Jovens dão grande valor aos seus bens virtuais

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Imagens digitais, textos no Orkut ou no Facebook, tópicos de e-mail e outros artefatos imateriais do mundo online podem ser tão preciosos para os adolescentes como um livro, um disco ou a camiseta de um festival de música foram para os seus pais.

E o próprio fato de que os bens virtuais não têm uma forma física pode na verdade aumentar o seu valor.

Esta é a conclusão de uma equipe de pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos.

Interação e compartilhamento

“Uma foto digital é valiosa porque é uma foto, mas também porque pode ser compartilhada e as pessoas podem comentar sobre ela,” afirma John Zimmerman, que estuda a interação humano-computador.

Para os jovens que participaram do estudo, uma foto digital que amigos marcaram, fizeram links e comentaram é mais significativa do que uma foto em um porta-retratos ou em uma gaveta.

“Nós comentamos e concordamos em tudo juntos … então há um sentido comum para aquilo que aconteceu,” explicou uma participante do estudo, uma garota de 16 anos de idade.

Virtualização

As pessoas sempre atribuíram valor às suas coisas pessoais, sejam coleções de selos ou a tranqueira desorganizada que se guarda em casa.

Mas um monte de coisas que muitas vezes é valorizado – livros impressos, fotografias, CDs de música – está sendo substituído por seus equivalentes eletrônicos, tais como e-books e downloads do iPod.

E os computadores estão gerando artefatos que nunca foram coisas – perfis de redes sociais, avatares de jogos online, comentários de fotos – mas que também podem conter significados.

Acesso, não posse

Na verdade, a “não-localidade” dos bens virtuais armazenados online, em vez de em um computador em casa, muitas vezes aumenta o seu valor porque eles estavam sempre disponíveis.

O que os adolescentes parecem valorizar não é exatamente a posse, mas o acesso ao objeto.

“Obviamente, eu não posso olhar todas elas, mas esta não é a questão,” disse outra estudante, referindo-se às suas fotos armazenadas online. “Eu gosto é de saber que elas estarão lá se eu quiser olhar uma delas.”

Os cientistas concluíram que o grau de acessibilidade, e a possibilidade de alteração e personalização dos objetos online, aumentam o seu valor.

Diário da Saúde

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