Fita K7 perdida de Cássia Eller vira disco acústico

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Lançado oficialmente nesta quinta-feira (9), nas lojas e no iTunes o álbum inédito de Cássia Eller “O Espírito do Som – Volume 1”, pelo selo independente Porangareté, que faz sua estreia. A raridade faz parte do primeiro dos três volumes que contam uma história perdida da carreira de Cassia Eller, entre o início nos teatros musicais e o primeiro álbum de estúdio, homônimo, de 1990.

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O repertório traz dez versões inéditas, uma espécie de guia para o show que Cássia Eller preparava na época. Nove delas jamais foram lançadas de outra forma. Estão lá covers de Beatles (“For No One”, “Happiness Is a Warm Gun”, “Golden Slumbers”), um clássico de Billie Holiday (“Good Morning Heartache”), Jacques Brel (“Ne me Quitte Pas”), Roberto e Erasmo (“Sua Estupidez”), Luiz Melodia (“Segredo”), Ney Matogrosso (“Airecillos”, de Marlui Miranda) e Ednardo (“Ausência”).

Prematura

Longe dos holofotes da MTV, Cássia tinha apenas 21 anos e o “show” para concepção desse trabalho foi particular, feito de forma amadora em 1983, na casa de sua então namorada de Brasília, a jornalista Elisa de Alenca. A mesa de som ? Um aparelho stereo três-em-um, top de linha da época, que permitia a qualquer um plugar um microfone e registra em K7 sua própria fitinha demo.

Baú

A fita foi garimpada em 2013, pelo músico, violonista e produtor do álbum, Rodrigo Garcia, que tocou com Cássia entre 1997 e 2001, auge comercial da cantora, depois que começou a catalogar o acervo inédito de Cássia, ao lado da viúva e do filho dela, Maria Eugênia e Francisco, o Chicão.

Caseira

A voz da menina Cássia é limpa, um pouco mais aguda da que a tornaria famosa. Iniciante nos palcos, ela não estava pronta, mas já impressionava pela interpretação. “É uma fita caseira. Em umas partes, tem hora que ela está cantando e alguém abre a porta, e ela grita ‘peraí!’ (risos)”, lembra Elisa.

Trilogia

O dois próximos CDs que planeja deve ter registros de espetáculos teatrais em que Cássia cantava e atuava, como o cabaré Gigolôs, que dividiu com o ator Marcelo Saback na mesma época. No repertório, de “Surabaiya Johnny”, de Kurt Weil e Brecht, a “Tem Francesa no Morro”, de Assis Valente, passando por Gershwin e Lamartine Babo. O volume três deve se concentrar em shows.

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