Morre o blogueiro Robert Lobato

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A missão que o jornalismo nos impõe às vezes é dura demais e temos que dar uma notícia que jamais gostaríamos de escrever.

Morreu neste domingo (24), em Brasília, o blogueiro Robert Lobato.

Segundo as informações do Corpo de Bombeiros, Robert Lobato morreu em um riacho no Núcleo Rural Chifrudo, em Santa Maria, no Distrito Federal. Ele tentava atravessar a nado o riacho, mas acabou se afogando.

Reportagem do G1 do Distrito Federal revelou que Robert Lobato estava acompanhado de amigos durante o acidente. Os colegas acionaram o socorro e os militares tentaram reanimar a vítima, que não resistiu. O óbito foi constatado no local pelo médico do resgate aéreo do Corpo de Bombeiros.

Como sempre faz todos os dias, neste domingo, bem cedo, Robert escreveu no Twitter: “Bom dia! Um ótimo e abençoado domingo para todos”.

Robert Lobato era assessor político do senador Roberto Rocha (PSDB). Graduado em admnistração, assinava o Blog do Robert Lobato, um dos mais conceituados da blogosfera maranhense desde 2008.

A sua última postagem no blog foi escrita ontem: Após análise do blog, Flávio Dino admite candidatura a presidente de República.

Foto: Arquivo Pessoal

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Câmara vota projeto que regulamenta o Uber

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Dois anos após o início das discussões sobre a regulamentação do transporte individual de passageiros por meio de aplicativos na Câmara Municipal de São Luís (CMSL), o Projeto de Lei nº 001/2017, de autoria do vereador Paulo Victor (PTC), que regulamenta o serviço no município será colocado para votação na pauta da sessão plenária da próxima segunda-feira (25).

O texto que foi protocolado na Câmara, no dia 23 de janeiro de 2017, além de revogar a Lei 119/2015, promulgada em abril daquele ano, pela Mesa Diretora da Casa e, que veta o uso de carros particulares cadastrados em aplicativos para o transporte remunerado individual de pessoas, trás novos pontos que tratam da regularização da atividade na capital maranhense.

O projeto está de acordo com a Lei Federal nº 13.640/2018 que determina a regulamentação do serviço pelas prefeituras. Desde o início da tramitação, ao todo foram apresentadas 7 emendas pelos vereadores. A matéria passou pelas Comissões de Constituição de Justiça (CCJ) e de Mobilidade Urbana (CMU) e foi objeto de discussão em duas audiências públicas, uma delas no auditório da OAB-MA.

Algumas destas emendas foram apresentadas pelos vereadores Genival Alves (PRTB), Beto Castro (PROS) e Antônio Marcos Silva, o Marquinhos (DEM). O vereador Genival Alves, por exemplo, apresentou emenda para que a circulação dos veículos que prestam esse tipo de serviço seja considerada com base no atual contingente populacional da cidade. Segundo a proposta, somente seria autorizada a circulação de um motorista de aplicativo para cada 3,5% da população ludovicense.

“Queremos o equilíbrio desta atividade. Por isso, a minha emenda foi apresentada nesse sentido. Queremos que o mesmo critério usado para liberar placas de táxi seja usado no cadastro de motoristas de aplicativos”, declarou Genival.

Já o vereador Beto Castro propõe limitar o número total de carros dos aplicativos de transporte à mesma quantidade da frota de táxis da cidade de São Luís. De acordo com ele, a cidade tem, atualmente, pouco mais de 3 mil táxis cadastrados. Esse, segundo o parlamentar, seria o número ideal de veículos cadastrados nas operadoras de transporte. “Acredito que a minha proposta seja justa, pois iguala a quantidade de veículos para cada serviço”, explicou Beto.

(mais…)
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Rogério Cafeteira revela seus planos para o esporte

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O ex-deputado estadual, Rogério Cafeteira (DEM) assume nesta segunda-feira (24), a Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão (Sedel).

Rogério Cafeteira conversou comigo e falou sobre os desafios que terá nos próximos 4 anos à frente da Sedel. Ele conta que pretende focar o esporte como fato de inclusão social.

Para o novo secretário, nem mesmo o orçamento considerado por muitos pequeno para o esporte poderá vir a ser um problema, pois acredita muito nas parcerias com a iniciativa privada.

