Jazz e Blues com misturas

0comentário

Um público restrito mais atento e ávido por jazz, bossa nova, misturas e viagens harmônicas que o Jazz e o Blues, mesmo parecendo empíricos, são capazes de proporcionar.

Para quem foi ao Teatro, achando que fosse ouvir o Jazz e o Blues na essência acabou encontrando música como reinvenção, revisitando standards dos dois gêneros, a bossa nova de João Gilberto, “Cravo e Canela”, de Milton Nascimento, “A Namorada”, de Carlinhos Brown”, o “Dente de Ouro”, de Josias Sobrinho, em textura jazzística, assim como “Preciso Me Encontrar”, de Candeia, em timbre medieval da harpa.

Mila Camões, a carioca de alma maranhense, abriu à noite e cativou o público um show singelo e consistente no Teatro Artur Azevedo. A artista estava vivendo um momento ímpar em sua carreira, pois segundo ela, a sua primeira aparição solo no palco de um dos teatros mais imponentes da América Latina, quiçá, do planeta.

Nota máxima para o trio que a acompanhou, leia-se, George Gomes (bateria), Jeff Soares (violoncelo) e a grata surpresa Wesley Souza (piano). Todos afinados e preocupados, na mistura sem perder a essência e da percepção de que música é uma arte que não aceita segregação e que pode ser lapidada. Tudo depende da criatividade de cada. Assim fizeram Mila Camões e o power trio em “A Namorada”, de Carlinhos Brown e em “Dente de Ouro”, de Josias Sobrinho.

Na sequencia, a veterana Ithamara Koorax entra em cena acompanhada dos virtuoses Victor Biglione (guitarrista) e Sérgio Barroso (contrabaixo acústico) para reverenciar João Gilberto e a Bossa Nova. Se perguntarem para mim o que achei do show ? Direi. “Nada de novo no front”, mas ouvir Ithamara Koorax fechando o show dela com a antológica “Desafinado” literalmente afinada e com a harmonia do jazz foi digno de aplauso e um bravo.

A harpa a serviço de um festival de Jazz e Blues. A carioca Cristina Braga constata que isso é possível. E vai além, quando comenta que o importante é a viagem, que faz com sua ferramenta predileta e de trabalho, pela músicas em suas mais variadas nuances. Que luxo, a interpretação para “Preciso Me Encontrar”, de Candeia.

Enfim, servir de cenário para um festival de Jazz e Blues é importante para São Luís. Aqui nós respiramos arte e cultura e receber uma ideia dessa e absorver deve ser traduzida como uma redenção.

Programação (Quarta-Feira – dia 12/08)

19h- Lançamento do livro: “Confesso Que Ouvi”,  Juiz do Trabalho e jazzófilo, Érico Renato Serra Cordeiro.
20h- Marcelo Carvalho e quarteto
21h- Taryn Szpilman e Trio
22h-Yamandu Costa

Sem comentário para "Jazz e Blues com misturas"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS