“Armação” teria custado R$ 50 mil

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Além da esfera esportiva, a histórica goleada por 11 a 0 do Vianna sobre o Chapadinha, pela Segunda Divisão do Campeonato Maranhense, que ganhou repercussão internacional, promete ganhar um novo capítulo, desta vez na política. Segundo informações do Blog do jornalista Décio Sá, do portal Imirante.com, a armação envolvendo os clubes teria custado R$ 50 mil. Quem afirma é o deputado Paulo Neto (PHS), adversário político da atual prefeita da cidade de Chapadinha, Danúbia Carneiro (PR), e do ex-prefeito Magno Bacelar, apelidado de “Nota 10”. De acordo com o parlamentar, os jogadores aceitaram participar do esquema porque estariam com salários atrasados:

– Essa molecagem custou R$ 50 mil. Se você estivesse sem receber, vendo teus filhos passando fome, faria o quê? Ninguém aguenta uma situação dessa – declarou o político, garantindo que vai defender os atletas caso sofram qualquer tipo de punição por parte da Federação Maranhense de Futebol, que já começou a investigar o caso.

Para Paulo Neto, que promete denunciar o caso nesta segunda-feira, Danúbia e Magno Bacelar combinaram com jogadores e dirigentes dos dois times o resultado da partida durante o intervalo. A paralisação durou 30 minutos devido ao atraso do jogo entre Santa Quitéria e Moto Club.

A rivalidade entre os parlamentares vem desde 2008, quando Neto tentou se eleger prefeito de Chapadinha, mas recuou pela repercussão da acusação de sua suposta participação na morte do prefeito Raimundo Bartolomeu Aguiar.

A diretoria do Chapadinha alega que tomou duas atitudes para motivar o elenco na véspera da partida: pagar os salários atrasados e se concentrar mais cedo para o jogo.

Globoesporte.com

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“Nada anormal”, diz árbitro

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Quatro pênaltis em um jogo, 11 gols no outro, e tudo normal para o chefe da comissão de arbitragem da Federação Maranhense de Futebol. Os resultados da última rodada da Série B do Campeonato Estadual repercutiram no mundo inteiro pela forma que foram construídos, mas os responsáveis pela condução das partidas garantem: tudo aconteceu de forma natural.

Lucas Lindoso, chefe da comissão de arbitragem, isentou o árbitro Edílson Santiago Cardoso de culpa pelos 11 a 0 do Viana sobre o Chapadinha. Apesar da passividade diante da velocidade dos nove gols marcados nos nove minutos finais, o dirigente garante que nada poderia ser feito.

– A arbitragem foi normal. Se pegarmos as fitas, foi tudo tranquilo. Agora, a possível armação foi acertada entre as equipes, se é que aconteceu. Dentro das quatro linhas, a regra foi aplicada. Ninguém praticou o antijogo nem teve conduta violenta. Nos 11 a 0 todos os gols foram legais. Mas é possível perceber que os jogadores entregam a bola deliberadamente. Até 4 a 0 eles estavam jogando bola. Ficou difícil. Se fosse desde o início caberia intervenção, mas foi bem no finzinho. Foi tudo muito rápido.

Para reforçar a integridade do quarteto de arbitragem, Lindoso até revelou um fato curioso: a existência de mais um gol, anulado pelo atacante do Viana estar em posição de impedimento.

– Inclusive, teve um 12º gol, que foi anulado. Causou até confusão.

Procurado pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM, Edílson Cardoso não foi encontrado. Entretanto, em entrevista à Rádio Mirante, de São Luís, o árbitro se mostrou tranquilo diante dos fatos.

– Não teve nada anormal. Não vi nada de antijogo, apenas futebol.

A facilidade com que o Viana superou o Chapadinha, porém, está longe de ser a única polêmica no Campeonato Maranhense. Em termos de arbitragem, por sinal, o foco está no jogo entre Moto Club 5 x 1 Santa Quitéria. Na partida, quatro pênaltis foram marcados, o que, de acordo com os jogadores do Chapadinha, causou revolta e gerou o “protesto” inusitado.

Três penalidades máximas foram assinaladas a favor do time da casa, aos 42 do primeiro tempo, aos 36 e 45 do segundo, este último desperdiçado. Já o Santa Quitéria teve um pênalti a seu favor aos 33 da segunda etapa.

Para Lucas Lindoso, mais uma vez, o árbitro não teve influência direta no episódio. O dirigente, no entanto, confessa que algo estava fora do normal no ato das infrações.

– Foram todos pênaltis normais. Sempre mando observadores para os jogos. Foram todos pênaltis corretos. Mas também dá para ver que alguns foram cometidos de forma premeditada. A arbitragem cumpriu o seu papel.

