Tire suas dúvidas sobre a pílula do dia seguinte

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Ricardo Chaves

A pílula do dia seguinte é um medicamento de emergência, indicado para situações onde ocorreu a falha de outro método contraceptivo durante a relação sexual ou quando ela foi desprotegida. Por não haver necessidade de apresentar prescrição médica, é facilmente obtido nas farmácias, o que não elimina muitas dúvidas ainda existentes quanto ao uso, a eficácia e a durabilidade do produto.

A ginecologista Rosa Maria Neme, graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com residência médica e doutorado em Medicina na área de Ginecologia pela Universidade de São Paulo e Diretora do Centro de Endometriose São Paulo, faz um alerta:

 

— Apesar de não ter contraindicação, a pílula do dia seguinte deve ser ingerida somente em ocasiões de emergência e nunca como um método contraceptivo convencional, pois seu uso frequente pode alterar o ciclo menstrual.

Tire suas dúvidas

Qual a composição desse medicamento? Por que ele é mais potente em relação às demais pílulas?

A pílula do dia seguinte é composta apenas de progesterona, o levonorgestrel. Ela é considerada mais potente porque possui maior concentração do hormônio quando comparada a uma pílula tomada diariamente.

Como ela age no organismo? Quais os efeitos colaterais?

A ação da progesterona é tornar o endométrio um ambiente inóspito para a implantação do embrião. Como efeito colateral, pode provocar enjoo, mal-estar e dor de cabeça.

A pílula do dia seguinte é eficaz? Oferece riscos ou possíveis efeitos colaterais? Em quanto tempo após a relação ela deve ser tomada?

O ideal é tomá-la até 24 horas depois da relação desprotegida para garantir sua eficácia. Eventualmente, pode ser tomada até 72 horas após a relação. Os riscos de gravidez e também de ocasionar irregularidade menstrual existem. Por essa razão, não deve ser tomada sempre.

É possível evitar a gravidez com ela?

A pílula do dia seguinte possui uma efetividade de quase 94% se tomada nas primeiras 24 horas após a relação sexual desprotegida ou acidental.

Em quais ocasiões ela deve ser tomada?

Somente em ocasiões de emergência e nunca como um método contraceptivo convencional. Deve ser prescrita sempre pelo médico.

Ela tem sido usada por muitos jovens como método regular de contracepção, não emergencial. Qual é o risco desse hábito?

O grande risco é desregular todo o ciclo hormonal. Essa pílula apresenta uma dose alta de hormônio e, se usada de forma não emergencial, pode causar sintomas como irregularidade menstrual, acne e aumento de oleosidade na pele, por exemplo.

É perigoso adotá-la como única forma de evitar a gravidez?

Claro. Usá-la como método para evitar a gravidez vai causar um desequilíbrio hormonal significativo no organismo feminino. Ela pode ser conciliada esporadicamente com outros métodos, mas, se usada com frequência, pode causar retenção hídrica e aumento da oleosidade da pele, entre outros sintomas.

Como deve ser tomada?

Deve ser tomada em dose única ou em duas doses com intervalo de 12 horas entre a primeira e a segunda dose.

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