Sem vuvuzela não tem jogo…

0comentário

Está constatado se não tiver vuvuzela nos estádios da África do Sul não tem jogo e Copa do Mundo no continente africano. Mesmo com o barulho ensurdecedor, as reclamações de alguns incomodados com a zuada provocada pelo instrumento, o fenômeno vuvuzela é a razão de torcer neste mundial. Em seu post, antes de entrar em recesso, férias, descanso, o jornalista Zeca Camargo fez um comentário sobre o jogo entre Brasil e Portugal.

Deixando bem claro não entender de futebol, disse que a relação com o “jogo bonito”, traduzindo para o inglês “beautiful game” é a mesma que ele tem com vinhos. Disse não entender nada de vinhos – passa bem longe de poder ser considerado sequer um “sommelier’ amador. Mas garantiu saber que é um vinho ruim, assim que experimenta.

Para deixar clara a analogia, disse ser capaz de julgar o que é um grande jogo. Brasil e Portugal não foi um bom jogo. Concordo com Camargo. Euzinho (aqui) entendo ter assistido a uma pelada de várzea, um jogo de compadres, ou seja, de patrícios, preocupados pela manutenção do ‘status quo’. Acredito que pela identidade com a língua, das afinidades e intercâmbio histórico, as duas seleções resolveram assegurar a classificação. Danem-se coreanos do norte e marfinenses. E foi o que aconteceu. Brasil em primeiro e Portugal em segundo.

E o que não se ouviu nesse Brasil e Portugal foi o barulho das vuvuzelas Um detalhe que não apenas foi percebido por mim, mas pela mãe e sobrinho de uma amiga do jornalista Zeca Camargo. A impressão é como se ninguém quisesse tocar a vuvuzela. Por alguns instantes, elas resolveram se calar.

Agora, será que isso poderia ser encarado como um “termômetro” do entusiasmo do que o mundo inteiro estava assistindo? Acho discutível… Mas uma coisa é possível afirmar: se não teve vuvuzela, não teve jogo…

Como bom torcedor –  como bom brasileiro! –, espero que as vuzuzelas façam barulho em alto e bom som, hoje à tarde, no Ellis Park, em nome do espetáculo digno de um clássico sul-americano, entre Brasil e Chile. Eu, Zeca Camargo e outros 189.999.999 canarinhos estamos em corrente pra frente para que façamos um grande jogo e saíamos vencedores no duelo do mata-mata. É bom que isso aconteça para que possamos sonhar com o “Hexa”,  em um dos maiores eventos “pop” do mundo.

sem comentário »

Pé-frio…

0comentário

Sucesso incontestável nos palcos, o britânico Mick Jagger, líder dos Rolling Stones, teve pífio desempenho como torcedor.

Na África do Sul, o roqueiro só colecionou derrotas. Na partida entre Estados Unidos e Gana, Jagger torceu – ao lado do ex-presidente Bill Clinton – em vão para os norte-americanos.

mickjagger

Neste domingo, em Bloemfontein, ele assistiu à goleada de 4 a 1 da Alemanha sobre a Inglaterra.

Tomara que o vocalista não decida homenagear seu filho Lucas com a apresentadora Luciana Gimenez, e vá para o jogo do Brasil contra o Chile, nesta segunda-feira (28), no Ellis Park. Como sou supersticioso: “pé de pato, mangalô, três vezes”. ‘ I Can´t Get  No Satisfaction’, Mr. Jagger…

sem comentário »

Vuvuzela: irreverente e plural

2comentários

Está no centro da vida contemporânea o desafio de construir diálogos da cultura da boa convivência, pois as sociedades estão cada vez mais interculturais. É preciso lutar contra os comportamentos de discriminação e o de aceitar o “diferente” com coerência. Resistir contra a tentação fácil da xenofobia e do racismo. E o diálogo é a palavra chave do mundo contemporâneo: entre artes, etnias, religiões, culturas.

A Copa de Futebol, reunindo seleções de 32 (trinta e dois países), na África do Sul, é uma dádiva. Um momento importante para se expulsar de vez qualquer tipo de “Apartheid”. Um gol de placa contra o preconceito étnico. E no meio dessa celebração esportiva, despontam as duas estrelas, as vedetes da Copa: a jabulani, que mexe com a sensibilidade e a adrenalina do jogador.  A vuvuzela, a marca da diversidade cultural, irreverência e da sonoridade uniforme nos gramados sul-africanos, em tempos de mundial do  futebol.

vuvuzela2

Falar Vu-vu-ze-la é empreender uma viagem intercultural em uma só palavra. Ela se tornou o xodó das torcidas na África do Sul e mundo afora. A vuvuzela, aquela corneta gigantesca que é parte da mitologia do sul africanos, não só andou gerando polêmica, como tem uma das denominações mais deliciosas de se pronunciar. Falar vuvuzela é quase melhor do que assoprar uma. VU-VU-ZE-LA!!

vuvuzelas

A fama da vuvuzela, segundo a Wikipedia, data dos campeonatos africanos de futebol nos anos 90. Mas as discussões em torno do seu uso esquentaram no ano passado, durante a Copa das Confederações, quando a FIFA tentou banir a vuvuzela dos estádios. A alegação era de que ela atrapalhava concentração dos jogadores, causava danos nos ouvidos dos torcedores e cronistas esportivos, espalhava germes e impedia o pessoal de escutar eventuais avisos importantes do sistema de som do estádio.  A tentativa não vingou e o motivo é claro: não há instituição oficial que consiga impedir o uso de nada com esse nome. Uma vuvuzela não respeita convenções.

Eu não tenho nenhuma relação pessoal com a vuvuzela. Nunca cheguei perto de uma. Mas, confesso, me apaixonei pelo seu nome.  Mas vuvuzela também se presta para usos mais descontraídos. Não tenho nenhuma dúvida de que é um vocábulo que nasceu pra estar na boca dos humoristas. Vuvuzela, vamos combinar, também soa com um forte ar gastronômico. Não me surpreenderia entrar em um restaurante e encontrar no cardápio o famoso “Camarão à Vuvuzela”, ou um “Filé à Parmegiana com Vuvuzela”.

SOCCER WORLD/DRAW

Para muitos a vuvuzela soa como uma imensa manada de elefantes em plena corrida. Tem jornalista que descreveu como o zumbido de uma colmeia de vespas. O presidente Lula comparou a corneta sul-africana como um amontoado de moscas barejeiras. Prefiro que sejam comparadas ao canto das cigarras. Agora, imaginem se ela fosse um instrumento criado para o jazz. O que fariam os jazzistas Charlie Parker e John Coltrane com a Vuvuzela ?

Vuvuzela também seria um bom nome pro filme VOVÓ ZONA em países latinos. Poderia ser o sobrenome do Ministro da Defesa de qualquer país da América Latina,  um bom exemplo, Higuain El Pinto Vuvuzela. Comporia um bom trio de mambo, Paco Marín Y Sus Vuvuzelas. Enfim, como todo fenômeno de países emergentes, a vuvuzela é contagiante, alegre, onipresente e promissora. A vuvuzela é um instrumento simples com um nome grudento e um efeito avassalador.

Vuzulea instrumento/hábito, criado nos anos 90 na África do Sul, em pleno Apartheid, que ganhou o mundo pro povo fazer barulho nas arquibancadas; depois, sofreu uma tentativa de proibição por uma instituição oficial e jornalistas mal humorados, vaidosos,  preconceituosos do dito primeiro mundo e de alguns emergentes. Enfim, resistiu. E todos acabaram tendo que engolir a vuvuzela, quer queira ou não.

Para o músico sul-africano Samora Ntsebeza, a vuvuzela se tornou tão popular que será exportada para o próximo Mundial, o de 2014, no Brasil. Será que esse, fenômeno pop e de barulho uniforme na Copa da África do Sul, iria funcionar muito bem com o nosso espírito carnavalesco ?

2 comentários »

Mama África…

0comentário

O cantor e compositor Carlinhos Brown vai participar do CD com a trilha sonora oficial da Copa do Mundo de 2010. No álbum, ele faz dueto com a cantora norte-americana Nayanna Holley na música “Emoriô”, composição de Gilberto Gil e João Donato.

brown

O encontro de Brown e Nayanna foi registrado no último trabalho de Sérgio Mendes e foi escolhido pela produção do CD, devido à sonoridade de raiz afro no dueto.

Batizado de “2010 Fifa World Cup South África”, o álbum vai contar ainda com canções interpretadas por artistas de outros 20 países e deve chegar às lojas na primeira semana de junho.

sem comentário »

Fazendo Música e Jogando Bola

0comentário

O grupo Black Eyed Peas, a cantora Alicia Keys, os colombianos Shakira e Juanes, assim como os sul-africanos The Parlotones, serão algumas das estrelas do show de abertura da Copa do Mundo da África do Sul-2010.

O evento, que também deve contar com a presença de lendas do futebol, acontecerá no dia 10 de junho, um dia antes da partida de abertura, no Orlando Stadium de Soweto, em Johannesburgo, que tem capacidade para 30.000 espectadores e será usado durante o Mundial para treinamentos.

angeliquekidjo

Angélique Kidjo participou da festa de aniversário de São Luís, ano passado

Além dos artistas já citados, a música africana também estará muito representada, com  os sul-africanos BLK JKS e Vusi Mahlasela, os malineses Amadou e Mariam e Vieux Farka Touré e a beninense Angélique Kidjo, anfitriã e ilustre convidada para o show de aniversário de São Luís, em setembro do ano passado. Infelizmente, foi uma festa que aconteceu e passou despercebida para maioria dos ludovicenses.

sem comentário »
https://www.blogsoestado.com/pedrosobrinho/wp-admin/
Twitter Facebook RSS