Entrevista de Saulo

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O candidato Saulo Arcangeli (PSTU) foi o último entrevistado da série de entrevistas no programa Ponto Final, na Rádio Mirante AM com os concorrentes ao governo do Maranhão nas eleições deste ano, neste sábado (27). A entrevista teve início às 8h30 e durou uma hora e meia. No programa, Arcangeli falou sobre financiamentos de campanha, polarização da disputa, alianças políticas e voto consciente.

“As campanhas chegaram a um ponto crítico. Hoje as siglas são de aluguel, a serviço do capital. A gente vê que uma eleição se confunde com problemas de segurança. A população fica sem saber o que vai acontecer até nos próximos dias e fica temerosa, inclusive, no dia do voto”.

Durante a entrevista, Arcageli defendeu a participação popular na definição de políticas públicas. “Esse modelo eleitoral representantivo, onde se elege os representantes e depois o trabalhador não influencia nas políticas públicas não funciona. Precisamos de conselhos deliberativos. Os trabalhadores que precisam definir as políticas. Nós tivemos experiências de orçamentos paarticipativos, mas infelizmente o que o povo discutia não era o que era votado pelas Câmaras. Esse modelo tem que acabar. Precisamos combater também, de fato, o analfabetismo”.

Para o candidato, o processo eleitoral não é democrático. “Antigamente você tinha uma definição, agora não. Fica uma disputa de quem tem mais prefeitos. Parece até brincadeira. Fica difícil até para o eleitor, pois quem está financiando as campanhas são as mesmas empresas, ligadas a mineradoras. E são empresas que utilizam trabalho escravo, construtoras envolvidas em escândalos com a Caixa Econômica. São empresas que vão utilizar a influência para, inclusive, governar junto com o novo governador. Nós defendemos o socialismo para dividir riquezas”, disparou.

Arcangeli afirmou que o debate entre os candidatos ao governo do estado não avança para resolver os problemas crônicos do Maranhão. “Quem vai sofrer com isso é a população, que não vai ter os anseios atendidos. Muitas pessoas estão enojadas do processo, muitos não acreditam em nenhuma das duas candidaturas que hoje polarizam a discussão. Esses institutos de pesquisa acabam criando um processo do voto útil. Acho que a nossa campanha está sendo diferente, pois estamos sendo bem aceitos.Nós queremos voto sim, mas nossa tarefa é colocar a necessidade da organização. Cada voto ao PSTU é um voto consciente e contra a opressão, mas não temos a ilusão que a eleição vai resolver a situação, ainda mais nesse modelo”.

Uma reforma agrária radical é uma das bandeiras de luta do representante do PSTU ao governo. “No estado do Maranhão, a gente precisa de uma reforma agrária total, com revisão em cartórios. Precisamos fortalecer a agricultura familiar. Nós temos mais de 1,5 milhão de pessoas na linha da extrema pobreza. O novo latifundio é o agronegócio. Hoje a população não tem segurança alimentar. Tudo isso precisa ser garantido”, concluiu.

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