Rogério Cafeteira destaca que pretende retornar com o programa Bolsa Atleta e melhorar os JEMs, além da obra de reforma da piscina olímpica do complexo esportivo será uma das suas prioridades. Leia a entrevista na íntegra:

Blog – De que forma o senhor recebeu a sua indicação pelo governador Flávio Dino para comandar a Sedel?

Rogério – Com muita alegria e entusiasmo. Feliz que o governador tenha confiado a mim uma missão que envolve, principalmente, trabalhar a inclusão e a transformação da vida das pessoas. Estou me sentindo extremamente motivado.

Blog – Como planejar e executar ações numa pasta como esporte que tem ainda um orçamento considerado pequeno?

Rogério – A questão do orçamento é relativo. Creio que com um bom planejamento estratégico e uma boa gestão, é possível executar ações que tenham grande impacto na vida dos maranhenses, sem que custem fortunas. Ações simples, colocar pra funcionar o que já temos, buscar parcerias publico-privadas é um caminho também; além de convênios e projetos. Temos um instrumento muito eficiente, que é a Lei de Incentivo ao Esporte, que nós buscaremos utilizá-la da forma mais ampla possível, abrangendo todas as modalidades. Além dos atletas de alto rendimento, também temos o compromisso de atender a questão social. O governador Flávio Dino, dentro das possibilidades, tem grande interesse em ajudar todas as áreas e creio que com o Esporte não será diferente. Vamos nos empenhar para correr atrás de fazer acontecer.

Blog – Que projetos o senhor tem pensado para implantar na sua gestão na Sedel? Que políticas o senhor pretende trazer para o esporte?

Rogério – Meu principal pensamento é focar na Inclusão. Será a palavra-chave e o princípio norteador da gestão que pretendo fazer. É pensar de que forma a Sedel poderá, também, servir aos cidadãos, como agente de transformação social. De uma maneira mais genérica, posso dizer que tenho pensado em ampliar o número de espaços esportivos no Estado, democratizar o acesso às Políticas do Esporte; volta de torneios que propiciem a integração social, parcerias com a Educação, Cultura, Saúde, Infraestrutura, enfim, são muitas áreas. E ainda tem muito a tomar conhecimento e planejar. Costumo dizer que não devemos “inventar a roda”, mas nos esforçarmos para colocá-la para girar.

Blog – O senhor pretende estudar a possibilidade de retornar com o Bolsa Atleta?

Rogério – Sem dúvidas, pretendo sim. Já existe em andamento um estudo com uma parceria para o retorno desse projeto e será de extrema importância o retorno dele.

Blog – Nos últimos anos o JEMs perdeu a importância que tinha no passado. O senhor pretende melhorar os Jogos Escolares?

Rogério – Eu vivi uma época em que os Jogos Escolares tinham um significado especial na vida dos estudantes. Além de um período saudável de lazer e integração entre escolas de todo o Estado, há também a questão da formação de cidadãos. A bem da verdade, esse é um dos pontos que já estamos trabalhando com muito carinho, para aprimorar já nessa edição de 2019.

Blog – Um gargalo da gestão da Sedel é a piscina do Complexo Esportivo. O que fazer para que essa obra enfim seja feita?

Rogério – É um grande desafio que tomei como meta para a Sedel. Temos uma licitação, com esse objeto, já em fase de conclusão e esse será o ponto de partida para a tão sonhada conclusão do nosso Parque Aquático.

Blog – Nos últimos anos tem sido comum a presença de atletas nossos em semáforos pedindo ajuda para participar de competições fora do estado. O que pode ser feito pela Sedel para mudar essa realidade?

Rogério – Inclusive já publicizei meu pensamento sobre estas questões em entrevistas. Penso em democratizar o acesso aos auxílios através de editais públicos, para que federações e atletas tenham acesso a essas ajudas de custo, de forma isonômica.

Blog – A sua equipe já está formada? Qual será o perfil dela?

Rogério – Está em processo final de formação. Estou buscando um perfil técnico e engajado. É preciso, além da capacidade técnica, que a minha equipe vista a camisa desse projeto que tenho em mente. Com muito trabalho e dedicação, vou fazer de tudo para deixá-los ainda mais motivados, do primeiro ao último dia em que estivermos na Sedel.

Blog – Que mensagem o senhor deixa aos desportistas maranhenses?

