Ronaldo: ‘Quero respeito’

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0,,40331521-DP,00 Um dia depois da eliminação diante do Flamengo na Taça Libertadores, Ronaldo voltou a mostrar suas “costas largas” para proteger o elenco. Mas, além de sair em defesa de todos no Timão após o fracasso no principal objetivo da temporada, o Fenômeno usou a entrevista coletiva desta quinta-feira, no Parque São Jorge, para desabafar. Criticado pela forma física e pela baixa produtividade em 2010, o camisa 9 quase foi às lágrimas ao se defender e pedir respeito por tudo o que já construiu na carreira.

– É muito fácil falar de comprometimento. Eu estava vendo essa semana com o Valmir (Cruz, preparador físico). Estou entre os dez que mais treinaram esse ano, com a maior média de carga horária e distância percorrida dos treinos. Muitas vezes, esses dados não são passados ao torcedor porque ele não quer saber isso. O torcedor quer saber de futebol jogado, com vitórias e derrotas. Eu tenho 33 anos, tenho oito operações no corpo e muitas dores. Mas o povo está comigo. O corintiano está comigo – disse, com os olhos marejados.

Pela primeira vez, Ronaldo rebateu as provocações relacionadas ao escândalo em que se envolveu com travestis, em 2008, no Rio de Janeiro. Na semana passada, torcedores do Flamengo levaram transexuais ao Maracanã para provocá-lo. Durante a partida, os rubro-negros entoaram vários cânticos citando o assunto. O Fenômeno cobrou respeito aos títulos e realizações que obteve na carreira.

– Estamos muito atrasados no nosso comportamento, até mesmo com as chacotas, que podem ser engraçadas, mas são muito ofensivas. Tenho muita admiração pelos Estados Unidos por isso. O ídolo é realmente um ídolo, quase intocável. Eles falam do Jordan como se fosse um Deus. Não pretendo isso para mim, mas, sim, respeito pela carreira – acrescentou.

Em tom de desabafo, Ronaldo lembrou ainda as dificuldades que um jogador de futebol tem em conviver com concentrações e períodos longe da família.

– A carreira de um jogador, na maioria das vezes, é sofrida. Enquanto seus amigos têm um final de semana, feriado, você está jogando ou treinando. No meu caso, desde os 18 anos não sei o que é um feriado prolongado, um final de semana. No início você pensa em dinheiro. Depois, isso vem em segundo plano e você pensa só no sonho de criança de jogar futebol. Por isso, acho que estamos atrasados. É preciso ter  respeito com o profissional. Temos que evoluir. Não podemos parar no tempo – completou.

Globoesporte.com

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