Seio novo após o câncer sem implantes

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Cientistas australianos anunciaram nesta semana a criação de uma técnica cirúrgica, ainda em fase experimental, que permitirá às mulheres que tiveram extirpado uma mama regenerar o peito sem necessidade de reconstrução ou implantes.

Phillip Marzella, médico do Instituto de Microcirugia Bernard O’Brien da cidade de Melbourne, explicou que após o êxito dos testes pré-clínicos com porcos, que regeneraram a mama em seis semanas, o próximo passo será realizar os experimentos em humanos.
Dentro de seis meses pelo menos seis pacientes receberão o molde sintético com a forma do peito que estará conectado a um copo sanguíneo com células que permitem a geração controlada de gordura internamente.
Segundo Marzella, o peito cresceria entre seis e oito meses, e depois, naturalmente, o molde se dissolveria, evitando uma segunda intervenção cirúrgica para extraí-lo.
Nos próximos dois anos, os cientistas esperam desenvolver o protótipo e conseguir que o molde seja biodegradável.
Por enquanto, os especialistas não sabem quanto tempo seria necessário para o corpo gerar a gordura suficiente para preencher o peito, resposta que os cientistas esperam ter em no máximo quatro meses.
Se ficar demonstrado que funciona, o projeto será ampliado para criar outros órgãos utilizando o mesmo princípio.

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Pesquisa mostra riscos das radiações dos celulares

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T-Mobile's MyTouch, Apple's iPhone and the Samsung Impression

Boatos sobre possíveis danos da radiação emitida por celulares ao corpo humano não são novidade. Mas, para deixar de lado os rumores e partir para os fatos, uma organização realizou o levantamento de perfis de emissão de 1.268 modelos de celulares diferentes.

O estudo foi feito para criar uma base de dados contendo informações sobre o máximo de radiação que cada dispositivo emite. Elaborado pela Environmental Working Group (EWG), o relatório concluiu que os padrões de radiação não são os mais seguros e nem respeitam o impacto nas crianças. As informações são da revista Wired.

Os riscos podem ser mais sérios do que alguns rumores apontavam. Segundo cientista da EWG, Olga Naidenko, existe a possibilidade de tumores cerebrais após muito tempo de uso. “Com base em padrões atuais, existe um risco aumentado de desenvolver tumores cerebrais em usuários de longo prazo, que usam celulares por mais de dez anos, por conta da radiação”, disse Naidenko.

De acordo com a pesquisa, celulares Samsung são os mais seguros. Entre os cinco colocados entre os celulares com menos emissão de radiação, quatro aparelhos da marca estão nas primeira posições.

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Reforce as vacinas das crianças

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214624post_foto.jpg Ao retomar a rotina das aulas , os pais devem ficar atentos ao calendário de vacinação de seus filhos. Crianças, entre quatro e seis anos, receberem o reforço das vacinas contra coqueluche, sarampo, caxumba, rubéola, difteria e tétano, conforme recomenda a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Imunizações. Algumas estão disponíveis no SUS, outras devem ser pagas.

Confira o calendário de vacinação recomendado ás crianças pela Sociedade Brasileira de Imunizações.

Na opinião da hepatologista Edna Strauss, professora da Faculdade de Medicina da USP e presidente da Associação Paulista para o Estudo do Fígado, é preciso também proteger as crianças contra a hepatite A, porque a aglomeração pode favorecer a disseminação da doença em creches, pré-escolas e escolas. De transmissão fecal-oral, essa infecção no fígado é causada por um vírus muito resistente, capaz de sobreviver 30 dias em alimentos secos (pães, bolachas, etc), 10 meses em frutas congeladas a 30°C negativos e 89 dias em água mineral conservada a 20° C. 

O médico Aroldo Prohmann de Carvalho, professor-adjunto de Pediatria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), alerta aos pais para prestarem atenção especial ao reforço da vacina contra a coqueluche.

