São Luis é a capital onde as mulheres menos fumam no país

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São Luís é a capital com o menor índice de mulheres fumantes do país, segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2014 divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o levantamento, o índice de tabagismo entre as mulheres em São Luís é de 2,5%. A capital maranhense é seguida por Palmas (3%) e Teresina (3,1%). Os maiores números foram apresentados em Porto Alegre (15,1%), São Paulo (13%) e Curitiba (15,6%).
Entre os homens, São Luís é a terceira em menor frequência de tabagismo, com 9,3%. A cidade está abaixo de Fortaleza (8,6%), que está em primeiro lugar, e Salvador (9%), que aparece em segundo. Os homens fumam mais em Porto Alegre (17,9%), Belo Horizonte (16,2%) e Cuiabá (15,6%).
Hábito impopular
Os dados mostram que o hábito de fumar está se tornando impopular em todo o país. Atualmente, 10,8% dos brasileiros ainda mantém o hábito – o índice é maior entre os homens (12,8%) do que entre as mulheres (9%).
De acordo com o estudo, os números representam queda de 30,7% no percentual de fumantes nos últimos nove anos. Em 2006, 15,6% dos brasileiros declaravam consumir o produto.

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Vamos ficar cada vez mais altos ?

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A Humanidade se transformou profundamente nos últimos 150 anos: a população global passou de 1 bilhão para mais de 7 bilhões de pessoas; nos países desenvolvidos, a expectativa média de vida subiu dos 45 anos em meados do século 19 para cerca de 80 anos hoje em dia.

E nós ainda mudamos fisicamente: uma boa parte da nossa espécie está agora mais alta do que nunca.

A estatura média humana aumentou nos países industrializados, com ganhos de até 10 centímetros.

Mas, em termos de altura no último século e meio, um país se destaca: na Holanda de hoje, jovens rapazes têm, em média, 1,84 metro de altura, enquanto mulheres medem por volta de 1,70 metro – em média, 19 centímetros a mais do que os holandeses do século 19.

Por que o ser humano está mais alto? Será que essa tendência persiste ou vai parar? E será que nossos descendentes vão nos ver como anões?

Perguntas como essas inspiraram John Komlos, professor de história econômica da Universidade de Munique, na Alemanha, quando ele enveredava pelo campo da história antropométrica. Ele estuda como a estatura média de uma população varia de acordo com suas condições econômicas e sociais.

Komlos remexeu em arquivos de registros militares governamentais – que rastreiam as alturas dos soldados – para testar essa relação.

Sua pesquisa revelou que os altos e baixos da estatura humana seguem as variações de dois fatores: a alimentação e a saúde geral, principalmente durante a infância.

Se uma criança não tem comida suficiente disponível ou não consegue absorver nutrientes por causa de alguma doença, são menores suas chances de se tornar um adulto alto.

“Isso quer dizer que os principais motores do aumento da estatura são a melhoria da nutrição, da saúde e da qualidade de vida”, afirma William Leonard, professor de antropologia da Universidade Northwestern (EUA).

A História está repleta de exemplos dessa relação entre altura e saúde. No final do período medieval da Europa Ocidental, após a Peste Negra ter dizimado pelo menos 60% da população, os sobreviventes descobriram que tinham acesso a comida abundante e condições de moradia menos superpovoadas, o que ajudou a manter a doença sob controle.

Por isso, as pessoas puderam crescer a uma estatura relativamente alta. Os britânicos tinham, em média, 4 centímetros a menos do que seus compatriotas hoje.

Americanos pararam de crescer nas últimas décadas, talvez por causa da dieta

Mas a estatura chegou a um nível mínimo na Europa do século 17. O francês médio tinha apenas 1,62 metro de altura. Vários invernos gelados reduziram a produtividade dos cultivos. Houve guerras em vários lugares. “A Europa se rompeu completamente naquela época”, define Komlos.

A Revolução Industrial do século 18, que viu as pessoas lotarem favelas infestadas de doenças nas grandes cidades, também atrofiou a população.

Mas na segunda metade do século 19, a convulsão social deu lugar a uma melhora da produção agrícola, no fornecimento de água, no saneamento básico e na prosperidade econômica.

