O fiasco da educação pública no Brasil

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1409252411874-sala-de-aula-destruidaTirar o filho do colégio e continuar sua formação em casa. Foi essa a decisão radical da família da jovem Lorena Dias, de 17 anos. Preocupados com o bullyng que a menina sofria, com as greves e a presença de drogas na escola em que estava matriculada em Contagem (MG), os pais decidiram se responsabilizar pela sua educação, e deu certo. No final do ano passado, Lorena foi aprovada em jornalismo em Brasília, depois de prestar o Enem. Mas, como o ensino domiciliar não é reconhecido no Brasil, precisou entrar na justiça para poder frequentar as aulas na universidade.

A liminar favorável à jovem foi concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede na capital federal, para que ela obtivesse o certificado de conclusão do ensino médio. Uma decisão inédita no país, de acordo com Alexandre Magno, diretor jurídico da Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar). E que ainda pode ser derrubada pelo IFB (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e o Inep (Instituto ligado ao MEC), que emitem o documento.

De qualquer modo, a história de Lorena contribui para manter exposta essa vergonhosa chaga que parece não ter cura no Brasil: o do quase completo fracasso do nosso sistema público de educação. Não é à toa que ao menos 2.000 famílias praticam ensino domiciliar no país, segundo a Aned. E muito mais praticariam se tivessem as condições financeiras e intelectuais para tanto, a fim de não exporem seus filhos a um sistema que está longe de ser o que nossos jovens e crianças realmente merecem.

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