População tensa com a onda de assaltos em SLZ

1comentário

A desculpa é sempre que a violência é um problema do Brasil, mas triste saber que São Luís, uma cidade denominada de “Ilha do Amor”, “Atenas Brasileira”, de gente hospitaleira, vivencia uma onda insustentável de assaltos, está virando a “Ilha do Desespero”.

Tensão na parada de ônibus. Foto: Divulgação

Basta perguntar pra qualquer pessoa, trabalhador e cidadão comum, que mora nesta cidade se não tem uma história pra contar de que foi vítima de um assaltante ou assaltantes, em qualquer hora do dia, ou em qualquer lugar, na rua, no ônibus, no carro, na praia,  no restaurante, etc e tal.

Ao assistir a entrevista do comandante do Policiamento Metropolitano em São Luís, coronel Pedro Ribeiro, no Bom Dia Mirante, na TV Mirante, pude perceber que as ações da polícia para coibir este tipo de crime têm sido feitas, mas as ocorrências não diminuem diante de uma realidade preocupante e estarrecedora.

É como se a violência urbana deixasse de ser um caso de Polícia e tornou-se uma “patologia social” sem diagnóstico.

Enquanto isso, ficamos reféns da delinquência, numa tensão eterna e pedindo a proteção divina.

1 comentário »

Contra a banalização do crime

4comentários

Amanheci com a sensação de que o Brasil é uma caixinha de boas e péssimas surpresas. E o Maranhão, como um dos estados da federação, não pode ficar de fora do contexto. Sentimos orgulhosos em dizer que vivemos num País e num estado cheio de belezas naturais, arquitetônicas, rico e diversificado culturalmente, e com um povo trabalhador e festivo. Mas é deprimente quando temos que ler um jornal, acessar a internet, ligar o rádio ou a TV e estar diante de noticiários destacando os mais variados tipos de crimes, como exemplos: seqüestro, latrocínio, homicídio, entre outras barbáries, que nos causam uma certa “síndrome do medo”.

Moisés Nobre e Gerô. Foto: Divulgação
Moisés Nobre e Gerô. Foto: Divulgação

Ao levantar bem cedo soube da morte do repentista Jeremias Pereira da Silva, carinhosamente chamado no meio artístico de Gerô. Segundo a imprensa, ele foi vítima da atitude inconseqüente e racista de dois policiais militares fardados e em plena atividade.

Gerô era um artista simples, às vezes angustiado pelas contradições da vida, mas dono de um bom caráter. Sempre que o encontrava pelas ruas de São Luís, lá estava ele cantarolando um baião já gravado, ou outro que acabara de gravar. É triste saber que tenha morrido de forma trágica e o pior confundido como um delinqüente pelo fato de ser pobre e negro.

Chegamos a uma guerra urbana e rural velada que tem deixado a sociedade civil e governantes atordoados. De um lado, a criminalidade banalizada e devastadora e do outro a Polícia, que em determinados momentos deixa de cumprir o seu papel de cidadã e proteger aqueles que não precisam de Polícia.

É bíblico, está nos mandamentos da Lei de Deus. Não justifica se tirar a vida de um irmão em qualquer que seja a circunstância. A atitude dos policiais foi de despreparo e abuso de poder. Esperamos que o Sistema de Segurança Pública se sensibilize com o caso, apurando. E se os policiais tiverem a culpa no cartório que paguem pelo que fizeram, não apenas sendo expulsos da Corporação, mas sendo punidos no rigor da lei.  Afinal de contas, torturar também é crime Hediondo.

E que o governo do Estado cumpra o seu papel indenizando a família de Gerô, mesmo sabendo que o dinheiro não venha confortar a dor da perda.

Fique com Deus Gerô. A forma trágica com que você partiu simbolize uma luta da sociedade civil e poderes constituídos. Governantes e Poderes Constituídos (Movimentos Negros, Secretaria Extraordinária de Promoção da Igualdade Racial, etc.) que trabalham em defesa das minorias. Juntos possamos refletir numa perspectiva de uma mudança de comportamento. Assim, estaremos evitando no futuro episódios dessa natureza tendo como vítimas Gerôs, Josés, Joãos, Pedros, caboclos, mestiços, artistas ou anônimos, residentes na Liberdade, Barreto, Anjo da Guarda, Coroadinho, entre outros bairros carentes e vulneráveis pela falta de Políticas Públicas.

4 comentários »
https://www.blogsoestado.com/pedrosobrinho/wp-admin/
Twitter Facebook RSS