Não há como escapar

0comentário

O PCdoB, o governo Flávio Dino e os seus aliados têm tentado minimizar os efeitos da denúncia segundo a qual o partido lavou dinheiro na campanha eleitoral ele 2014. Mas a cada explicação – ou tentativa de – os comunistas se enrolam cada vez mais em uma teia que levanta suspeitas gravíssimas de ilegalidade pura e simples para eleger Flávio Dino governador.

O partido admite ter uma dívida, de cerca de R$ 800 mil, com a empresa Aldo Oberdan Pinheiro Montenegro-ME. Mas não consegue explicar para onde foram esses R$ 800 mil, já que os R$ 1,3 milhão entraram e saíram da conta do partido no mesmo dia. E se não pousaram na conta da empresa, para algum outro lugar foi desviado.

Outro problema envolve as notas fiscais da Aldo Oberdan Montenegro. Os documentos comprovam o recebimento do dinheiro total – e não apenas parte, como alega o PCdoB. É bem nesse ponto que se levantam as suspeitas de lavagem de dinheiro, uma vez que o dinheiro saiu da conta do PCdoB.

A empresa – que neste período estava sob administração de um terceiro, ligado ao próprio partido, e não do seu titular – emitiu a nota dando conta do recebimento, mas apenas parte do recurso chegou, efetivamente, na conta.

O curioso, e ainda mais complicado para os comunistas é que as datas coincidem com as suspeitas envolvendo o partido de Flávio Dino e as empresas investigadas na operação Lava Jato. Foi nessa época, segundo delatores, que foram repassados recursos para o PCdoB, e para o próprio Dino, segundo relatos nunca investigados pelo Ministério Público Federal.

O PCdoB, portanto, pode dizer o que quiser – e tem mostrado em suas notas que não tem muito o que dizer -, mas não conseguirá escapar, pelo menos, de ter de se explicar à Justiça Eleitoral e à Justiça Federal. E se a explicação continuar nesses termos, terá problemas sérios a resolver no futuro.

Ameaça

O empresário Aldo Oberdan Montenegro, que denunciou o uso de sua empresa para suposta lavagem de dinheiro do PCdoB, diz ter sofrido ameaça de morte dos comunistas.

– Falei com o presidente do partido na época, o nome dele hoje não me lembro mais. Ele virou para mim e disse assim, se eu não tinha medo de morrer. Eu disse: “Mas eu não fiz nada de errado, meu irmão” – contou o empresário.

A ameaça de morte também consta na denúncia que o empresário prestou e que faz parte da Representação encaminhada à Procuradoria-Geral da República.

Repercussão

A suspeita de lavagem de dinheiro na campanha do PCdoB deve ser um dos temas de hoje, no plenário da Assembleia Legislativa.

Deputados de oposição pretendem trazer novas denúncias e novas provas de que os comunistas teriam movimentado recursos de forma irregular na campanha de 2014.

O assunto deve render durante todas as sessões desta semana.

Estado Maior

Sem comentário para "Não há como escapar"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS
%d blogueiros gostam disto: