Depressão afeta o coração

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A ligação entre depressão e desenvolvimento de doenças cardíacas tem ficado cada vez mais forte, conforme cardiologista da Duke University Medical Center. Na reunião anual da American College of Cardiology, neste mês, pesquisadores apresentaram descobertas que documentam a extensão da depressão em pacientes cardíacos e propõem um mecanismo pelo qual a depressão afeta o coração.

Normalmente, os médicos atribuem a depressão em pacientes cardíacos ao fato de estarem tristes por estarem doentes, não causando maiores conseqüências. Os pesquisadores, liderados pelo Dr. Christopher O’Connor, concluíram que o risco de morte é duas vezes superior em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva com depressão em comparação àqueles que não estão com depressão. Dos 374 pacientes com insuficiência cardíaca examinados entre março de 1997 e junho de 1998, 35% foram diagnosticados como deprimidos.

Segundo O’Connor, a extensão e o grau de depressão nesses pacientes é muito maior do que o esperado se os pacientes estivessem apenas reagindo ao fato de estarem doentes. A taxa de falecimentos no grupo depressivo foi de 11,9% em três meses contra 5,6% no grupo não deprimido. A morbidez – ocorrência de complicações cardiovasculares – também foi maior em pacientes deprimidos. Descobriu-se ainda que estes pacientes possuem trombócitos mais viscosos, ou seja, possuem maior reatividade e maior tendência a se aglomerarem, favorecendo condições de ataque cardíaco.

Os pesquisadores não têm certeza das causas para esse fato – também pode advir de um desequilíbrio hormonal ou de qualquer outra causa. Os pesquisadores estão conduzindo um estudo para avaliar se antidepressivos podem ajudar os pacientes cardíacos. As propriedades anticoagulantes de um antidepressivo denominado sertralina (nome comercial Zoloft) têm sido intensamente avaliadas, tendo poder semelhante ao da super-aspirina.

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