Excesso de Açucar

0comentário

gut_bug_0302

O excesso de consumo de açúcar está preocupando cientistas e médicos do mundo todo. O consumo atingiu níveis de alerta e se tornou um desafio  para a Associação Americana de Cardiologia. A recomendação da associação é que as mulheres consumam, no máximo, 100 calorias de açúcar (os quais são adicionados a alimentos, como biscoitos, iogurtes, balas e refrigerantes) por dia, ou 25 gramas. Isso é o equivalente a seis colheres de chá. Para os homens, o consumo diário não deve ultrapassar as 150 calorias, ou 37,5 gramas, o que corresponde a nove colheres de chá. Entretanto, a ingestão de alimentos com açúcar, nos EUA, é três vezes maior do que a recomendada pela Associação de Cardiologia.

Dr. Marcos Bubna explica que a redução do consumo de açúcar é muito importante para evitar os problemas cardiovasculares. “O alto consumo de açúcar é um fator de risco para o diabetes e a obesidade; pois essas doenças são fatores de risco para doenças cardiovasculares”. Uma pessoa obesa pode ter hipertensão, colesterol alto, mudanças no metabolismo, arritmias cardíacas, entre outras doenças, por isso, controlar a quantidade de açúcar é importante. Dr Bubna alerta ainda que “o elevado nível de açúcar pode tanto desenvolver como prejudicar as doenças citadas acima”.

Consequências do excesso de açúcar

A principal consequência do consumo excessivo de açúcar é o surgimento do diabetes. A glicose é convertida em energia através da atuação da insulina, hormônio produzido no pâncreas. O consumo excessivo de açúcar pode levar à sobrecarga do pâncreas e mau funcionamento na produção de insulina, favorecendo a resistência insulínica e o diabetes.

“O consumo excessivo de açúcar favorece ainda o aparecimento de obesidade, o crescimento de bactérias e fungos e o acúmulo de gordura abdominal. E ainda, quando nos habituamos a substituir uma alimentação natural (rica em cereais, frutas, vegetais e carnes magras), por uma alimentação estilo fast food, com alto teor calórico e açúcar, é comum o surgimento de sintomas como cansaço crônico, estresse, dificuldade de concentração, hiperatividade, dentre outros”, explica Dra Cristina Martins, nutricionista funcional.

Dicas para evitar o consumo de açúcar

Os refrigerantes são os que mais preocupam. Apenas uma lata de refrigerante comum já ultrapassa os níveis diários de açúcar recomendados. O problema é tão grave que o governo americano estuda o aumento de impostos para esses produtos. Os fabricantes se comprometeram a fazer uma campanha estimulando o consumo menor de bebidas com açúcar. A medida poderia reduzir os gastos de saúde para combater o que já se chama de uma epidemia de obesidade.

Dra Cristina Martins dá dicas de como evitar o excesso de consumo de açúcar. “Quando for consumir sucos, prefira não adoçar, aprenda a conhecer o sabor natural das frutas. Prefira as frutas da estação, são mais doces e saborosas. Para adoçar chás, cafés, outras bebidas e no preparo de doces, prefira mel, açúcar light com stévia (contém uma mistura de adoçante natural stévia com açúcar branco), adoçantes a base de stévia ou sucralose. Consuma fibras em sua dieta, elas auxiliam no controle da absorção do açúcar. Um exemplo, prefira uma barra de cereais, que contenha pelo menos 3 gramas de fibras, no lugar de um doce preparado sem fibras”.

Curiosidade sobre o excesso do consumo de açúcar

O açúcar refinado é obtido a partir da cana-de-açúcar, ele é comumente utilizado para adoçar bebidas e alimentos. Cada grama de açúcar contém 4 kcal de puro carboidrato refinado. Este carboidrato tem como função fornecer energia para as células de forma rápida, mas em poucos minutos esta energia, é gasta ou acumulada em forma de gordura, dependendo da quantidade ingerida. O açúcar é um ladrão de energia, pois gera um pico de energia e logo em seguida a queda. “Portanto, este tipo de carboidrato deve ser consumido de maneira moderada e na hora certa, ou seja, no momento em que nosso corpo precisa dele”, analisa a nutricionista. Um exemplo de consumo correto do carboidrato refinado é logo após um exercício estimulante, pois assim, favorece uma rápida e eficiente recuperação muscular. “Quando o indivíduo fica longos períodos em jejum ou quando, por alguma razão, tem uma rápida queda de energia, o uso deste carboidrato também pode ser indicado”, conta.

O açúcar é rico em calorias e pobre em nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo, sendo considerado pelos profissionais de saúde, um alimento com calorias vazias. “Não podemos, portanto, esquecer que este alimento somente tem esta função, energética, sendo assim, é um componente DISPENSÁVEL para a saúde quando comparado com outros alimentos, como frutas e verduras por exemplo, que além de energia, fornecem vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos”, afirma Dra Martins.

O açúcar mascavo, contém vitaminas e sais minerais da cana-de-açúcar, já o açúcar branco, passa por um processo de refinamento, neste processo, perde esses nutrientes. Apesar disso, a diferença calórica entre os dois tipos de açúcar não é relevante, portanto, o consumo de açúcar mascavo também deve ser consumido com cautela.

