João Bosco: homenagem ao arquiteto da MPB

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Uma justa homenagem da 23º Prêmio da Música Brasileira a João Bosco, em solenidade realizada na última quarta-feira (13), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Enfim, a homenagem se estendeu a algumas capitais brasileiras e São Luís, prestes a festejar seus quartocentenário, recebe pelo segundo ano consecutivo a singela e significativa versão itinerante da 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira.

Foi uma noite especial e fechada para convidados no Teatro Artur Azevedo com as participações de Péricles, ex-Exaltasamba, as cantoras paulistana Mariana Aydar e a paraense Leila Pinheiro, e lógico não podia faltar a participação maranhense bem representada pelo cantor e compositor Djalma Chaves.

O ator Murilo Rosa começa a sua fala apresentando o maranhense Evilson Campos, que interpretando a clássica canção ‘Papel Marchê’, tornou-se destaque nacional no Concurso de Calouros Vale Cantar, idealizado pela Vale, patrocinadora oficial do Prêmio da Música Brasileira.

Na sequencia, Rosa faz um apanhado dos melhores momentos da cerimônia do Theatro Municipal e conta a história de João Bosco, que está celebrando 40 anos de carreira.

João Bosco em seu breve discurso no palco diz ser ‘essa uma homenagem à música brasileira, aos grandes compositores que deixaram esse legado todo para que a gente possa continuar com essa música. “Hoje eu estou sendo homenageado, mas devo isso a grandes parceiros, como o Aldir Blanc”, enfatiza.

A Celebração

O primeiro a subir no palco para o show “Celebrando João Bosco’ foi o sambista Péricles, ex-Exaltasamba. Ele interpretou clássicos como ‘Nação’, ‘Kid Cavaquinho’ e ‘Dois pra lá, dois pra cá’, além da parceria com Bosco, em ‘Odilê, Odilá’, composta numa parceria com Martinho da Vila, em uma noite de boêmia.

Na sequencia foi a vez de Mariana Aydar viajar por fases diversas de João Bosco ao interpretar canções, tais como,  ‘Memória da pele’, ‘O Ronco da Cuíca’. A paraense Leila Pinheiro trouxe revisitou o legado do artista e escolheu como roteiro canções antigas, como ‘Corsário’ e ‘Latin Lover’, ‘Sabiá’, feita por ele em parceria com Chico Buarque.

Djalma Chaves foi único e festivo em ‘O Rancho da Goiabada’, canção de Bosco com Aldir Blanc’. O público interagiu e no final aplaudiu a participação maranhense na celebração. Por fim, o homenageado João Bosco sobe ao palco para uma série de números solos a começar pela emblemática ‘O Bêbado e o Equilibrista’, dele e Blanc, consagrada na voz de Elis Regina, e que no bis final foi cantada pela plateia.

João Bosco interpretou a romântica ‘Desenho de Giz’ e ‘Agnus Sei’, a primeira canção composta pelo artista em 1972, e que ganhou destaque em um disco produzido pelo Pasquim. Segundo ele, a música estava no lado B do vinil e do lado estava nada mais nada menos que ‘Águas de Março’, de Antonio Carlos Jobim.

Sempre sorrindo, sempre cantando, sempre alegrando e tocando a vida para frente,levando consigo seu violão, 40 anos de carreira e quase um século de MPB. Assim é João Bosco, mineiro de Ponte Nova, um dos arquitetos da Música Popular Brasileira. E hoje tem mais Prêmio da Música Brasileira em São Luís. Será na Lagoa da Jansen com a participação do Criolina [leia-se Alê Muniz e Luciana Simões].

1 comentário para "João Bosco: homenagem ao arquiteto da MPB"


  1. Débora

    Que show maravilhoso… Homenagem mais que justa a um grande compositor e intérprete único!

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