O árbitro Robson Martins Ferreira, que faz parte do quadro da CBF, também se pronunciou e se mostrou surpreso com os questionamentos sobre a partida.

Cahê Mota, Globoesporte.com

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Iape bate o Moto e assume liderança

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O Iape é o novo líder do quadrangular da Taça Cidade de São Luís após a vitória por 2 a 0, esta tarde, diante do Moto Club, no Nhozinho Santos.

Os gols do Iape foram marcados pelo atacante Robson, aos 6 minutos do 1º tempo e aos 31 do 2º tempo. Com a vitória, o Iape chegou a 5 pontos e assume a liderança isolada da competição.

O próximo adversário do Iape será o JV Lideral, no próximo domingo, às 16h, na preliminar de Sampaio e Moto que jogam às 18h.

Classificação

1º Iape – 5 pontos
2º JV Lideral – 3 pontos (3 gols marcados)
3º Sampaio – 3 pontos (2 gols marcados)
4º Moto – 2 pontos

Próximos jogos

Domingo

16h – Iape x JV Lideral
18h – Moto x Sampaio

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JV e Sampaio empatam em Imperatriz

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Três jogos e três empates de JV Lideral e Sampaio no quadrangular  da Taça Cidade de São Luís. As equipes se enfrentaram hoje à tarde, no CT Walter Lira e empataram de 1 a 1.

O JV Lideral abriu o placar logo a 5 minutos do 1º turno com gol de Toninho. O empate do Sampaio foi marcado pelo atacante Gabriel cobrando pênalti, aos 18 minutos do 2º tempo.

Com o resultado, as duas equipes seguem empatadas com 3 pontos ganhos, mas o JV leva vantagem no maior número de gols marcados e ocupa a 2ª colocação. O Sampaio é o terceiro.

O próximo adversário do JV Lideral será  o Iape, no domingo, às 16h, no Nhozinho Santos. O Sampaio enfrenta o Moto, às 18h, também no próximo domingo.

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Técnico admite: ‘Não foi atitude correta’

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O comandante garante que não deu a ordem para o corpo mole, mas não nega também que se manteve passivo diante de um placar que se tornava mais elástico a cada minuto, literalmente. Técnico do Chapadinha, Jadílson Oliveira jura de pé junto que não existiu combinação de resultado na derrota por 11 a 0 de sua equipe para o Viana, pela última rodada do segundo turno da Série B do Campeonato Maranhense. Por outro lado, tenta justificar o episódio.

– Não houve combinação nem promessa de dinheiro para A ou B. O que houve foi um desânimo pela palhaçada que fizeram em São Luís. Foi uma forma de protesto contra a Federação Maranhense. É preciso respeitar os times do interior – confessou em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.

Simultaneamente ao jogo realizado em Viana, o Moto Club goleava o já classificado Santa Quitéria, em São Luís, e só uma vitória elástica de um dos rivais impediria o acesso. A polêmica, porém, está no fato de o Moto, um dos clubes mais tradicionais do Maranhão, ter sido rebaixado na atual temporada e, segundo a diretoria do Chapadinha, ter a participação na Segundona imposta pela federação.

– Sabemos que não é uma atitude correta, mas estamos engasgados há muito tempo com a federação. Para que acabem com essas viradas de mesa, aconteceu isso – disse o treinador.

Confira a entrevista com o técnico do Chapadinha:

GLOBOESPORTE.COM: Dois dias depois do episódio, de cabeça fria, você consegue achar explicação para uma partida tão desastrosa?

Jadílson Oliveira: Em 16 anos como profissional, nunca passei por isso. A maior culpada é a Federação Maranhense, que quebrou o estatuto do torcedor e colocou uma equipe rebaixada em 2009 para disputar da Segunda Divisão no mesmo ano (Moto Club). Isso não existe.

Mas de qualquer maneira o jogo seguiu equilibrado até os 10 minutos finais. Qual o motivo de uma mudança tão repentina de atitude?

O jogo estava bom. Foi 0 a 0 no primeiro tempo, estava duro, mas no segundo tempo começou a marmelada no outro jogo (Moto Club x Santa Quitéria), com quatro pênaltis em cinco minutos. Quem conhece futebol sabe que isso não é possível. Acaba causando desânimo em qualquer jogador. Aí, infelizmente aconteceu esse resultado.

Você acredita, então, em uma suposta armação para que o Moto Club não ficasse uma temporada fora da elite do futebol maranhense?

A Federação já tinha uma maracutaia, um plano B caso o Moto não subisse. Faltou respeito ao torcedor. Nós fomos rebaixados em 2008 e esperamos o ano seguinte. Por que o Moto não esperou? Só por ser considerado time grande. O direito é igual para todos. Temos o exemplo do Vasco e do Corinthians no Brasileirão. A federação só pensa em pisar em times do interior.