Outro exemplo de alimento para evitar o açúcar é a biomassa de banana verde, que é um alimento poderoso que ajuda a controlar a glicose e auxilia no emagrecimento. A massa tem um gosto neutro e agradável. Confira algumas receitas com biomassa de banana verde.

Dra Cristina Martins é graduada em Nutrição pela UFRJ.

sem comentário »

Hipertensão Arterial

0comentário

medic8

Qual é a influência específica do estresse em pacientes hipertensos?
Foi demonstrado em alguns estudos que a resposta pressórica exacerbada aos testes de estresse mental tem valor preditivo para desenvolvimento de hipertensão futura, principalmente quando associada à presença de história familiar de hipertensão arterial sistêmica. Considerando que a magnitude dos efeitos fisiológicos ao estresse depende da interação entre o estímulo e o indivíduo, situações semelhantes podem produzir respostas bastante diversas em pessoas diferentes e no mesmo indivíduo em condições diferentes.

Que outros fatores, além do estresse, podem contribuir para a hipertensão?
A hipertensão é uma doença que tem múltiplas causas e envolve aspectos tanto genéticos quanto ambientais. Geralmente, pessoas hipertensas possuem parentes próximos que também apresentam o mesmo problema. Outros fatores que podem contribuir para o aparecimento e/ou agravamento da hipertensão são o excesso de sal, o consumo elevado de bebida alcoólica, obesidade, sedentarismo e o uso regular de anticoncepcionais.

O que é crise hipertensiva?
A crise hipertensiva é a elevação repentina da pressão arterial, em pessoa normotensa ou hipertensa. Os órgãos acometidos durante a crise são: olhos, rins, coração, cérebro. A crise hipertensiva apresenta sinais e sintomas agudos de intensidade severa e grave, com possibilidade de deterioração rápida dos órgãos-alvo. Pode haver risco de vida potencial e imediato, pois os níveis de pressão arterial estão acima de 180/110 mm Hg (18 por 11).

Quais são os primeiros sinais de uma crise no organismo?
Alguns sinais de crise hipertensiva:
–  Sistema Nervoso Central: dor de cabeça, tontura, alterações visuais e da fala, nível de consciência, agitação ou apatia, confusão mental, déficit neurológico focal, convulsões e coma.
– Sistema Cardiovascular: dor torácica,  palpitações, mudança do ritmo cardíaco, falta de ar.
– Sistema Renal: redução do volume urinário, inchaço.

Como agir no caso de uma crise?
A crise é classificada em emergência e urgência hipertensiva. O tratamento deve ser realizado de acordo com o órgão-alvo envolvido e exige cuidados de uma unidade de terapia intensiva (UTI) devido às condições hemodinâmicas e neurológicas instáveis que podem oferecer risco de morte iminente. O paciente deve ser hospitalizado e tratado com vasodilatadores, por via intravenosa. O uso de anti-hipertensivos orais deve ser iniciado juntamente com os de uso parenteral para facilitar a sua retirada, posteriormente, e para se conseguir um melhor controle da pressão arterial. Recomenda-se terapêutica aguda do estresse psicológico, enquanto a hipertensão arterial deverá ser tratada em ambulatório.

Quais são os cuidados que o paciente hipertenso deve tomar para evitar as crises?
Para evitar-se uma crise hipertensiva é necessário manter o tratamento adequado, que é feito através de mudanças nos hábitos de vida e o uso de medicamentos. As mudanças nos hábitos incluem: abandonar o tabagismo, reduzir o consumo de sal e bebidas alcoólicas, controlar a obesidade e o estresse, ter uma alimentação saudável (evitar gorduras e ingerir muitas verduras, legumes e frutas) e praticar atividade física com regularidade.

Como é possível diferenciar a crise hipertensiva da uma “pseudo-crise”?
A “pseudo-crise hipertensiva” é associada frequentemente ao abandono do tratamento medicamentoso em pacientes hipertensos ou pode ser a apresentação clínica de pacientes que não são hipertensos, mas que são portadores de outra condição clínica que eleva a pressão arterial de forma secundária (dor, desconforto, medo, dormência, palpitações, tonturas e tremores). A ausência de sinais de deterioração rápida de órgão-alvo torna desnecessária a utilização de medicações para controle rápido da pressão arterial, bastando o uso de medicação sintomática específica. O paciente deve ser reavaliado por algumas horas, reintroduzindo-se a medicação anti-hipertensiva, além de retorno ambulatorial, para orientação sobre adesão ao tratamento e ajuste de doses de anti-hipertensivos. Pacientes não-hipertensos devem ser submetidos à avaliação ambulatorial do nível pressórico, sem as condições clínicas que motivaram a procura pelo pronto-socorro.

Quais os medicamentos indicados para controlar a pressão?
Além das mudanças do estilo de vida, de acordo com as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão arterial o tratamento farmacológico pode ser iniciado com medicamentos de qualquer uma das seguintes classes de anti-hipertensivos: diuréticos, ou bloqueador do receptor da angiotensina II, ou beta-bloqueadores, ou antagonistas de canais de cálcio, ou inibidores da enzima de conversão da angiotensina.

sem comentário »
https://www.blogsoestado.com/xavierdemelo/wp-admin/
Twitter Facebook RSS