Estudo vincula plástico de mamadeira a distúrbio cardíaco

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Um novo estudo vincula uma substância usada em diversos utensílios plásticos, inclusive mamadeiras, a diabetes e distúrbios cardíacos, mas a agência reguladora norte-americana disse na terça-feira que tais utensílios continuam sendo considerados seguros.

A substância bisfenol A (BPA), muito usada em embalagens de alimentos, latas e garrafas de bebidas e material para obturação dental, já era questionada devido a testes em animais. Mas o novo estudo britânico, publicado na revista da Associação Médica Americana, concluiu que, entre 1.455 adultos examinados nos EUA, aqueles com maiores níveis de BPA tinham mais propensão a diabetes, doenças cardíacas e problemas hepáticos.

A FDA, agência que regula alimentos e drogas nos EUA, prometeu analisar as conclusões, que não foram levadas em consideração quando, em agosto, a agência divulgou um relatório preliminar atestando a segurança do BPA nos seus atuais usos.

O BPA entra na composição do plástico policarbonatado, um material translúcido e que não estilhaça. Dentro do organismo, o BPA pode se comportar como o hormônio estrogênio. A ingestão se dá pelo desprendimento de partículas plásticas em alimentos e bebidas.

Alguns fabricantes estão deixando de usar essa substância. Autoridades canadenses já concluíram que ela é nociva.

Os pesquisadores britânicos admitiram que seu estudo, embora estabeleça uma correlação, não prova os efeitos adversos do BPA. O estudo foi feito com base em exames de urina de adultos de 18 a 74 anos, representativos da população dos EUA.

As pessoas que estavam entre as 25 por cento com maior presença da substância na urina tinham o dobro de propensão a ataques cardíacos e à diabete tipo 2, em comparação com os 25 por cento com a menor presença de BPA.

Numa reunião de uma comissão do FDA sobre o tema, vários cientistas e ativistas disseram que a agência ignorou pesquisas com animais, e alguns pediram que o uso da substância em embalagens de alimentos seja proibida.

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