Será que ainda vale a pena tocar no Rádio ?

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Acompanhando a velha discussão da falta de valorização da Música Maranhense no rádio, jornal e TV, resolvi me posicionar. Entendo que o extremismo, o mau senso, são valores que precisam ser revistos, principalmente, quando voce se sente no direito de expressar uma opinião sem embasamento e averiguar os dois lados da moeda. Quando esses itens não são funcionais, a sua fala, o seu texto, podem se tornar incoerentes, inconsistentes e virar factóide.

Enfim, vamos ao que interessa. Sabemos do valor da produção musical local, dos bons artistas que temos, mas não podemos fechar os olhos para um conjuntura cada vez mais mercantilista, em que o senso comum está legalizado. Para alguns, uma triste realidade. Para mim, uma realidade de fato. Radicalizar não vale. O que vale mesmo é perceber que esse discurso radical e da vítima não condiz e nem leva ninguém a lugar algum. O que nos resta é perceber que existe uma luz no fim do túnel concebida com produtividade.  Eis a pergunta: Será que, ainda, a vale a pena tocar no rádio ? Pois, vejo gente acontecendo em São Luís e fora do Estado por produzir com responsabilidade e profissionalismo. E quando isso ocorre há uma inversão de valores na relação entre a mídia e o artista.

Oi minha gente de meu Deus, o rádio, jornal e TV são prestadores de serviço,  têm linha ideológica e precisam sobreviver. E no Maranhão, não foge a regra. Eu sou cara que viajo, ouço rádio, leio jornal e assisto TV quando estou lá fora. E sou honesto em dizer que São Luís é uma das poucas cidades brasileiras em que a imprensa valoriza a produção artística local, especialmente a música. Aqui, se abre o jornal com matéria de capa sobre show, lançamento de discos de artistas locais. Tem entrevistas e agendas de TVs mostrando gente na cidade fazendo barulho. Mesmo em proporção tímida, existem programas de emissoras em rádio  dando voz e vez para o artista local. Ouçam e analisem.

Puxo brasa para minha sardinha ao comentar sobre o Plugado, na Mirante FM, um espaço criado para o músico local, onde ele é inserido ao contexto global. Sem falar do MPM, aos sábados, com César Roberto, e até mesmo na programação normal, que também toca a música feita aqui. Assim, faz a Rádio Universidade e tantas outras operando em FMs e AMs.  É dever do artista cobrar, mas ele não pode esquecer que também tem direitos. E um deles é perceber que não pode ficar deitado em berço esplêndido. Deve compreender que vivemos num mundo globalizado e que exige a todo instante produtividade, criatividade e contextualização para que ele não fique refém da  ‘música de massa’ legitimada e da imprensa escrita, falada e televisionada, com se referem os tradicionalistas e ‘xiitas’ de plantão.

Enfim, toda a crítica é válida. Mas, prefiro acreditar nas redes de otimismo e da valorização de iniciativas como a do Prêmio  Universidade. Com erros ou acertos, é significativo no estímulo da produção musical nessa ilha. E pior sem ele….

1 comentário para "Será que ainda vale a pena tocar no Rádio ?"


  1. Ali

    De verdade, no tocante, sou de uma família que tem um artista maranhense e dou muito valor a sua publicação.
    Meu parente teve muito exito ao sair daqui, do estado, para divulgar o trabalho lá fora, me refiro ao Sul.
    Quanto a valorização de “músicas de Massa” a qual se referi, concordo plenamente, o Maranhense está limitado ao que não tem um pingo de conteúdo, digo a maioria sim, pois são poucas pessoas que falam e ouvem músicas de qualidade, as rádios locais contribuem muito pra isso, a dedo aponto! Uma delas tinha um programa muito bom aos domingos e sem mais o mesmo não está no ar, Infelizmente.

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