Pacote anticorrupção

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Em cerimônia de lançamento do Pacote Anticorrupção, nesta quarta-feira (18), a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o combate à corrupção é uma questão fundamental na democratização do poder.

“A guerra contra a corrupção deve ser, simultaneamente, uma tarefa de todas as instituições, uma ação permanente do governo e também um momento de reflexão da sociedade de afirmação de valores e de éticos”, afirmou Dilma durante a solenidade.

A maioria das medidas anunciadas hoje passará pelo Congresso. A presidenta destacou que as mudanças propostas contaram, em sua elaboração, com a parceria dos três Poderes da República e do Ministério Público. “Para os novos passos, a parceria vai continuar sendo fundamental. Sem essa parceria não teremos o País que desejamos”, afirmou.

Entre as medidas presidenta destacou a importância do projeto transformando em crime a prática de caixa dois e a lavagem de dinheiro. “É importante sinalizar que no Brasil não havia, até hoje, uma lei que assegurasse que a lavagem de dinheiro ou o caixa dois eleitoral fossem crimes”, disse.

Dilma Rousseff afirmou que enfrentará essa questão de forma bem aberta, porque a lei é importante por atender demanda da população. “E eu acho um anseio de todos aqui presentes. Dos senhores parlamentares, dos representantes do Judiciário, da Ordem dos Advogados do Brasil. Enfim, do Ministério Público, todos e do governo. E queremos que as eleições sejam eleições cada vez mais transparentes e mais limpas”, pontuou.

Citou também, entre as medidas do pacote, o pedido de urgência do Projeto de Lei que trata do enriquecimento ilícito de funcionário público e a extensão do critério da lei de ficha limpa para cargos de confiança nos três poderes na nação.

“Estamos purgando hoje males que carregamos há séculos, assim como a mancha cruel da escravidão ainda deixa traços profundos da desigualdade social do País. E colore a exclusão com as cores da escravidão. O sistema patrimonialista do poder, que sempre confundiu o público com o privado, que transformou o privado num mecanismo de controle do [bem] público e deixou uma herança nefasta de mau uso do dinheiro público”, afirmou.

A presidenta lembrou que o Brasil moderno exige que esse estado seja superado. “O Brasil de hoje não é um país patrimonialista, não pode ser. O Brasil é muito maior que isso. Por isso, essa herança, tanto da escravidão, quanto da tradição patrimonialistas, não podem servir de álibi para ninguém e para nada”, declarou.

“Por meio, portanto, de uma emenda à Constituição e de um Projeto de Lei, estamos propondo o confisco e a devolução dos bens obtidos de maneira ilícita. Queremos que esse confisco e essa devolução torne mais célere o acesso a esses bens, o retorno para o setor público desses bens e dos recursos também a eles relacionados, fruto de atividades criminosas, crime de responsabilidade ou improbidade e enriquecimento ilícito, a fim de que possa ter sua destinação. Nós não podemos deixar que o criminoso lucre com o crime”, enfatizou.

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Protesto em São Luís

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Cerca de 3 mil pessoas participaram em São Luís da manifestação neste domingo (15) contra o governo Dilma Rousseff e a corrupção no país.

A manifestação que começou na Avenida Litorânea percorreu 6 Km até a praia da Ponta D’Areia. Muita gente acompanhou o percurso de carro, bicicleta e motocicleta.

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Fotos: Lucas Vieira

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O que querem?

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O Fantástico traz respostas às perguntas que, nos últimos dias, surgiram nas ruas. Uma pesquisa inédita e exclusiva do Ibope explica as manifestações que ganharam o Brasil.

Quem participa? Por que participa? Afinal, o que está acontecendo no país? Dois mil manifestantes foram ouvidos durante os protestos de quinta-feira (27) nas regiões metropolitanas de oito grandes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza.

A pesquisa do Ibope comprovou. Quando perguntados sobre as razões de estarem protestando nas ruas, o grupo mais numeroso, 38% dos entrevistados, apresentou motivos ligados à questão do transporte público. E 28% dos manifestantes se declararam contra o aumento das tarifas.

Para outros 30% dos manifestantes, a principal razão de protesto não era o transporte público, era a política. E 24% disseram que estavam nas ruas contra a corrupção.

Outros motivos de protesto considerados prioritários pelos manifestantes na pesquisa do Ibope: em defesa da saúde, 12%; contra a PEC 37 – a medida que tira do Ministério Público a atribuição de realizar investigações criminais – 6%; 5% contra os gastos com a Copa do Mundo; e outros 5% pela educação.

Mas quando o Ibope leva em conta não apenas a primeira, mas as três primeiras respostas dadas espontaneamente pelos manifestantes, o transporte cai para o segundo lugar.

A política aparece em primeiro, com 65%. A questão política mais citada foi a corrupção, apontada por quase a metade dos manifestantes como motivo para protestar.

A soma dá mais de 100% porque o mesmo entrevistado podia apontar três motivos.

A pesquisa Ibope revelou que 46% dos manifestantes acham que o governo tem que arcar com esse custo; 29% disseram ao Ibope que a conta deve ficar com os empresários; e 21% acham que ela deve ser dividida entre governo e empresários.

Cerca da metade das pessoas nas passeatas, 46%, nunca tinha participado de uma manifestação de rua.

A grande maioria, 78% dos manifestantes, disse que se organizou para ir à passeata pelas redes sociais.

Setenta e cinco por cento dos entrevistados disseram que usaram rede social também para convocar amigos para participar das manifestações; 52% dos que estavam lá eram estudantes; 43% tinham ensino superior completo; 43% tinham menos de 24 anos; 49%, uma renda familiar de mais de cinco salários mínimos – o equivalente a R$ 3.390; 45%, renda de menos de cinco salários mínimos.

Em manifestações por todo país representantes de partidos políticos foram estimulados a abaixar suas bandeiras: 89% das pessoas que estavam lá disseram que não se sentem representados por qualquer partido político; 83% dos manifestantes entrevistados não se sentem representados por qualquer político; 96% não são filiados a partido político.

A pesquisa do Ibope revelou um grande otimismo: 94% dos manifestantes acham que nas ruas vão promover as mudanças que reivindicam. A pesquisa Ibope foi feita na quinta-feira, depois que várias cidades brasileiras anunciaram a redução das tarifas nos transportes.

A grande maioria, 82%, respondeu que não vai votar em candidatos corruptos.

A grande maioria dos manifestantes, 66%, disse que depredações de bens públicos e privados nunca são justificadas; 28% responderam que essas ações são justificadas somente em certas circunstâncias. E apenas 5% consideram que depredações são sempre justificadas; 1% não soube responder.

Cinquenta e sete por cento dos entrevistados pelo Ibope, no Rio e em mais sete capitais, disseram que a polícia agiu de forma muito violenta; 24% afirmam que foi violenta, mas sem exageros; 15%, que a polícia agiu sem violência; e 4% não souberam ou não quiseram responder.

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