Confundir para não explicar

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Por Hildo Rocha

O lendário apresentador de TV, Abelardo Barbosa, o popular Chacrinha, costumava dizer: “eu vim para confundir não para explicar”. O bordão era usado em tom de irreverência, de brincadeira, sem maldade. Servia para divertir, era ingrediente das alegres performances do “Velho Guerreiro”. Entretanto, há quem prefira aplicar a frase no verdadeiro sentido que expressa. Confundem para camuflar a incompetência, por má fé, por falta de compromisso com a verdade, por falta de respeito com as pessoas. Esse é o comportamento típico de alguns políticos que fazem oposição ao governo maranhense.

O episódio mais recente veio à tona em consequência dos entendimentos entre o governo do Estado e as prefeituras de São Luis, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar na busca de parcerias para melhorar a mobilidade da região metropolitana de São Luís.

Inconformados, alguns oposicionistas decidiram dificultar a parceria entre o overno do Estado e a Prefeitura de São Luís, inclusive iludindo o prefeito Edivaldo Holanda Jr, quando anunciaram que destinaram 18 milhões em emendas parlamentares para a prefeitura de São Luis aplicar na melhoria do sistema de transportes. Um engodo.

Os deputados que posaram ao lado do prefeito Edivaldo Jr, anunciando a destinação de emendas parlamentares, referentes a 2013, para São Luís, já haviam alocado esses recursos para outros municípios em ações diversas. As emendas parlamentares tipo “carimbadas” como as que eles ajudaram a aprovar na LOA 2013 não podem ser remanejadas.

Deram um tiro de canhão com bala de festim. A euforia do anúncio, propagado com estardalhaço, durou poucas horas. Desmontada a farsa, os atores da tramóia insistiram em desqualificar os entendimentos defendidos por todos os especialistas em orçamento público.

A ideia inicial dos oposicionistas era se beneficiar politicamente da parceria proposta entre as prefeituras e o governo estadual. De que forma? As obras serão bancadas com recursos federais e do tesouro estadual. Após a concretização dos projetos eles apareceriam como os responsáveis pela viabilização da iniciativa. Diriam que os recursos aplicados nas obras eram provenientes de emendas parlamentares por eles apresentadas. Não deu certo.

Partiram então para o Plano B que consistiu em desqualificar a Parceria Institucional proposta pela governadora Roseana Sarney. Passaram a propagar que a iniciativa seria apenas uma “parceria de gogó”. Para os oposicionistas do Maranhão parceria só existe quando o governo do Estado repassa dinheiro para as Prefeituras. Quanta besteira! Parceria é a relação de colaboração com vista à realização de objetivos comuns.

Citaram como exemplo uma suposta “falta de parcerias” com o município de Caxias, dizendo que o prefeito Leo Coutinho já estivera conversando com a Governadora Roseana Sarney várias vezes e que continuava com o pires vazio. Entretanto, existem várias parcerias em favor do povo de Caxias e região.

Na área de habitação, recentemente sorteamos 448 casas do conjunto Santa Teresinha numa parceria das três instâncias de Governo: Federal, Estadual e Municipal. Na área de saúde, está sendo construído pelo governo do Estado o hospital macrorregional de alta complexidade que terá 100 leitos. Na área de mobilidade, estão em ritmo acelerado as obras de pavimentação da estrada que liga Caxias a São João do Sóter. Também está sendo construída a estrada de Caxias a Matões.

Todas essas ações governamentais, e várias outras em andamento, beneficiam ou não os caxienses? Dessa forma, ao atender demandas da população, que são de interesse comum entre os entes federativos, materializam-se parcerias que resultam em benefícios para os habitantes daquela cidade.

Ao propor entendimentos com os prefeitos dos quatro municípios encravados na ilha de São Luis, a governadora Roseana Sarney busca atender aos anseios de mais de um milhão de habitantes. Se isso não é parceria como definir a iniciativa?

Caso Edivaldo Holanda Júnior, que foi eleito com a expectativa de fazer uma administração irrepreensível, recuse-se a colaborar com a proposta da governadora Roseana Sarney, perderá a oportunidade de atender boa parte das demandas da população de São Luis e, por tabela, irá prejudicar os moradores dos demais municípios vizinhos.

O objetivo da Governadora Roseana Sarney é colocar em prática parcerias em favor da população. Desperdiçar a oportunidade de trabalhar em parceria com o Governo do Estado é um equívoco que poderá levar o promissor Edivaldo Holanda Júnior a comprometer o desempenho do seu mandato.

Depois, só restará a ele seguir o exemplo dos principais líderes da oposição: fazer a verdadeira política do “gogó”. Aquela que busca, a todo custo, “confundir para não explicar”.

* Secretário Estadual das Cidades e Desenvolvimento Urbano

Publicado no jornal O Estado do Maranhão, edição 18.610 (27.07.2013)

3 comentários para "Confundir para não explicar"


  1. Toni

    NÃO ADIANTA PORQUE OS COMUNISTAS NÃO QUEREM ESSA PARCERIA ENTRE EDIVALDO E ROSEANA.

  2. cesar augusto

    depois de tantas indiferenças, quem acredita neste …….. Ta na função dele, tentar explicar o inconfundível,depois de tantos anos desprezando e mal-tratando a todos os prefeitos de São Luis, agora querem transformar um limão numa laranja! A pergunta é curta e grossa: Por que não fizeram antes, prevendo a explosão da cidade?

    COMENTÁRIO MODERADO

  3. DAVID

    MEU CARO ZECA 18 ANOS DE GOVERNO NO MA E SOMENTE AGORA A GOVERNADORA VEM OFERECER PARCERIA PARA O PREFEITO DA ILHA…ISSO ME CHEIRA UM PROFUNDO INTERESSE (2014)…RSRSRS MAS DEIXA PRA LÁ É SEU TRABALHO DIVULGAR DESSA FORMA…ABRAÇOS!

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