Os europeus dispararam nas curvas de crescimento e se mantiveram assim por várias décadas.

Com 2,72 metros, Robert Wadlow foi o homem mais alto que já viveu.

Essa relação com a saúde ainda é nitidamente visível hoje. Um bom exemplo são as Coreias do Sul e do Norte. O Norte está no 188º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU (IDH), que leva em consideração a expectativa de vida, a renda e o nível escolar de cada indivíduo. O homem adulto norte-coreano tem de 3 a 8 centímetros a menos que seus homólogos sul-coreanos, cujo país está na 15ª posição do IDH.

Mas em alguns países industrializados, principalmente nos Estados Unidos, o aumento da estatura desde o século 19 se estabilizou. Hoje, os homens americanos medem por volta de 1,76 metro, e as mulheres, 1,63 metro – aproximadamente a mesma altura que a dos hippies que participaram de Woodstock há 45 anos, e bem atrás da média holandesa.

Como os europeus do norte passaram à frente dos americanos? Komlos acredita que a diferença está no acesso desigual à boa alimentação e aos cuidados de saúde nos EUA em comparação com sistemas mais socializados em países desenvolvidos europeus.

Milhões de americanos não têm plano de saúde e não visitam médicos regularmente. As mulheres grávidas recebem pouca assistência nos Estados Unidos. Além disso, um terço dos americanos são obesos, graças, em parte, à junk food.

Não se esqueça dos genes

É claro que, assim como ocorre com quase qualquer traço humano, a genética desempenha papel enorme na estatura. Casais altos quase sempre geram filhos altos.

Mesmo assim, o recente aumento na altura humana em determinadas populações não pode ser atribuída à evolução para selecionar genes mais altos.

Na verdade, do ponto de vista darwiniano puro de organismos mais aptos que produzem mais descendentes, o que está acontecendo com o Homo sapiens moderno é exatamente o oposto: famílias pobres, menos saudáveis e, portanto, normalmente mais baixas tendem a ter mais filhos do que as famílias mais prósperas.

O fascínio dos altos

Dito isso, devemos nos lembrar que a altura é um sinal atraente em muitas culturas. Essa qualidade também serve como um indicador surpreendentemente confiável de potencial de renda de um indivíduo. Um estudo de 2004 descobriu que, para cada centímetro a mais acima da média, uma pessoa poderia esperar ganhar até US$ 976 a mais por ano de trabalho.

Mas em vez de uma bênção, ser excessivamente alto pode ser um fardo. Pessoas mais esguias têm que se abaixar ao atravessar portas e sofrem para caber em um carro, por exemplo.

Elas também são mais propensas a certas doenças, como problemas articulares e cardiovasculares. Robert Wadlow, oficialmente o homem mais alto que já viveu, é um excelente exemplo. Um distúrbio da glândula pituitária o fez atingir 2,72 metros de altura. E morreu por uma infecção aos 22 anos.

Komlos acredita que a Humanidade provavelmente já atingiu sua altura média máxima, por causa do histórico recente desse ganho. “Os holandeses, para mim, são o exemplo do máximo a que a população humana pode chegar”, afirma.

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Estudos de alimentação saudável são contraditórios

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Por que os conselhos de alimentação saudável mudam tanto?

Se você estivesse procurando informações sobre alimentação saudável tempos atrás, provavelmente tentaria limitar, talvez até banir, o consumo de gordura. Ela era associada a obesidade, colesterol e alto risco de infarto.

Pesquisas mostraram agora que pessoas que consumiram mais gordura saturada não tinham maior risco de doença cardíaca, AVC ou qualquer outra forma de doença cardiovascular.

O ovo também vive na corda bamba. Seu consumo já foi vetado para quem tem colesterol alto. Mas, hoje, pesquisas não apontam relação entre o consumo de um ovo por dia e aumento do risco de problemas cardiovasculares.

As explicações para isso são várias. Uma passa por uma dificuldade desse tipo de estudos: isolar variáveis quando se trata de compreender a alimentação humana.

O controle que os pesquisadores têm sobre a alimentação de voluntários está longe de ser total, e muitas vezes eles dependem de relatos das pessoas sobre o que elas comem, informações que não são completamente precisas. Outros fatores não alimentares ainda influem nos resultados, como atividades físicas ou até questões emocionais.

Além disso, pesquisas confiáveis exigem acompanhar grupos grandes de pessoas ao longo de períodos razoáveis de tempo.

Mas, como apontam os nutricionistas, nem sempre pacientes e a mídia têm paciência: quando o assunto é saúde e emagrecimento, respostas milagrosas e modismos fazem sucesso, o que dá combustível a pesquisas com limitações metodológicas ou estatísticas.

É preciso que fique claro que os efeitos da alimentação na saúde não têm percepção imediata, como um remédio que faz a dor de cabeça passar.

Além disso, o público não especializado tem dificuldade para entender que conclusões científicas abstratas sobre os benefícios de determinado alimento não necessariamente se aplicam a casos específicos individuais.

Temos informações gerais, mas ninguém sabe exatamente como cada um funciona. A biologia nunca é uma ciência exata.

Na maior parte das pessoas, por exemplo, o consumo de gorduras reduz o HDL, que é o colesterol bom. Mas estudos indicam, que as gorduras têm o efeito contrário em 20% da população – e não se sabe precisamente o motivo.

Por fim, é bom ter em mente que há gente ganhando dinheiro com modismos alimentares,”O marketing da indústria do emagrecimento é mais rápido do que o estudo científico.”

A solução para lidar com esse mar de informações contraditórias sobre os benefícios e malefícios dos alimentos? Não ficar paranoico com isso.

Quanto mais você pensa em alimentação, mais se estressa. O ato de comer vira uma preocupação. Se você senta para comer estressado, culpado, não vai comer nem digerir do mesmo jeito.

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Caminhar dois minutos a cada hora reduz risco de doenças

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Uma pesquisa da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, descobriu que trocar hábitos sedentários por atividades leves e rápidas pode melhorar significativamente a saúde. Segundo o estudo, caminhar por dois minutos a cada hora reduz o risco de morte causada por doenças associadas ao sedentarismo em 33%. No caso de pessoas com doença renal crônica, a redução é ainda maior: 41%.

Diversos estudos têm apontado que ficar sentado por muito tempo diariamente aumenta o risco de morte prematura, de doenças cardiovasculares e de diabetes. Diante dessa situação, os pesquisadores decidiram investigar o impacto de metas mais viáveis de atividades físicas, como exercícios mais leves que podem ser realizadas em pouco tempo.

A pesquisa examinou 3.243 pessoas e mediu a intensidade das atividades dos participantes. Os voluntários foram acompanhados por três anos depois que os dados foram recolhidos.

Segundo o coordenador do estudo, Srinivasan Beddhu, quando as atividades físicas, mesmo que leves, são repetidas várias vezes ao longo do dia, podem fazer uma grande diferença. Presumindo que uma pessoa passe 16 horas por dia acordada, dois minutos de caminhada a cada hora, todos os dias, representa um gasto de 400 calorias por semana. O exercício moderado ainda fortalece o coração, os músculos e os ossos.

— Sabemos que praticar exercícios é importante, mas poucas pessoas conseguem realizar a quantidade recomendada. Nosso estudo sugere que mesmo mudanças pequenas na rotina podem trazer um impacto muito positivo para a saúde — diz o principal autor da pesquisa, Tom Greene.

Os resultados foram publicados esta semana no periódico Clinical Journal of the American Society of Nephrology.

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Como o conceito de saúde mudou ao longo dos anos

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Como saber se uma pessoa é, de fato, saudável? Em 1948, a OMS estabeleceu a definição de saúde como “um estágio de bem-estar físico, mental e social e não só a ausência de doenças ou enfermidades”. Por esse conceito, milhões de pessoas de todas as idades seriam reprovadas, tornando “a maioria de nós não saudável praticamente o tempo todo”, como observou Richard Smith no blog BMJ, em 2008.

Só que os padrões de doença mudaram de 1948 para cá. A maioria das pessoas está envelhecendo com problemas crônicos e deficiências, mas continua independente. “A antiga definição minimiza o papel da capacidade humana em lidar com desafios físicos, emocionais e sociais da vida de maneira autônoma e não reconhece que as pessoas são capazes de viver com uma sensação de bem-estar e realização mesmo quando sofrem de uma condição crônica ou deficiência”, escreveu Machteld Huber e suas colegas no BMJ, em 2011.

Eles também observaram que a habilidade para continuar a participar da sociedade pode ser mais importante do que medir ganhos na saúde. A capacidade de lidar com as moléstias pode ser uma medida mais importante e realista que a recuperação completa.

Isso nos leva a uma análise séria de tudo o que fazemos para descobrir, tratar ou enfrentar os problemas de saúde. A crença atual de que a medicina tem o potencial para prevenir quase todos os males ou detectá-los tão incipientes que sempre é possível uma cura, conseguiu “medicalizar” a vida moderna e elevar os custos da assistência médica a níveis insustentáveis.

Também levou H. Gilbert Welch, professor da Escola de Medicina de Dartmouth, em New Hampshire, a escrever Less Medicine, More Health: 7 Assumptions That Drive Too Much Medical Care (Menos Remédios, Mais Saúde: 7 Suposições que Levam ao Tratamento Excessivo). No livro, ele afirma que muita gente está servindo de cobaia de forma excessiva e aleatória, sujeitando-se a tratamentos de que não precisa e, com isso, expondo-se a procedimentos que causam mais mal que bem.

Ele sugere foco na redução de grandes riscos, basicamente ignorando os médios e pequenos.

— Muitos riscos à saúde de que se ouve falar são exagerados. Intervenções para reduzir riscos médios criam tantos problemas quanto os que resolvem — diz.

Talvez a “suposição” mais polêmica de Welch seja a que afirma que detectar um possível problema de saúde incipiente é melhor do que esperar até que apareçam os sintomas. A eficácia dos exames em pessoas assintomáticas talvez seja um dos temas mais controversos na medicina moderna.

Welch defende também que, às vezes, o diagnóstico precoce só faz com que o tratamento se estenda por mais tempo. “A ação nem sempre é a opção correta”, escreve. O problema, obviamente, é saber quando é seguro monitorar a doença e tratá-la só se progredir.

— É essencial para a saúde não se tornar obcecado por ela. Assistência médica em excesso não ajuda a pessoa. Precisamos de mais cautela com a medicação quando estamos bem. É preciso avaliar as opções e não necessariamente adotar a mais radical, que pode também resultar em piores sequelas — disse Welch.

A definição da OMS

Se não é o tratamento médico moderno, o que realmente define a saúde de uma pessoa? A OMS hoje reconhece que os seguintes fatores podem ter efeito até maior em nosso estado do que o acesso e uso do serviço de assistência médica:

— Renda, status social e educação; quanto mais altos, mais saudável

— Ambiente físico: água potável, ar puro, ambiente de trabalho sadio, casa segura e comunidade bem planejada

— Rede de apoio social, incluindo família, amigos e comunidade

— Genética, que influencia a expectativa de vida e o risco de desenvolvimento de determinadas doenças

— Gênero: homens e mulheres enfrentam riscos de saúde diferentes em diferentes fases da vida

— Comportamento pessoal e habilidade de enfrentar dificuldades, além de fumo, consumo de bebidas alcoólicas, hábitos alimentares, atividade física e forma de lidar com o estresse

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Cérebro é programado para odiar dietas, indica estudo

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Uma pesquisa sugere que o cérebro humano foi programado para ‘odiar’ dietas. Segundo cientistas americanos no Campus de Pesquisa Janelia Farm, do Instituto Médico Howard Hughes, células do cérebro sensíveis à fome, conhecidas como neurônios AGRP, são as responsáveis pelo horror à dieta.

Os pesquisadores fizeram experiências que mostraram que estes neurônios são responsáveis pelas sensações desagradáveis associadas à fome, que tornam os petiscos irresistíveis. Segundo o líder do grupo de pesquisa, Scott Sternson, as emoções negativas associadas com a fome podem transformar a dieta e a perda de peso em uma tarefa muito difícil, e a explicação pode estar nestes neurônios.

