“Modernizar o passado é uma evolução musical”

0comentário

Parece que foi ontem. Hoje, 2 de fevereiro, faz 20 anos a morte de Chico Science. Para ele, “modernizar o passado é uma evolução musical”. Se estivesse vivo o que estaria aprontando com a Nação Zumbi. Enfim, morreu aos 31 anos, vítima de acidente de carro, num dia de domingo, entre Olinda e Recife.

Como mentor da Nação Zumbi, a banda pilar do movimento Mangue Beat, Chico Science recolocou Pernambuco no mapa musical do Brasil a partir de 1994. Profundo conhecedor das raízes pernambucanas, mas antenado com o que toca o mundo, o visionário Chico fez a aliança entre a musicalidade pernambucana com o universo. O legado deixado por ele frutificou.

Com Chico Science, a Nação gravou dois álbuns antológicos: “Da Lama ao Caos” (1994) e “Afrociberdelia” (1996). Os dois trabalhos foram essenciais para a projeção do movimento Mangue Beat Brasil afora. Mesmo sem Science, a Nação segue a sua trajetória sob o comando de Jorge Du Peixe, Pupillo, Lúcio Maia e companhia, como uma banda mais cultuada do que propriamente ouvida.

sem comentário »

Festa no Céu para os 50 anos de Chico Science

0comentário

Se não tivesse sofrido um acidente fatal de carro na cidade natal de Olinda (PE), em 2 de fevereiro de 1997, Chico Science completaria 50 anos neste domingo (13). E provavelmente permaneceria antenado, como uma parabólica fincada no mangue, ao que há de mais contemporâneo no mundo da música e da cibernética. Essa é uma opinião comum ao vocalista da banda Nação Zumbi, Jorge du Peixe, ao documentarista José Eduardo Miglioli e ao escritor Bráulio Tavares, três pessoas muito ligadas ao cantor e compositor pernambucano.

chicoscience

Mas o que Chico Science estaria fazendo em 2016? Música, com certeza. Em um exercício de suposição, Jorge du Peixe acredita que ele estaria flertando com música eletrônica. “A gente ouvia muito drum and bass e jungle. Durante o dia, ele ouvia de Vicente Celestino a Kraftwerk. Mas ele estaria mexendo com coisas diferentes dos dois discos que fez com a Nação Zumbi, que eram bem a frente de sua época e continuam atuais”, analisa.

Miglioli, diretor do documentário “Caranguejo Elétrico” sobre a vida e obra de Chico, defende que a temática dos primeiros discos de sua carreira estaria presente na obra de Chico como está na da Nação Zumbi até hoje, a conexão com o mundo e o desejo de trazer o discurso da periferia para o centro. “O Chico olhava o mundo a partir da província. Só que ele foi ampliando as cercas dele. Então, provavelmente, ele estaria, em 70% do tempo dele, tocando na Europa, Estados Unidos e Japão. Inclusive, na própria trajetória dele, numa curta carreira, a música dele foi mais impactante e deu mais retorno fora do Brasil”, avalia.

Deu no UOL

sem comentário »
https://www.blogsoestado.com/pedrosobrinho/wp-admin/
Twitter Facebook RSS