O ritmo ariscado do prazer

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Mercado de produtos para disfunção erétil vem crescendo em larga escala no país. Só no ano passado foram comercializados quase 7 milhões de comprimidos, um crescimento de 5,37% em relação ao ano anterior.

Se por um lado o tratamento trouxe um alento para os pacientes nos consultórios de urologia, na área cardíaca o consumo indevido gera preocupação entre a classe médica. Hoje esses medicamentos podem ser encontrados facilmente em qualquer farmácia e a preços acessíveis.

Alguns estabelecimentos nem são muito rigorosas em pedir a prescrição médica – o que traz riscos, pois, por mais seguros que sejam, nenhum deles deve ser utilizado sem acompanhamento médico.

Os pacientes cardíacos, por exemplo, têm que ter atenção redobrada. Segundo os próprios fabricantes, esses comprimidos não podem ser utilizados por pessoas que utilizem remédios que tenham como princípio ativo o nitrato. Essa situação é totalmente proibitiva. A soma de um vaso dilatador – que é o mecanismo de ação dos medicamentos via oral para a disfunção erétil, com o nitrato no organismo leva a graves consequências, por isso não pode ser feita nunca. Entre as complicações que podem acontecer estão desmaios, tonturas e oscilações de pressão (geralmente baixa) que levam a repercussões clínicas.

Há outras soluções para quem pretende controlar o problema. Em muitos dos casos a terapia revela-se eficaz, pois a perda da ereção pode ter causas que não são fisiológicas e sim psicológicas. Quando existe uma real necessidade de tratamento físico, há um leque de op- ções que podem ser praticadas por esses pacientes.

Além dos medicamentos via oral, pode-se injetar uma medicação antes da atividade sexual. O urologista ensina ao paciente a maneira correta de aplicá-la. Outra opção, que foi utilizada no passado, é o uso de uma cápsula intrauretral com o mesmo princípio. Ambos funcionam da mesma forma que o medicamento oral, aumentando o fluxo sanguíneo no membro, permitindo sua ereção. Mas nesses casos, a atuação é restrita à área do órgão sexual, por isso não há problemas.

Um último recurso que só é indicado quando não há eficácia de outros tratamentos é a prótese peniana. Mas mesmo quem for utilizar estes outros recursos deve consultar o médico. Afinal de contas, o ato sexual é uma atividade física e o paciente, principalmente mais idoso e cardiopata, tem de saber se está em condições de praticá-lo com segurança.

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