Ceará x Fortaleza

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14 pontos separam Ceará e Fortaleza na classificação da Série B. O Vozão olha o rival de cima pra baixo… baixo mesmo. Em quarto lugar, em linha reta rumo à Série A. Enquanto o Fortaleza pena para fugir do rebaixamento e parece ter fincado os pés na degola.

O que fermenta ainda mais a rivalidade entre os dois clubes – quem já esteve no Ceará, ou bateu papo com dois “espécimes de cearense” sabe do que estou falando. São 15 pontos de distância de um para o outro, o que poderia significar um abismo organizacional, os números caracterizando a disparidade entre as duas equipes, mas não tem nada disso.

Lembremos que há menos de quatro meses o Fortaleza bateu o Ceará na decisão cearense e ficou com a taça. Em solo cearense, o Tricolor do Piçi reina. São 38 títulos, atual tricampeão e levou oito das 10 edições nesta década – sobra!

Fazendo um comparativo entre os dois times, que entraram em campo na final do cearense deste ano, uma base foi mantida de cada lado. O Vozão tinha Eriberto, Boiadeiro, Fábio Vidal e Geraldo; o Fortaleza Douglas, Gilmak, Coutinho e Marcelo Nicácio.

E o que raios o Ceará tem hoje que falta ao Fortaleza? Ponto único, determinante: comando. Não há como não separar a campanha alvinegra pré e pós-chegada de PC Gusmão. Ele arrumou a casa. Pegou um time moralmente esfacelado, instalado na Zona do Rebaixamento e também sofreu por causa disso. Tanto que a primeira vitória sobre seu comando só saiu quatro rodadas depois de sua chegada.

A primeira dele e também do Ceará, na sexta rodada, 2×1 no São Caetano. Mas dali em diante, o Vozão sofreu uma metamorfose. Quem não vinha jogando nada passou a jogar e quem vinha jogando bem passou a sobrar em campo. No Ceará você não pode dizer que determinado jogador chegou com a competição rolando e corrigiu o que vinha sendo incorrigível – não mesmo. Talvez Mota, mas como o atacante voltou há pouco ainda é cedo para uma sentença.

O Ceará passou a “jogar bola”, tão somente isso, sem formulas mágicas, receitas de feitiço. Não à toa, venceu 10, empatou seis e perdeu apenas três sob a gestão de PC. Teve uma crescente e ficou na crista da onda.

O Fortaleza paga pela falta de continuidade e tranquilidade da direção, que trocou de treinador por duas vezes com a competição rolando. Além da falta de qualidade no elenco, os jogadores que aí estão, em muitos jogos, se mostram dispersos, em outro mundo.

Quando a qualidade inexiste, abraçar o comprometimento é a saída. Poucos jogadores foram contratados e ninguém que chegou ao Piçi vestiu a camisa e resolveu.  A diferença está na vontade, na entrega, no “vestir a camisa”. Em Porangabuçu a turma está correndo, suando deveras a cada ordem do comandante PC. No Piçi, a história é outra…infelizmente.

Blog Futebol Nordestino

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