Fairway

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hotelselecao A dez dias da chegada da seleção brasileira, o Fairway está praticamente pronto para receber Dunga e cia. Últimos detalhes faltam ser arrumados, como o letreiro na frente do recém-inaugurado hotel em Joanesburgo e o cheiro de tinta nos corredores. Para atender 100% às necessidades da equipe, os 116 funcionários que trabalharão no local durante a Copa do Mundo também fazem preparação especial: receberam CD’s com palavras em português e orientação para saber como tratar os jogadores.

– Já sei que se fala Dunga, e não “Donga” – brincou a gerente de Marketing Ariska van der Westhuizer, com forte sotaque africâner, que lembra o holandês e o alemão.

Segundo o diretor da rede Fairway, Leon Bosch, os funcionários não poderão pedir autógrafos, camisas e fotos à delegação brasileira. Para isso, deverá ser reservado um dia pela CBF para fazer a alegria dos empregados. Tudo pela privacidade tão pedida pelo técnico Dunga para a preparação da seleção.

– Não vai ser fácil ficar sem falar com eles… Mas vamos tentar. Ninguém tira o nosso sentimento de estar tão perto deles, como Kaká, Robinho. Não vamos falar, mas vamos olhar. Depois, quem sabe a gente não ganha uma camisa? – disse o segurança Anthony Dube.

GALERIA DE FOTOS: confira imagens do hotel da seleção brasileira

Localizado dentro de um complexo de golfe, o hotel começou a ser construído em março do ano passado e será aberto oficialmente na próxima sexta-feira para receber hóspedes até ser fechado no dia 24, quando será totalmente reservado à seleção. No último fim de semana, o Fairway recebeu convidados em todos os 62 quartos para testes. Segundo Bosch, nenhuma reclamação grave foi registrada, apenas alguns defeitos pequenos (o pior foi infiltração no banheiro de um quarto).

O hotel espera de 50 a 60 hóspedes da delegação brasileira, que usará 54 dos 62 quartos reservados. Os jogadores deverão ficar sozinhos nas acomodações simples, de 36 metros quadrados. Elas possuem cama “king size”, televisão de 32 polegadas, varanda, frigobar, máquina para fazer café, banheiro com banheira e internet (sem fio e com cabo). Há duas suítes, com dois cômodos, TV de 42 polegadas e cozinha. Para o lazer, piscina e um salão de jogos com videogame, totó e sinuca. Haverá ainda uma academia de musculação, que ainda está sendo montada. Pela privacidade – e trauma de Weggis em 2006 -, uma cerca foi erguida entre o hotel e o clube de golfe, mas os atletas que gostam poderão bater uma bolinha.

– Faltam poucos detalhes, estamos quase prontos. A equipe está confiante e animada. Não há muitas preocupações – afirmou Bosch.

Segurança inusitada

Enquanto os funcionários tentam aprender o idioma para melhor contato com a delegação, uma palavra em português está por todos os lados no complexo de golfe: “Piranha Security”, nome da empresa de segurança que trabalha no hotel.

Segundo Bosch, cinco homens trabalharão por turno (de 12 horas) para proteger a seleção no Fairway, além de outros contratados pela Fifa e que chegarão juntos da delegação brasileira, no dia 27.

O logo da empresa de segurança é um desenho de uma piranha. Ao saber que a palavra também tem outro significado em português, além do nome do peixe, Anthony Dube riu e lembrou o lema de sua companhia:

– Se um bandido aparecer, a gente morde.

Reportagem: Thiago Dias e Zé Gonzalez/Globoesporte.com

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