– Nem a doença nem a vacina conferem ao indivíduo imunidade prolongada –esclarece o médico, que também é membro do Conselho Científico do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Ao contrário do sarampo e da varicela, a popular “tosse comprida” pode ocorrer mais de uma vez na vida. A partir da idade escolar, a coqueluche geralmente se manifesta de forma atípica, sem os sintomas clássicos – acessos prolongados de tosse, guinchos e falta de ar. O doente muitas vezes tem apenas tosse prolongada, que é confundida com doenças respiratórias mais leves.

Sem saber que estão doentes, as crianças maiores acabam contagiando os lactentes, que não têm idade para receber a vacina ou não completaram o esquema de vacinação.

Quando atinge menores de dois anos, a coqueluche pode provocar diversas complicações, é motivo freqüente de hospitalização por pneumonia e insuficiência respiratória aguda, podendo inclusive causar paradas respiratórias.

Aroldo Prohmann de Carvalho lembra que, até 2002, as crianças eram imunizadas contra o sarampo aos nove meses, idade na qual a eficácia da vacina beira aos 80%. Devido à baixa circulação do vírus selvagem do sarampo, o Ministério da Saúde determinou que as crianças fossem vacinadas aos 12 meses com a tríplice viral (sarampo-caxumba e rubéola).

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Redução da dose do Tylenol

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Doses de Tylenol e outros analgésicos que contêm paracetamol devem ser reduzidas por causa de preocupações com danos à saúde, afirmou um painel de médicos especialistas à Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

O painel decidiu, por 21 votos contra 16, recomendar que a dose diária máxima da substância, encontrada em analgésicos como Tylenol e Excedrin, seja reduzida de 4.000 miligramas para 2.600 miligramas.

No Brasil, a recomendação máxima é de 4.000 miligramas em 24 horas, de acordo com a bula do Tylenol.

Em 2005, consumidores americanos compraram 28 bilhões de doses de produtos que contêm paracetamol. Eficaz contra dores de cabeça e febre, o uso excessivo do remédio pode causar danos ao fígado em algumas pessoas. Mais de 400 pessoas morrem e 42 mil são hospitalizadas todos os anos nos EUA por causa do uso abusivo do analgésico.

A FDA diz que a substância é segura se tomada dentro dos níveis recomendados. No entanto, como o paracetamol está presente em diversos medicamentos contra dor, febre e tosse, muitas pessoas não percebem que estão tomando vários remédios que contêm o mesmo ingrediente.

A assessoria de imprensa da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informa que o paracetamol deve ser consumido com prescrição médica e, portanto, o consumidor deve respeitar a dose indicada pelo profissional de saúde.

O painel do FDA também votou a favor da retirada do mercado das drogas Percocet e Vicodin, medicamentos que combinam paracetamol (que nos EUA é chamado de “acetaminophen”) e narcóticos para alívio da dor. O que motivou a decisão foi o potencial de causar danos ao fígado associado ao paracetamol.

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Distonia não é tique nervoso

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Movimentos bruscos dos membros, espasmos no pescoço ou nos braços, tremores das mãos ou piscadas repetidas dos olhos. Muito confundida com tique, a distonia é uma doença neurológica que provoca contrações musculares involuntárias quase sempre acompanhadas de dor, resultando em movimentos e posturas anormais que afetam muito a qualidade de vida dos portadores. A Associação Brasileira de Portadores de Distonia chama a atenção da população sobre a doença e destaca a existência de tratamentos de reabilitação que permitem aos pacientes recuperar o bem-estar e amenizar os sintomas.

Diferente do tique nervoso, que é uma manifestação semivoluntária — ou seja, a pessoa tem controle sobre o gesto —, a distonia produz contrações musculares involuntárias em determinadas regiões do corpo. Como consequência, o portador pode ficar impossibilitado de andar, dirigir e realizar atividades básicas como tomar banho, escovar os dentes e comer, tornando-se, em alguns casos, dependente de alguém. Além das limitações físicas, a doença afeta a autoestima, podendo levar a exclusão social, ansiedade e depressão.

Os espasmos podem afetar uma pequena parte do corpo, como os olhos, o pescoço ou as mãos (distonias focais), duas partes vizinhas, como o pescoço e um braço (distonias segmentares), um lado inteiro do corpo (hemidistonia) ou todo o corpo (distonia generalizada).

Na maioria das vezes, a causa da disfunção não é conhecida, mas acredita-se que os movimentos anormais sejam resultado de uma disfunção de uma parte do cérebro, causando a contração excessiva e involuntária dos músculos.

Tratamento

A falta de conhecimento sobre a doença e o fato de ser, às vezes, considerada um tique, faz com que muitas pessoas não procurem orientação médica e vivam com sintomas tão debilitantes. Casos mais graves de distonia nos olhos (blefaroespasmo), por exemplo, podem levar à cegueira funcional.

Não existe cura para a distonia, mas há tratamentos disponíveis que auxiliam na melhora da qualidade de vida. As técnicas empregadas dependem do tipo de distonia: os pacientes podem fazer uso de medicamentos via oral e, em alguns casos, o médico pode considerar a indicação do tratamento cirúrgico.

Um dos tratamentos mais eficazes para a distonia em adultos é o uso da toxina botulínica tipo A, mais conhecido pelo nome comercial, Botox. Aprovado há 17 anos para o tratamento da distonia, o medicamento é injetado diretamente nos músculos, inibindo a liberação de um neurotransmissor (acetilcolina) que envia a mensagem do nervo para o músculo, promovendo a contração muscular. A aplicação da toxina botulínica atenua essas contrações e as dores e ajuda a corrigir a postura. O efeito é temporário, e o tratamento pode ser repetido aproximadamente a cada três ou quatro meses, de acordo com as necessidades de cada caso.

O tratamento com a toxina botulínica é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais de todo o país, e o valor do medicamento é reembolsado pelos planos de saúde. A lei 9.656/98 assegura o uso terapêutico da toxina botulínica, mas grande parte das pessoas desconhece esse direito, o que sobrecarrega o sistema público.

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Ciência e os canhotos

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estabeleceram relações entre canhotos e as mais variadas características e habilidades. Conheça alguns deles:

Memória

Canhotos e membros de uma família com grande incidência de canhotos tendem a se sair melhor lembrando eventos (detalhes de uma festa de aniversário ou de um jogo de futebol ocorridos há muito tempo, por exemplo), as chamadas memórias episódicas, do que fatos simples (memórias incidentais, coisas que você aprendeu ao acaso, como o nome do diretor de um filme assistido na semana anterior, a moeda do Japão, onde fica a Torre Eiffel), conhecidas como não-episódicas. O estudo da Universidade de Toledo, em Ohio (EUA), foi publicado na revista Neuropsychology.

Inibição

De acordo com pesquisa da Universidade de Abertay Dundee, na Grã-Bretanha, divulgada na revista New Scientist, canhotos estão mais propensos à ansiedade e à inibição. Quando prestes a fazer algo, tendem a hesitar — ao contrário dos destros, que se entregam à tarefa prontamente. Os resultados poderiam estar associados a diferenças nos hemisférios cerebrais. No caso dos canhotos, a metade direita do órgão é a dominante, e é este lado o responsável pelo controle dos aspectos negativos das emoções. Nos destros, o hemisfério esquerdo é o que comanda.

Câncer de mama

Mulheres canhotas estariam sob risco duas vezes maior de desenvolver câncer de mama em comparação com as destras, de acordo com um estudo da Universidade Medical Center Utrecht, na Holanda, publicado pelo British Medical Journal. Os pesquisadores avaliaram a doença em 12 mil pacientes de meia-idade, observando também medidas corporais e fatores de risco como classe econômica, tabagismo e histórico familiar. Cientistas que não participaram do estudo argumentaram que a amostragem analisada foi pequena, sendo necessário um levantamento maior para determinar as probabilidades de as mulheres com essa característica desenvolverem tumores.

Esportes

Se alguém chamá-lo para uma briga, diga que é canhoto — e o adversário pode repensar a proposta para o embate. Cientistas da Universidade de Montpellier, na França, em artigo divulgado na revista Proceedings of the Royal Society B, acreditam que canhotos são ótimos combatentes. Esses indivíduos, de acordo com a pesquisa, levariam vantagem em esportes como esgrima, tênis e beisebol. O passo seguinte foi especular que o melhor desempenho se manteria em contextos mais agressivos, como em uma guerra. Em uma fácil e rápida associação, poderia-se dizer que sociedades mais violentas, portanto, teriam um número maior de canhotos.

Cabelos

O hábito de reparar na cabeça dos outros em aeroportos e shopping centers inspirou Amar Klar, do Instituto Nacional do Câncer em Maryland (EUA), a dar contornos científicos ao passatempo despretensioso. De acordo com o pesquisador, é possível dizer se alguém é destro ou canhoto observando para que lado o cabelo cresce a partir do topo da cabeça. No caso dos destros, o sentido é horário, ou seja, para a direita, em 95% dos casos. Considerando-se os canhotos e os ambidestros (capazes de escrever com as duas mãos), não há um padrão definido, e os fios podem ir para qualquer direção. Klar ignorou os cabeludos e os carecas durante o levantamento.

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Concientização das pessoas sobre “exercícios e doenças cardiovasculares”

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A idéia segundo a qual o exercício físico pode proporcionar benefícios à saúde é bastante antiga. Há na China, por exemplo, relatos de 2500 a.C. sobre programas organizados para promoção da saúde; o primeiro documento médico a demonstrar aplicações clínicas da atividade física data de aproximadamente 1550 a.C. e foi escrito por um médico hindu. Há inclusive o relato de um hospital construído na antiga Grécia, próximo de Atenas, que, entre outros setores tradicionais de hospitais gerais, contava também com  um ginásio de esportes, numa demonstração clara de quanto se valorizava  a prática de exercícios com fins preventivos e terapêuticos.

Essa questão pode ser vista de dois diferentes patamares: primeiramente, entre os profissionais médicos, cresce a noção de que o exercício físico é componente fundamental de um estilo de vida saudável e instrumento de promoção da saúde, de tratamento de doenças cardiovasculares. Além disso, muitos profissionais têm a clara percepção de que o exercício – paralelamente aos diferentes medicamentos disponíveis no mercado – tem melhor relação benefício quando é prescrito na dose correta para cada caso. Esse maior nível de informação provavelmente ocorre pelo fato de algumas instituições brasileiras incluirem conteúdos de medicina do esporte no currículo de graduação em Medicina.

Em segundo lugar o público leigo em geral tem consciência cada vez maior de que o exercício não é simplesmente superflúo nem apenas uma atividade de fins estéticos, e sim algo que pode aprimorar a qualidade de vida e ajudar a manter uma saúde melhor. Nesse aspecto, é fundamental a participação da mídia escrita e televisiva, que pode contribuir com a divulgação de informações baseadas em fatos científicos e na opinião de especialistas.

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Saúde é movimento

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Quando tudo está bem, desejamos que nada mude. Queremos uma juventude que não acabe, um fim de semana prolongado, a saúde e a disposição de uma criança brincalhona. No entanto, sem saber, não preservamos aquilo que é mais intrínseco e essencial à vida: o movimento. Tudo o que está vivo e saudável se move – seja se locomovendo no espaço, transformando-se internamente, gerando novas vidas. Nem mesmo as águas de um rio são sempre as mesmas, e até as nuvens no céu nunca paralisam.

Na Grécia Antiga, o filósofo Aristóteles já havia percebido isso. Ele dizia que se mover não é apenas se deslocar no espaço, é também mudar, alterar uma condição da natureza, crescer e gerar, adoecer e curar, nascer e morrer. Não por acaso, são todas as transformações pelas quais o ser humano passa ao longo de uma vida – todas elas, mais uma vez, sinônimo de contínuo movimento. No entanto, no mundo moderno, onde as possibilidades de grandes deslocamentos pelo planeta aumentam, encurtando distâncias, o homem parece estar se esquecendo dos movimentos mais simples da vida diária, daqueles que fazem seus músculos se manterem fortes, que ajudam seu coração a bombear melhor o sangue pelo corpo, que dão força para os ossos permanecerem firmes e que estimulam as atividades da mente. Não precisamos de muitas evidências científicas para afirmar que o movimento é essencial à vida e em todas as suas fases,. Temos de redescobrir o quanto o movimento é necessário para que a vida fique melhor.

A infância

Logo que nasce, instantaneamente o bebê se mexe. Descobre o corpo fazendo movimentos com os braços, as mãos, a cabeça. Ele toca os outros, aprende a segurar objetos explorando os movimentos das mãos. Com o passar dos meses, vai preparando sua estrutura para sentar, rolar, engatinhar. Logo aprende a andar, dá seus primeiros pulos, sobe os primeiros degraus. Conforme cresce, descobre os movimentos mais finos, mais delicados, a disciplina e a coordenação que eles exigem para serem realizados. Tudo isso num processo natural. A criança percebe que precisa se movimentar constantemente. É uma percepção natural.

O movimento das crianças está em toda parte, e isso é notado na agitação de seus jogos e brincadeiras, em grupos ou sozinhas .

Mesmo assim, quando eles chegam perto da idade escolar, o incentivo dos pais e dos professores é bastante bem-vindo – e traz resultados para a saúde dos pequenos, prevenindo doenças como obesidade, diabetes e colesterol elevado, tão presentes nos dias de hoje, inclusive nessa faixa etária. Habilidades físicas devem ser valorizadas durante o divertimento, como correr, jogar, saltar. Quando se atinge os cinco anos, é importante que a criança já tenha tido contato com diferentes esportes, levando em conta, claro, a preferência dela.

A adolescência

Segundo os especialistas, estimular uma rotina com bastante movimento na infância é mais fácil, já que os pais podem aproveitar a energia da criança, que está descobrindo o corpo e o mundo. As dificuldades começam quando chega a adolescência, fase dominada por alterações existenciais, físicas, sociais e emocionais. O adolescente passa mais tempo sentado na escola, porque seus horários de estudo são mais extensos, começa a se interessar mais por computador e videogame, que o deixam esparramado no sofá ou na cadeira, andam mais de carro com os pais, começam a sair com os amigos. Isso começa a desviar a atenção e o foco das atividades com movimento. Aparecem outras demandas, e ele entra numa fase de maior atividade intelectual.

Há movimento em tudo que é próprio da vida, pois o que é vivo se transforma continuamente. E a saúde é um dos mais belos exemplos do movimento em busca constante de equilíbrio e transformação .

Na adolescência ocorre uma explosão de hormônios, que transformam o corpo, despertam a sexualidade e ajudam uma criança a virar um adulto – e o adolescente saudável deve mesmo passar por todas essas mudanças, aprendendo a conciliar as angústias e as descobertas com o corpo em desenvolvimento. Entretanto, o recado é não deixar o movimento de lado – mesmo com uma rotina diferente, ele sempre tem seu espaço, seja na prática regular de um esporte, de aulas de dança, de caminhadas, de preferir as escadas aos elevadores de prédio. É uma educação que, dada na hora certa, pode preparar o adolescente para se tornar um adulto mais ativo, consciente da importância de estar em movimento em seu dia a dia.

A vida adulta

Chega a hora de a mulher engravidar, e mais uma grande transformação acontece em sua vida. De mulher, geralmente ela passa a ser também mãe. O corpo vira a casa para gerar um bebê, que crescerá com ela e dependerá, durante nove meses, de tudo o que ela fizer. Juntamente com as mudanças emocionais, o cuidado com a alimentação e a preparação da casa, vem a necessidade do preparo físico, sempre seguindo orientação médica. Uma grávida ativa é mais saudável, controla o peso e se prepara melhor até mesmo para o parto. Em outras palavras, ela suporta melhor as transformações pelas quais passa durante uma gestação. Além disso, mantendo-se em movimento, ela pode evitar hipertensão e diabetes gestacional, problemas passíveis de ocorrer nessa fase. Mais uma vez, surge a necessidade de manter o movimento em todas as suas esferas: do bebê, que se desenvolve; do corpo, que muda; da cabeça, que deve acompanhar a nova fase. Ou seja, de todo organismo, que precisa se adaptar às mudanças de maneira saudável.

Segundo Aristóteles, movimento é também mudança, e ela é própria daquilo que é vivo: nascimento e morte, crescimento e envelhecimento, e todas as transformações de seu corpo e mente ao longo da vida.

O homem adulto também deve manter o movimento na sua rotina, de preferência incluindo uma atividade física regular. Imobilidade é doença. Não há dúvida de que, dentro de limites, o movimento leva todo mundo à saúde. A mensagem continua a mesma para homens e mulheres: é preciso ter músculos fortes para suportar o peso da estrutura óssea, corpo alongado para relaxar melhor e resistência cardíaca e pulmonar para aumentar o fôlego. Para quem não pode fazer uma atividade física regularmente, comece se espreguiçando na cama, depois troque o elevador pela escada, deixe o carro na garagem e ande até a padaria, saia para passear com o cachorro, limpe a casa, jogue bola, caminhe no parque, dê uma volta no quarteirão. No começo parecerá difícil e cansativo, mas com o tempo ficará prazeroso e agradável, até a hora em que o próprio corpo pedirá por mais e mais atividade física.

O envelhecer

Mesmo com tudo isso, a tendência das pessoas é deixar se de movimentar com o passar do tempo. Isso não quer dizer necessariamente que ela viverá menos, mas que, muito provavelmente, terá de conviver com problemas que poderia ter evitado. Quem não se movimenta enfrenta com mais dificuldades a degeneração de articulações e cartilagens, que ocorre com o envelhecimento. Também terá mais dores e músculos mais frágeis para continuar realizando atividades cotidianas.

Mas não é só movimento físico, e sim, como já dizia Aristóteles, um processo único: mente e corpo precisam se movimentar para estarem saudáveis. Mesmo se, por ventura, ocorrerem exigências menores de atividades intelectuais, pessoas na terceira idade precisam de estímulos para o cérebro: palavras cruzadas, aulas de idiomas, jogos, entre outros desafios. Mesmo com uma condição física diferente daquela da juventude, precisam de ginástica e movimento. Temos uma mente complexa e um corpo com mais de 206 ossos, 260 articulações e 639 músculos, que se contraem todos os dias. Isso por si só já justifica a necessidade do movimento constante.

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O medo da Fome

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          Uma breve história do mundo – um Best-seller do aclamado historiador americano Geoffrey Blainey, ora publicado, em um de seus capítulos aborda a relação do homem com a terra e a colheita. Ele faz uma viagem no tempo que serve de reflexão para desvendar ou interpretar os fatos para uma crise que se aproxima. A crise do alimentos e que é bem atual.  

          Na Europa e na Ásia, uma família típica vivia praticamente à base de pão. Fosse em 1500 ou 1800, na França ou na China, a maioria das famílias não possuía terras ou dispunha de propriedades muito pequenas que mal garantiam sua alimentação, mesmos nos anos de fartura.    

         Revirar os lugares à procura de comida e procurar forragem era quase uma forma de vida. Um camponês que possuísse uma vaca e um pedaço de terra devia mandar que seus filhos, todos os dias do verão, cortassem capim à beira da estrada. Parte desse capim era, então, preservado como feno para alimentar o animal durante o inverno. Nas florestas, procuravam-se cogumelos e frutas silvestres, e recolhiam-se ovos das aves. Em muitas partes da China, a população de aves diminuiu devido à intensidade do uso da terra, à ânsia dos caçadores de aves e à coleta de ovos. A vida cotidiana, em todas as partes do mundo, concentrava-se na produção de alimentos.  

         Os grãos dominavam a mesa de refeição numa proporção que hoje seria inimaginável em países prósperos. Uma grande parte de grãos era comida na forma de pão, mas alguns o consumiam também na forma de mingau e sopa. O mingau de aveia, servido bem quente, era devorado com voracidade durante o inverno. Em épocas de carestia, adicionava-se água em abundância a um pouco de farinha com o intuito de dar alívio temporário à sensação de fome.  

         Em muitas terras européias, os grãos, principalmente a cevada, eram também usados para produção de cerveja. Na Inglaterra, a cerveja caseira, tomada em quase todas as refeições, era praticamente tão essencial quanto o pão na dieta diária. As crianças tomavam-na todos os dias. O chá, bastante consumido na China, era uma bebida reservada aos mais abastados da Europa. O café também era um luxo em toda parte, à exceção das terras em que era produzido, como a Árabia e Brasil. Assim como o petróleo nos dias de hoje, o preço do pão era geralmente o barômetro da estabilidade social. Um aumento em seu preço denotava a probabilidade de revoltas. Só para não esquecermos o barril de petróleo hoje é 60 dólares, antes da crise chegou a 145 dolares e um quilo de pão já ultrapassa a cinco reais. A crise é dual como dizem os americanos.    

        A França do século 18, que nos anos de fartura praticamente transbordava com os mais finos alimentos, sofreu um período de fome nacional que terminou em revolução. Se os franceses de hoje, são conhecidos por suas boas maneiras e bons bebedores de vinho, fizeram uma revolução. O que seria o mundo sem alimentos?  

       Voltando a nossa história, ainda no século 18, só uma boa colheita não era o suficiente. Ela corria sério risco quando os celeiros de grãos eram invadidos por ratos. Os gatos eram mantidos dentro das casas, nos celeiros de grãos e estábulos mais por serem caçadores de ratos, do que animais de estimação. A colheita interferia até nas relações conjugais ou na formação das  futuras famílias. Se a colheita fosse farta, seu casamento, há muito planejado, tinha grande chance de se realizar; se fosse insuficiente, o casamento seria adiado. Os casamentos tardios eram a principal razão de as mulheres darem à luz somente 4 ou 5 filhos.     

      A aveia, outro grão muito difundido, era dado aos cavalos, que puxavam grandes carroças, em época de paz, e armas pesadas, em épocas de guerra. Na era do cavalo, a aveia era também a comida dos pobres.    

      O debate atual conta toda esta história. O nosso presidente Lula, vive  todos os dias a responder às autoridades da Comunidade Européia e a ONU, que a produção do álcool não vai inviabilizar a produção de alimentos.  

     A cana de açúcar ou milho?  Essa é a moeda de troca do país da Carmem Miranda, diferente da moeda da terra do Tio Sam. A briga é do cowboy contra o cangaceiro? do mocinho ou do bandido?  

      Toda essa polêmica, seria o retornar de uma película antiga, que rendeu recordes de bilheteria – “ De volta para o futuro”.                        

                                        [email protected]     

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Charles Darwin

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Nesse prolongado fim de semana, tirei uma tarde e me deliciei com um DVD fantástico sobre a vida de Charles Darwin e sua teoria da evolução.

É recomendável a todos que se interessam pela tema, uma história de vida, da ciência e da religião. Abordagem como eram discutidos os temas nas academias de ciência ,no século XIX.

O DVD é da Scientific American onde é feita uma fascinante viagem de exploração à teoria da evolução e seu profundo impacto no pensamento contemporâneo, onde remonta a estratégia de sobrevivência do mais adaptado.

[email protected]

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