Dessa forma, podemos dizer que o Chapadinha realmente facilitou a partida para que o Viana subisse no lugar do Moto Club?

Não houve combinação nem promessa de dinheiro para A ou B. O que houve foi um desânimo pela palhaçada que fizeram em São Luís. Foi uma forma de protesto para a Federação Maranhense. É preciso respeitar os times do interior. Há um investimento, passamos 60 dias trabalhando para levar o time à primeira divisão, mas chega uma hora em que é preciso dar um basta. Todas as equipes tinham condição de levar o título. Só que vimos um papelão desse. Presidente de time assinando contrato para jogar (pelo Santa Quitéria). Isso não existe. É preciso organização.

Por outro lado, você não acredita que foi também uma falta de respeito com os torcedores uma equipe desanimar antes do fim do jogo?

Acho que os torcedores já estão atravessados há muito tempo. Sabemos que não é uma atitude correta, mas estamos engasgados há muito tempo com a federação. Para que acabem com essas viradas de mesa, aconteceu isso.

E você, do lado de fora, tentou de alguma forma mudar o panorama?

Quem está lá dentro são eles, os jogadores. Eles têm o limite deles e acharam melhor o protesto. De fora, eu só posso pedir.

Cahê Mota, Direto de Chapadinha para o Globoesporte.com

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Jogadores confessam “armação”

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A dificuldade para aceitar conceder entrevistas poderia ser justificada pela timidez excessiva. Entretanto, logo nas primeiras palavras ficou evidente que a dupla de zaga do Chapadinha relutava na verdade pelo medo de falar o que não devia. A goleada por 11 a 0 sofrida diante do Viana, em partida pela Série B do Campeonato Maranhense, os transformou subitamente de atletas quase que amadores em protagonistas de um escândalo. Restava, no entanto, se defender.

Titular durante toda a partida, Alisson foi o primeiro a dar a cara a tapa. A boa estrutura física e a estatura depunham contra a moleza nas divididas, principalmente nos minutos finais, quando a equipe sofreu nove gols. Falta de vigor justificada pela revolta com a presença do Moto Club, rebaixado neste ano, na competição.

Com a voz mansa e discurso contraditório, o zagueiro atribuiu o resultado a falta de motivação, mas acabou confessando que “deixou passar”.

– A Federação favorece muito o Moto. Eles não podiam jogar a Segunda Divisão. Botaram no campeonato e queriam que eles subissem de qualquer jeito. Apenas conversei com meu parceiro de zaga para deixar passar, né? Mas não falamos em abrir as pernas. Isso nunca aconteceu. Vocês viram na imagem que não tínhamos mais a mesma motivação. Estávamos totalmente entregues. Estávamos mortos, não tinha o que fazer.

A timidez e a vergonha se misturaram também com a necessidade de Alisson em defender suas qualidades com a bola nos pés e ressaltar que a goleada foi o episódio isolado:

– Fica feio. Saiu no Brasil, no país todo. O que posso fazer? Não foi falta de qualidade. A torcida do Chapadinha conhece o meu jeito de jogar. Foi um protesto por tudo que aconteceu desde o começo do campeonato.

Já a “negociação” para entrevistar Toninho, o outro zagueiro, foi mais demorada. Após demonstrar verdadeiro pavor dos gravadores do GLOBOESPORTE.COM, ele optou por dar sua versão dos fatos.

O defensor, que pedala 12km diariamente para treinar, também deixou clara a indignação com a presença do Moto Club na Segundona e não escondeu que não ficaria nada feliz com o acesso do clube da capital. Sendo assim, a decisão foi imediata ao saber da goleada do rival sobre o Santa Quitéria:

– O time esmoreceu e não tinha mais ânimo para correr por saber que estava sendo prejudicado fora de campo. Em momento algum teve conversa entre a gente ou com algum atacante do Viana. Sabíamos que iriam fazer de tudo para o time grande subir e ficamos só olhando os caras correrem. Paramos porque não adiantava mais.

A firmeza nas palavras fez com que Toninho esquecesse até mesmo a ojeriza aos microfones. Perguntado se não tinha medo das manchas que a partida pode deixar em sua carreira, ele emendou de primeira:

– Fica feio. Mas mais feio ainda é a Federação Maranhense. Ninguém se arrepende.

Diante da polêmica, a Federação Maranhense paralisou o campeonato antes da decisão entre Viana e Santa Quitéria para apurar os fatos. Há a possibilidade de anulação das duas partidas da última rodada.

Cahê Mota, Direto de Chapadinha para o Globoesporte.com

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