Em um ambiente no qual a comida está sempre disponível, os sinais difíceis de ignorar enviados por estes alimentos podem parecer irritantes para quem está de dieta, mas, do ponto de vista da evolução dos humanos, estes sinais podem fazer sentido. Para os primeiros humanos — e para animais selvagens — a busca por alimentos e água podia significar a entrada em um ambiente arriscado, algo que só poderia acontecer se o humano ou animal recebesse um estímulo.

— Suspeitamos que estes neurônios estão impondo um custo por você não lidar com suas necessidades fisiológicas (como a fome) — afirmou Sternson.

Os neurônios AGRP não levam um animal diretamente a comer, mas ensinam o animal a responder a pistas sensoriais que sinalizam a presença de comida no ambiente.

— Acreditamos que estes neurônios são um sistema motivacional muito antigo que obrigam o animal a satisfazer suas necessidades fisiológicas — afirmou Sternson.

A fome afeta quase toda célula do corpo e vários tipos de neurônios são dedicados a fazer com que um animal se alimente quando seus níveis de energia estiverem baixos. Mas, segundo Sternson, até agora, o que os cientistas sabiam sobre estes neurônios não combinava totalmente com que todo mundo já sabia: fome é desagradável.

— Havia uma previsão anterior de que haveria neurônios que fazem você se sentir mal quando está com fome ou sede. Isto faz sentido de um ponto de vista intuitivo, mas todos os neurônios analisados pareciam ter o efeito oposto — afirmou o cientista.

Em estudos anteriores, os pesquisadores descobriram que os neurônios que promovem a alimentação o faziam aumentando os sentimentos positivos associados à comida. Em outras palavras: fome faz a comida ter um gosto melhor.

Alguns cientistas começaram a suspeitar de que a ideia sobre um sinal negativo no cérebro motivando a fome poderia estar errada. Mas o conhecimento deles sobre o sistema era incompleto. Os neurônios AGRP, localizados em uma área do cérebro conhecida como hipotálamo, estavam claramente envolvidos nos comportamentos de alimentação.

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Homens Poligâmicos têm quatro vezes mais risco de sofrer doenças do coração

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Uma pesquisa que será apresentada no Congresso de Cardiologia da Ásia — que inicia nesta quarta-feira — afirma que homens que praticam a poligamia correm mais risco de sofrer doenças do coração. O estudo foi liderado pelo cardiologista Amin Daoulah, do King Faisal Specialist Hospital & Research Centre, na Arábia Saudita.

— Há evidências de que as pessoas casadas são mais saudáveis e têm mais longevidade, mas esta é a primeira vez que a saúde coronariana de homens com mais de uma esposa é avaliada — afirma Daoulah.

A pesquisa examinou a relação entre a incidência de doenças cardíacas e o número de esposas. Os 687 homens casados (poligâmicos ou não) que participaram do estudo tinham idade média de 59 anos e 56% deles tinham diabetes, 57% tinham hipertensão e 45% tinham histórico de doença arterial coronariana. Homens com mais de uma esposa eram mais propensos a ser mais velhos, viver em uma área rural, ter uma renda mais elevada e um histórico de cirurgia do miocárd

Os pesquisadores descobriram que os homens que praticavam a poligamia apresentaram um risco 4,6 vezes maior de desenvolver doença arterial coronariana, 3,5 vezes maior de ter problemas na artéria principal esquerda e 2,6 vezes mais risco de desenvolver doença de múltiplos vasos.

— Os resultados podem ser explicados porque a necessidade de manter casas separadas multiplica os encargos financeiros e o desgaste emocional. Parece provável que o estresse de manter mais de uma família é sentido pelos homens — observa Daoulah.

O especialista destaca, entretanto, que o estudo aponta somente uma relação entre a poligamia e as doenças cardíacas, mas ainda não é possível afirmar que há uma relação de causa e efeito. Segundo o cardiologista, são necessários mais estudos para analisar outros fatores que podem influenciar o resultado, como a alimentação e a prática de atividades físicas.

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