, seja com voz pequena, voz grande, querendo ser uma Nara Leão, Billie Holiday, Tinat Turner, e por aí vai…Eu faço parte da linha “new jazz”, ressaltou.

Indagada sobre o que representa o novo jazz em sua carreira, Indiana disse não seguir na íntegra o jazz tradicional.

– Busco uma síntese dentro do jazz para dar uma nova roupagem ao trabalho. Tenho essa necessidade. Posso até cantar originalmente um clássico do jazz, mas procuro fazer também dentro de uma outra textura, dar o meu tempero. Esse é meu grande desafio. Quero ser uma cantora de jazz que mistura o estilo com brazilian music, entre outras vertentes musicais. Quero agregar, pois na feijoada tem que haver temperos”, brinca.

Indiana Nomma apresenta o programa de jazz, blues e soul music: Anjos da Noite, veiculado através da Rádio Cultura FM 100,9 – Brasília, transmitido também pelo www.culturafmdf.com.br, todas as terças-feiras, das 22h à 0h.

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