Você ainda sabe o que é alimentação saudável?

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A receita é simples e conhecida: a boa saúde está diretamente relacionada à alimentação balanceada. No entanto, hábitos alimentares saudáveis estão cada dia menos presentes no cardápio de grande parte da população. O acesso aos alimentos é maior, mas os produtos mais consumidos são aqueles com baixo valor nutricional.

Para se ter uma ideia, o consumo de refrigerantes no Brasil aumentou 400% nos últimos 30 anos. No mesmo período, as cadeias de fast-food registraram crescimento de 600%. Atualmente, a ingestão de frutas, hortaliças, verduras, cereais e grãos, pelos brasileiros, alcança apenas um terço dos 400 gramas diários necessários para prevenir o câncer e recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O descuido deixa adultos e crianças doentes e sem proteção para lutar contra muitos males.

 

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) relata que os tipos de tumores malignos relacionados aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortalidade relativa à doença no país. Nutricionistas e médicos alertam que o brasileiro perdeu a referência do que é saudável. As crianças são reféns de papinhas, sucos industrializados, biscoitos e salgadinhos. Os jovens são campeões no consumo de hambúrgueres, salsichas e batatas fritas — produtos que oferecem riscos por terem em sua composição níveis significativos de agentes cancerígenos.

A alimentação industrializada está no cardápio mesmo em localidades remotas ou interioranas, onde o consumo de legumes e frutas regionais costumava ser maior.

 O apelo da publicidade da indústria alimentícia é devastador. E isso pode ser observado tanto nas classes sociais mais abastadas quanto nas menos favorecidas. Na cabeça das pessoas, os produtos industrializados simbolizam o desenvolvimento. Elas esquecem apenas que o custo para a saúde é muito alto.

O sal, os nitritos e os nitratos que compõem os alimentos processados têm ação carcinogênica e mutagênica. Em palavras simples, eles expõem o organismo ao câncer e outras doenças. Exatamente o oposto ocorre no corpo de quem ingere frutas, legumes e cereais em quantidades ideais.

Por diversos mecanismos, esses itens inibem a mutação de células que desencadeiam o câncer ou atuam de forma a dificultar a multiplicação delas.

O acesso aos produtos processados era muito menor, por isso consumíamos mais alimentos frescos e saudáveis. As refeições eram preparadas em casa e as pessoas dedicavam tempo a elas. Almoçar e jantar era prazeroso, e não apenas um pit stop.

Hoje, os hábitos que comprometem a saúde começam muito cedo. Estudo recente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com 270 famílias constatou que, antes de completarem 2 anos, 67% das crianças já tinham o costume de tomar refrigerantes e 70% comiam biscoitos recheados regularmente.

A vida mudou, está muito corrida e as pessoas se alimentam fora de casa. Fibras, verduras, frutas e hortaliças foram substituídas. Com isso, alimentos mais ricos em gorduras, açúcares e conservantes vão para o prato com mais frequência. A saúde paga o preço. Notamos que, cada dia mais, as doenças que atingiam a terceira idade surpreendem indivíduos muito jovens.

Para os especialistas, quase sempre há tempo para se correr atrás do prejuízo.

É difícil porque, quando falamos em prevenção, buscamos qualidade de vida a longo prazo, mas é mais cômodo enxergar somente o presente .Carnes processadas, refrigerantes e biscoitos industrializados deveriam ser banidos do cardápio.

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