Rogério – Contem com a Sedel, com o governador Flávio Dino e comigo, Rogério Cafeteira. E, também, nos ajudem a melhorar a cada dia mais com sugestões, críticas, através do diálogo. Que daqui para frente, possamos construir uma relação de confiança e respeito mútuo. Nós estaremos à disposição e trabalhando por vocês e por todo o Maranhão!

Foto: Divulgação/Agência Assembleia

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A ‘força política’ que só atrapalha o Sampaio

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Qual é mesmo o papel do deputado federal Josemar de Maranhãozinho no Sampaio além de “torcedor”? E um torcedor que sequer vai aos jogos e nem pagando o seu ingresso ajuda o clube.

A sua ida chegada ao Sampaio há pouco mais de um ano foi celebrada por muitos como a grande saída para o clube.

Quem mais se animou com Maranhãozinho foi o presidente Sérgio Frota. Na época, os dois eram deputados estaduais e a união deles era vista como o cenário ideal para o Sampaio voar bem alto.

Mas, logo de cara, a dupla Sérgio Frota e Josimar de Maranhãozinho amargou o vexame do rebaixamento no Campeonato Brasileiro Série B.

Paralela a essa derrota veio outra, especialmente para Sérgio Frota que não conseguiu se reeleger deputado estadual. Enquanto isso, Josimar de Maranhãozinho se elegia deputado federal e ainda carregava Hélio Soares de volta à Assembleia Legislativa, fazendo campanha na cara do seu parceiro no Sampaio.

Mais recentemente, mesmo sem mandato, Sérgio Frota alimentava comandar a Sedel, mas Josimar de Maranhãozinho vetou a indicação do presidente do Sampaio.

Agora, o Sampaio atravessa uma de suas piores crises, perdeu recursos, acumulou esse problemão em sua diretoria, mas as coisas continuam como se nada estivesse acontecendo.

Durante todo esse tempo, para piorar a situação, Sérgio Frota permanece calado numa total demonstração de medo de Josimar de Maranhãozinho. Nos bastidores, chora o que considera “traição” do seu vice-presidente, mas nada diz e bada faz para mudar a situação.

Se alguém achava que Josimar de Maranhãozinho era a solução para os problemas financeiros do Sampaio se enganou. Não esperem que “políticos” tirem dinheiro do bolso para colocar no Sampaio.

Maranhãozinho é mais um “político”que foi para o Sampaio no embalo das boas campanhas que o clube andou fazendo. O clube não ganhou nada com a tão esperada “influência política”.

O Sampaio precisa se desligar dessas “amarrações” que na prática só servem para alguém se beneficiar da força, história e do maior patrimônio do clube que é a sua torcidada.

O Sampaio está ai em crise e nem Sérgio Frota e muito menos Josimar de Maranhãozinho são capazes de resolver. E Sérgio Frota que fala pelos cotovelos se mantém “calado e passivo”, enquanto o Tricolor padece.

Foto: Divulgação/ Sampaio

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Brasil: matança geral

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Por José Sarney

Foi um tema que combati muitas vezes: a violência. Hobbes apontava o medo da morte violenta como a razão para a existência do Estado. Quando vivemos em constante medo da morte, esta imensa estrutura que criamos está abalada em seu fundamento.

Vejo na pesquisa mundial de homicídios da ONU o índice corre em torno de seis por cem mil habitantes até 2007; a partir daí ele pula para oito por cem mil. O que aconteceu para que aumentasse de um terço? Nesse ano passaram a ser computados os dados do Brasil. É como se o Brasil fosse responsável por um quarto dos homicídios do mundo. Passamos vergonha no mundo.

Há pior: o homicídio é responsável por metade das mortes de nossos rapazes entre 15 e 29 anos; foram assassinados, nos últimos 20 anos, mais de 1 milhão de brasileiros; passamos dos 60 mil mortos por ano em 2014; nossa taxa de homicídios por cem mil habitantes passou de trinta em 2016. As armas de fogo se tornaram responsáveis por mais de 70% dos homicídios.

Um dos mais graves aspectos dessa tragédia imensa é a falta de proteção às vítimas. Aos criminosos, a Constituição assegura vários direitos. Às vítimas, a “assistência aos herdeiros e dependentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso”, conforme o artigo 245 da Constituição, ficou no papel. Apresentei, em 2003, projeto para criá-la, mas está há quinze anos na Câmara. Assim os que perderam esposos, filhos, irmãos só têm o direito de chorar e ver a impunidade.

E o que faz o Estado? Para começar, não investiga. Nossa taxa de resolução de homicídios é ridícula: cerca de 6% (ninguém sabe direito). Em 94% dos casos o Ministério Público não apresenta denúncia. O assassino tem a quase certeza de que nada acontecerá com ele.

O Estado brasileiro prende, e muito. Somos os terceiros em número de presos no mundo, percentualmente e em números absolutos. São 741 mil presos, mais do dobro da capacidade de nossos presídios.

Pode ser pior? Pode: 40% dos presos não estão condenados! Outros 23% não têm condenação transitada em julgado. Prendemos de menos os assassinos (homicídios, latrocínios e feminicídios respondem por 12,2% das penas), e prendemos demais os que não foram condenados.

Não há solução fácil. Precisamos aprimorar as leis, mas o cerne do problema talvez esteja numa foto recente do local, no Rio, onde foram mortas 13 pessoas por policiais: um cenário de sangue e farrapos, sem o menor sinal de investigação científica.

Aqui no Maranhão toda semana, apenas em São Luís, temos uns seis homicídios.

Na corrida dos números — Nabuco, quando falava da escravidão, dizia para não esquecermos as lágrimas —, morrem no Brasil, por ano, tantas pessoas quanto nas guerras do Afeganistão e da Síria juntas.

O Brasil precisa acabar com isso, e o Maranhão também.

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Assembleia abre comemorações dos 184 anos

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Uma sessão solene marcará, nesta segunda-feira (25), às 16 horas, a abertura das comemorações dos 184 anos da Assembleia Legislativa do Maranhão, com a presença de representantes dos três Poderes. Na mesma data, será comemorado o Dia do Poder Legislativo. Ao término da solenidade, o presidente Othelino Neto (PCdoB) fará a abertura da Exposição “Memorial do Legislativo Maranhense”.
 
De acordo com o diretor-geral da Mesa Diretora, Bráulio Martins, a programação da sessão solene vai enfatizar a importância do Legislativo Estadual Maranhense para a população. O advogado e ex-deputado estadual Sálvio Dino proferirá palestra sobre os 184 anos do Legislativo maranhense e a importância histórica das obras raras encontradas no acervo da Casa. 

Além de representantes dos Poderes, também foram convidados historiadores, professores universitários do curso de História e integrantes de academias de letras.

Exposição

Logo após a sessão solene, será aberta, pelo presidente Othelino Neto, no Salão Nobre do Palácio Manuel Beckman, a exposição de 13 obras raras que compõem o Projeto “Memorial do Legislativo Maranhense”.

O diretor administrativo da Assembleia Legislativa, Antino Noleto, e o diretor-geral da Casa, Valney Pereira, que coordenam a organização do evento, explicaram que o Projeto “Memorial do Legislativo Maranhense” é uma prioridade da gestão do presidente Othelino Neto.  

As 13 obras raras foram encontradas durante o processo de restauração de documentos manuscritos e impressos da Casa, iniciado em fevereiro do ano passado.    

Valney Pereira destacou a importância da data e disse que o arquivo contém dados importantes e históricos a respeito do Maranhão, daí a necessidade de preservação, em formato digital, conforme determinação do presidente Othelino Neto.

Dentre as raridades, que datam de 1894 a 1953, foram descobertos registros de atas, expedientes, sessões extraordinárias, atividades parlamentares e leis estaduais relevantes. O material histórico já passou por limpeza, higienização, catalogação e se encontra em fase de digitalização. “Tivemos o cuidado de manter tudo 100% original, pois são peças que fazem parte da história do Maranhão”, explicou Antino Noleto.

Livros centenários
 
Das treze peças descobertas, a pesquisa detectou nove livros centenários, considerados raros, sendo dois com registros de leis estaduais, sete atas contendo informações de sessões ordinárias, extraordinárias e atividades parlamentares e mais quatro livros do Império, datados do século XIX.
 
O acervo mostrou um livro de leis estaduais, volume único, com 172 páginas escritas a mão, que traz a descrição de leis estaduais de 1889 a 1902. No mesmo livro, houve outra descoberta: o registro da Lei 294, de 15 de abril de 1901, que criou a primeira seção do Corpo de Bombeiros para extinção de incêndios na capital de São Luís.
 
O processo de restauração do arquivo revelou, ainda, obras valiosas, como o livro “Império do Brasil: leis e decretos”, de 1833, com 560 páginas; uma coleção de decisões do governo brasileiro da época, com o mesmo título, e outro livro do Império de 1854, que também guarda uma coletânea das decisões do governo.
 
A população poderá acessar os exemplares originais por intermédio de um link, que estará disponível a partir de março, no site www.al.ma.leg.br.

Fotos: Divulgação/Assembleia

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Um jeito simples de fazer a diferença

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Deputado Alexandre Almeida destaca trabalho do secretário de Educação Felipe Camarão

Por Felipe Camarão

Das célebres frases da escritora e jornalista brasileira Clarice Lispector, a que mais aprecio é: “Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho”, e ainda acrescento: muito trabalho requer dedicação e amor, sobretudo na educação.

Venho defendendo, em palestras, diálogos com educadores e comunidade, que não há segredo para uma escola de sucesso, senão dedicação. A prova disso é que, no último IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), aferido em 2017, as maiores notas são provenientes de unidades escolares ‘modestas’, sem ar condicionado nas salas, quadra poliesportiva, algumas com carteiras de madeira – aquelas que utilizamos há 30 anos – e simples rotinas pedagógicas.

Na Rede Pública Estadual do Maranhão, duas das elevadas notas do IDEB são do município de Fortaleza dos Nogueiras, do CE Marcelino Machado, que tem a professora Dalvinha como gestora, e o CE Vera Lúcia dos Santos Carvalho, sob a gestão dos professores Cristiano e Ayla Pinheiro. Ambas as escolas obtiveram a média 4,7.

Permita-me contar a experiência prática da escola Vera Lúcia, que combina o conteúdo das aulas com as lições da vida. O ano letivo por lá começou diferente para os mais de 600 estudantes matriculados. Um detalhe importante: a escola saltou de 480 alunos em 2018 para 610 neste ano.

No primeiro dia de aula, os alunos foram surpreendidos com uma peça teatral organizada pelos próprios professores cujo tema foi: “Seja a diferença, faça a diferença!”. Entusiasmados, os docentes encenaram uma peça teatral mostrando o comportamento de duas funcionárias de uma certa empresa: a que fazia a diferença e a outra que apenas cumpria uma rotina administrativa.

Na plateia, estudantes e ex-estudantes recém-aprovados no ENEM e em vestibulares do Maranhão e de outros estados. A escola teve mais de 40 aprovados nos mais diferentes cursos, como o caso da estudante Juliene Nascimento Souza que, ademais de Engenharia Civil na UFMA, logrou êxito, também, para Medicina nos estados do Tocantins e Amazonas (na UFAM), instituição que ela escolheu para realizar o sonho de ser médica.

Permita-me voltar à encenação teatral dos três professores. Um deles é Diolindo Teixeira, o Dió, como é carinhosamente chamado pela comunidade escolar. Com uma fala simples e breve, o educador é um dos docentes que, por três meses, ministrou aulas, voluntariamente, no noturno para os alunos do terceirão e o resultado não foi diferente do que mencionei acima, o elevado número de estudantes ingressando no Ensino Superior, além do IDEB bem acima da média do país, da rede estadual e da projeção do Ministério da Educação. Segundo o professor Dió, o segredo é: “a dedicação do corpo escolar, o amor que a gente tem por aqui que a acaba se refletindo nesses bons resultados”, justifica.

A estudante Netiane Pinheiro, aprovada em Agronomia (UEMA) e Química Industrial (UFMA), revelou que o diferencial da escola é o suporte emocional que os estudantes recebem da gestão e professores: “[…] às vezes eu chegava um pouco triste, eles me ajudavam ‘pra’ que eu pudesse absorver melhor o conteúdo. Eles nos acompanham em tudo”, revelou.

Mesmo sem ter passado, ainda, por uma intervenção do Escola Digna, entrar na CE Vera Lúcia é como se estivesse chegando em uma unidade revitalizada pelo programa, graças à aplicação dos prêmios em dinheiro que a escola recebeu no concurso “Minha Escola Protagonista”, com um percentual de downloads do aplicativo “Minha EscolaApp” e do “Mais IDEB”, que premiou as escolas da rede com melhor desempenho.

