“Nada mais deficiente que o preconceito…”

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O “Treze de Maio” significa “liberdade sem asas e fome sem pão”. Essa definição do poeta gaúcho Oliveira Silveira, sobre o Dia da Abolição da escravatura em um de seus poemas, reflete que a lei que libertou os escravos no Brasil, não lhe deu condições de trabalhar e viver com dignidade. E o problema se vivencia nos dias atuais.

E nada melhor que o 20 de Novembro, considerado o Dia Nacional da Consciência Negra, em referência ao escravo e quilombola Zumbi dos Palmares, como um data criada para potencializar a importância da questão racial no Brasil, pensar sobre a cultura do povo africano na formação da sociedade brasileira e também aumentar a reflexão sobre a discriminação da população negra. E nada mais justo que aliar tudo isso com reflexão e festa.

Têm pessoas, estudiosos, que avaliam que enquanto houver a necessidade uma data para que exista conscientização sobre a desigualdade racial, não há o que comemorar, eu prefiro ser otimista e acreditar que já tivemos algumas conquistas e que elas precisam ser festejadas.

Agora, o mais complexo nessa questão é que o preconceito racial, infelizmente, está enraizado na sociedade. A própria História do Brasil e do papel do negro ao longo da história do País é desconhecida e esquecida por muitos. É lamentável acreditar em estatísticas que constatam, ainda, que os salários de negros são menores que os dos brancos no Brasil, da dificuldade ao acesso da educação e que 60% da população carcerária brasileira é negra, além do número de homicídios no país envolvendo à juventude negra, num autêntico genocídio, ou seja, extermínio de um povo.

Os indicadores estão aí para mostrar a desigualdade social que a população negra sofre. As expressões de preconceitos continuam nos tempos atuais, e se expressam das mais variadas formas. E nós que acreditamos em uma mudança de mentalidade, combatemos todas as formas de racismo e discriminação, compromissados com a liberdade e justiça social.

” Enfim, nada é mais deficiente que o preconceito e nada mais eficiente que o amor”.

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