Quatorze Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Ocips) e 19 Organizações Sociais atenderam ao chamamento público feito pelo Governo do Estado para seleção de novos prestadores de serviço à Saúde.

O governo festejou a quantidade de interessadas emtocar a robusta estrutura herdada pela gestão Flávio Dino. Trata-se da transição anunciada dos agentes que até agora vêm conduzindo os atendimentos nas unidades e que, salvo entraves gerados pelo atual governo, vêm prestando serviço digno a milhares de pacientes.

Este mês, cerca de 10 mil desses profissionais estarão de aviso prévio. Eles são os responsáveis pelo serviço nas 42 unidades da rede estadual – que inclui 11 UPAs, hospitais de alta complexidade e centros especializados.

O governo justifica a troca de equipes por suspeita de irregularidades nos contratos com as prestadoras de serviços. Tais suspeitas nunca foram esclarecidas ou comprovadas.

O objetivo da mudança seria também a redução drástica de despesas nas unidades de saúde, o que indica uma possibilidade real de queda na qualidade dos atendimentos.

Com experiência questionável na área da Saúde, o governo decide colocar em risco uma estrutura bem-sucedida simplesmente pela total incapacidade ética de admitir méritos da gestão passada.

Com isso, arrisca o equilíbrio de todo um sistema de saúde e provoca o clima de instabilidade numa equipe que dedica a vida para cuidar e salvar vidas. Mais uma vez, assiste-se a um jogo de cena político previsível e lamentável. Mas com vidas não se pode jogar.

Espera-se, sinceramente, que a transição das equipes ocorra de forma tranquila e coerente, prevalecendo a competência técnica acima de interesses políticos.

Coluna Estado Maior/ Jornal O Estado Maranhão