Assim como o CE Vera Lúcia, há, indubitavelmente, diversas experiências, hoje, no Maranhão, entretanto sublinhei esse caso para demonstrar que fazer a diferença em educação não requer uma receita, mas, sim, a prontidão de toda a comunidade escolar, imbuída no mesmo propósito – ser escola, combatendo desigualdades para um futuro com justiça social.

*Felipe Camarão é professor, secretário de Estado da Educação e membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

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Mobilidade urbana em São Luís

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Por Adriano Sarney

De 1990 até hoje a mobilidade urbana em São Luís sofreu uma dura e penosa jornada. Governada por pedetistas, a Ilha Rebelde penou com a falta de prioridade no setor. A cada dia fica mais difícil se locomover por São Luís, eis uma infeliz constatação. Sem arrojo e criatividade, sem abrir mão das soluções fáceis e temporárias, nossa cidade corre o risco de parar, literalmente, à médio prazo. (Clique aqui e veja o vídeo)

Nos últimos 30 anos o legado do partido na construção de grandes empreendimentos na mobilidade urbana se resume a um punhado de terminais da integração, a reconstrução da avenida Santos Dumont e o prolongamento da avenida litorânea.

O prefeito Edivaldo terminará uma década de mandato de forma melancólica. Muitos aumentos de passagens, uma licitação vendida como solução que em nada mudou a vida do ludovicense e obras pequenas apresentadas como grandiosas revoluções na engenharia. O completo vazio de ideias é desolador.

Vejam só: as duas únicas ações na avenida Jerônimo de Albuquerque, a maior e mais movimentada avenida de nossa capital, nas últimas décadas foram desenvolvidas pela ex- governadora Roseana Sarney. O viaduto da Cohab e o viaduto da Cohama, ambos entregues na década de 1990.

A avenida Casemiro Junior, no Anil, foi simplesmente esquecida. No trecho que liga o Viaduto do Café até a Aurora, todos os dias milhares de motoristas perdem horas de suas vidas sem nenhum auxílio da Prefeitura ou do Governo do Estado. Nem mesmo um simples guarda de trânsito se vê no local.

Bairros em que o trânsito se encontra em situação crítica também foram esquecidos como o Anil, João Paulo, Cidade Operária, Ipase, Centro da Cidade e Área Itaqui-Bacanga ou Cohab.

São Luís precisa de uma revolução completa na mentalidade de gestão da mobilidade urbana de nossa cidade. É preciso modificar desde os pequenos protocolos até as grandes atitudes.

Existem pequenas situações que poderiam muito facilitar a vida dos motoristas e pedestres de nossa cidade.

Isso pode ser feito de três formas: 1) Exigir seguro e garantia nas próximas licitações. Qualquer problema será resolvido pela seguradora. 2) Determinar às construtoras o uso de asfalto acrescido de borracha e polímeros nas pavimentações para aumentar a vida útil do asfalto. 3) Substituir os remendos em pedaços por recapeamento de trechos na largura da via.

Os semáforos de nossa cidade são outro problema crônico. Basta a menor chuva para que o sistema entre em pane em vários pontos. É preciso mudar toda a rede de semáforos da seguinte forma: 1) Aplicar tecnologia inteligente que garanta fluidez ao trânsito com semáforos que identifiquem os momentos para abrir e fechar. 2) Aumentar a distância entre os semáforos nos grandes corredores.

Qual foi a última vez que se viu alguma propaganda educativa da Prefeitura ou do Governo sobre o trânsito? Pois bem, aqui esbarramos em outro ponto que poderia ajudar muito a vida dos moradores de São Luís.

Os elevados, muitos deles construídos pela ex-governadora Roseana Sarney, também precisam ser modernizados. Não se pode aceitar a ideia de que, do jeito que estão, eles irão ter o mesmo efeito para sempre. É preciso verificar as alças coletoras, fazer ajustes no entorno e ações que dinamizem a fluidez.

Essas são pequenas mudanças que, sabe-se lá por qual razão, não são colocadas em prática. Em breve voltaremos a falar sobre o assunto.

*Adriano Sarney é deputado estadual, economista com pós-graduação pela Université Paris (Sorbone, França) e em Gestão pela Universidade Harvard.

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