Clubes estão desconectados na comunicação virtual

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Estudo da Trevisan Gestão do Esporte mostra que o Twitter já virou febre entre os jogadores de futebol. Entretanto, a mesma realidade já não se aplica aos clubes nacionais. Eles ainda utilizam pouco a ferramenta, que tem mais de 300 milhões de usuários. O que falar então da criação de Mark Zuckerberg, o Facebook, no qual um levantamento do portal Máquina do Esporte observou que os perfis “não oficiais” tinham mais fãs do que os oficiais.

Ou seja, é preciso que os clubes fiquem mais atentos às novas preferências e tendências. Afinal, as redes sociais mostraram-se um excelente canal de comunicação com os torcedores, abrindo oportunidades para fidelização e ampliação do relacionamento com todos os stakeholders – fornecedores, patrocinadores, mídia etc.

Navegando pelos sites dos 20 clubes da série A do Campeonato Brasileiro de 2011 e mais alguns times de destaque da B, foi possível observar que a muitos deles ainda estão tropeçando na rede. A navegabilidade é muito ruim (caminhos confusos para se obter uma informação – alguns não contam com ferramenta de busca para facilitar), há pouca interatividade, falta, principalmente, informação nas páginas sobre contato como clube – até porque a resposta mostrou-se demorada e, em alguns casos, sequera conteceu. No site do Botafogo, nem existe esse espaço. Isso vai na contra mãodo mundo globalizado e altamente conectado, no qual é imprescindível a boa comunicação virtual. Ela representa a maneira mais fácil de aproximar pessoas. Para o universo dos negócios, é uma ferramenta extremamente útil de se atingir clientes.

O Manchester United, por exemplo, gera 20% de sua receita através da internet. O clube inglês utiliza o site para venda de: publicidade no website; tickets para jogos e estacionamento; pacotes turísticos voltados tanto para os torcedores que moram na cidade e desejam acompanhar o time, como para os de outras cidades que queiram visitar Manchester; produtos licenciados; assinaturas da TV online que transmite, via internet, os jogos da equipe; serviços e produtos para mobile phone (ringtones, vídeos, informações e etc); produtos financeiros, como seguros, cartão de crédito e aplicações; e cassino online.

Então, porque os clubes brasileiros também não aproveitam essas oportunidades e facilidades para conquistar os torcedores? Lembrando que não basta apenas criar canais de compra, mas também oferecer produtos e serviços compatíveis com a demanda. Alguns têm mostrado um trabalho bacana na world wide web, como Corinthians, Santos, Internacional e São Paulo. O trabalho da agremiaçãodo Parque São Jorge no site oficial até pode assustar pela “poluição visual” na página inicial, mas a quantidade de informações e um espaço dedicado à “transparência”, no qual se encontram os balanços e outros documentos oficiais, é de se admirar, assim como a interatividade promovida via o perfil “República Popular do Corinthians”, além de ser o clube brasileiro com mais seguidores no Twitter, hoje com mais de 430 mil.

O Peixe está atualmente com mais de 136 mil seguidores no Twitter etambém tem aproveitado a ferramenta de promoções e ações de relacionamento coma torcida, o que, neste momento favorável da equipe, é fundamental e essencial. No caso do Colorado, o portal mostrou-se o mais completo de conteúdo. O São Paulo mostrou que está atento a esse movimento. Além de estar com um website novo e bem estruturado, para lançar seu novo site convocou os fãs a alcançar o número de 123 mil tweets com a hashtag # novo site soberano. A ação foi tão eficaz que, em oito horas, o novo site foi colocado no ar, sendo que a previsão da agência de comunicação responsável pela campanha era atingir a meta em 36 horas.

Enfim, não faltam opções para ampliar e melhorar a comunicação, essencial ao sucesso de todo negócio. Basta uma atenção redobrada e o entendimento de que as redes sociais e a Web são cada vez mais importantes e eficazes.

Por Andressa Rufino, consultora da Trevisan Gestão do Esporte e autora do livro “Arena Multiuso: um novo campo nos negócios”, da Trevisan Editora Universitária

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