Monogamia: mito ou realidade

0comentário

Durante a I Semana de Meio Ambiente (SEMEIA) em São Paulo, havia um comentário só, a palestra do M. Henrique Browne  com o  tema, a monogamia … O Henrique começou explicando o que era a Monogamia para inciantes, explicando o significado da palavra (mono = único; e gamia = gametas) e que socialmente a monogamia designa caráter, bons costumes, etc. e que porém, biologicamente é um processo não natural.

Apenas 9% dos mamíferos do mundo são monogâmicos sociais e menos ainda (6%) são também monogamicos sexuais ; para as aves cerca de 90% das espécies são monogamicas sociais, mas quando falamos em monogamia sexual o percentual é ainda menor, apenas 4% o são … vamos falar dos nossos parentes mais próximos, os primatas, destes apenas 3% são monogamicos sociais e apenas 1% (o homem) se diz monogamico sexual (repressão sexual por pressão social?). Monogamico social = escolhe um parceiro e com ele vive para o resto da vida, porém pula a cerca. Monogamico sexual = escolhe um parceiro e com ele vive para o resto da vida sem pular a cerca (padrão raríssimo na natureza).

Henrique falou ainda da monogamia atraves da história lembrando para nós que todos os grande problemas históricos entre povos foi causado por traições femininas (como em Tróia) … até falar nos rarissimos seres que são realmente monogamicos, geralmente seres involuídos.

Quanto mais involuído ou ancestral é a espécie maiores são as tendências monogâmicas, um bom exemplo é o Diplozoon paradoxun, um parasita de peixes cujos parceiros se encontram enquanto são larvas adolescentes virgens, momento em que literalmente se fundem pelo meio do corpo e em seguida tornam-se sexualmente maduros; eles então permanecem unidos até que a morte literalmente os separe … existe pelo menos uma espécie abissal que apresenta este mesmo padrão monogâmico onde o macho se funde à fêmea.

Na sequência ele cita o que é e como pode ser dividida a poligamia em duas classe: Poliandria (uma mulher com vários homens) ou poliginia (um homem com várias mulheres). Ele entende que para o ser humano uma fêmea pode escolher um par para o resto da vida por este ser inteligente, carinhoso, fiel (prefiro chamar de leal), e rico em recursos dos mais diversos, porém decidir que ele não será a sua matriz reprodutiva pois o Ricardão é aparentemente mais forte e como somos bicho achamos que para o homem é a mesma coisa, que indivíduos fortes significam saudáveis e aptos a proliferar seu gene, enquanto que a força humana atual (aparência física apenas) deveria se chamar farsa humana pois em muitos e/ou na maioria dos casos são resultados de fatores antropicos (bombas, malhação excessiva que exaure energias, dietas, etc.) que tem por finalidade não exatamente dar um ganho de saúde, mas uma aparência saudável porém com menos saúde ainda … imagem é tudo. Já o homem, ao contrário da mulher, não busca a melhor carga genética (ele até pode desejar, mas não é tão exigente assim), mas sim uma maior variedade de fêmeas possibilitando espalhar seus genes ampliando as chances de perpetuar sua carga genética. Outras coisas interessantíssimas são os CEP’s (Cópulas Extra Par), popularmente conhecida por “pulada de cerca” que são praticados normalmente por homens que querem perpetuar a sua carga genética, já as mulheres tem maiores tendências a CIP’s (Cópulas Intra Par) … Os homens são mais putões, canalhas, etc, porém para ele dizer que as mulheres não realizam CEP’s mas apenas CIP’s soa um pouco estranho para ele, conhecendo bem muitas das suas amigas e amigos. É que as mulheres sabem fazer CEP’s e os homens não!!! Concluí então que como ser humano ele é monogamico social, porém com certa tendencida a pologinia sexual, lembrando que isto acaba sendo dependente da capacidade do casal (monogamia social) de manter o interesse de ambos unicamente no seu par, o que não é muito fácil ou simples se levarmos em conta a demanda e a oferta.

Sem comentário para "Monogamia: mito ou realidade"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS