Unidos de Santa Fé jamais vai oxidar com o tempo

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Não foi à toa que o Boi Unidos de Santa Fé foi contemplado pelo projeto Funarte Cena Pública, patrocinado pelo Ministério da Cultura (MINc), por meio da Fundação Nacional de Arte – Funarte.

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Em meio a esse emaranhado de lendas e mistérios que constroem a história do Maranhão, a brincadeira mostrou, para uma plateia formada por uma imensa minoria de gente de singela de qualquer lugar, uma verdade absoluta no trabalho que faz. O que se viu foi um “mix” de preservação cultural, sincretismo religioso e de festa.


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Essa atmosfera foi vivenciada por mineiros, paulistas, gente de outros Estados e nacionalidades que tiveram o privilégio de curtir as duas apresentações do boi, que contou com o apoio do Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo – Sectur -, na Praça da Estação, em Belo Horizonte (MG) e nas três apresentações em São Paulo, Unesp, Sesc Santo Amaro e Morro do Querosene, além de uma oficina de ritmos e dança na Associação Cultural Cachuero, no Sumaré.

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Em conversa com o congolês, Tresor Muteba, estudante da PUC em São Paulo, durante a oficina na Associação Cultural Cachuero, ele disse que se sentiu emocionado com a performance do Santa Fé. “Ao ver o grupo dançando fiz um “link” com a dança do meu país”, complementou o africano.

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Já a curitibana Letícia Martins, produtora cultural, cujo o pai é maranhense, comentou que veio à procura de sua ancestralidade no Maranhão.

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– Eu encontrei as minhas origens culturais na visita que fiz ao Maranhão durante os festejos juninos. E já me identifiquei ao ouvir o sotaque do Boi Unidos de Santa Fé. É por isso que estou aqui participando dessa oficina para um contato mais próximo com os ritmos e a dança da brincadeira – assegurou.

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Enfim, embora com toda a extensão territorial e o hibridismo cultural existente no Maranhão em só as teorias de Canclini para uma compreensão, não podemos fazer vista grossa, mas sim aceitar que existe um pedaço significativo da África aqui. Basta perceber nessa diversidade cultural, rítmica e tribal que reverbera no legado dos mestres Zé Olhinho, Coxinho, Zé Miguel, Ciríaco, Apolônio, Leonardo, Felipe, Dona Teté do Cacuriá, Humberto de Maracanã, João Chiador, Zé Alberto, Donato, Francisco Naiva, entre outros nomes, que sempre vão resistir ao tempo.

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