Especialista fala sobre disputa em São Luís

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Publicitário Daniel Mendes
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”Se a rejeição fosse à pessoa física do prefeito, suas qualidades humanas, seria muito grave. Mas como, aparentemente, é mais ao gestor, caberá à campanha dele desfazer essa imagem”.

Esta é avaliação do jornalista e especialista em marketing político, Daniel Mendes, sobre a rejeição do prefeito Edivaldo (PDT), em entrevista exclusiva dado ao dada ao Blog do Robert Lobato.

Não obstante está residindo em Brasília, Mendes é um profundo conhecedor da política maranhense e, e particular a de São Luis.

Na entrevista a seguir, ele fala sobre o clima da pré-campanha e faz uma avaliação sobre as chances dos principais concorrentes na corrida pela Prefeitura de São Luis, inclusive, claro, sobre a possibilidade de reeleição do atual prefeito. Confira:

Blog – Como você avalia o clima da pré-campanha pra prefeito de São Luís?

Daniel – Robert, eu nem estou em São Luís pra avaliar o clima. Me coloco apenas na condição de palpiteiro, sem acesso a alguns dados importantes, especialmente dos cruzamentos das pesquisas. O que eu posso destacar é que, caso se confirmem as tendências das últimas pesquisas, especialmente o que a DataM trouxer na próxima quarta-feira, com uma amostra muito larga, nós teremos um clima bem diferente do que se prenunciava até então, com dois candidatos estabelecendo uma trégua entre si para concentrar as artilharias no prefeito. O mais provável é que deixem o prefeito, que terá que se haver com sua rejeição no segundo turno, e façam uma campanha de vida e morte pelo posto de desafiante.

Blog – Os principais candidatos aparecem embolados nas pesquisas. É possível dizer quem é favorito até aqui?

Daniel – Inegável que há um leve favoritismo para o prefeito e a candidata Eliziane.

Blog – O prefeito Edivaldo tem um índice alto de rejeição. Isso pode tirá-lo da disputa ou é possível uma reversão positiva?

Daniel – Se a rejeição fosse à pessoa física do prefeito, suas qualidades humanas, seria muito grave. Mas como, aparentemente, é mais ao gestor, caberá à campanha dele desfazer essa imagem. Não irá desfazer de toda, mas pode diluir o suficiente para dar a ele mais competitividade no segundo turno.

Blog – Qual a influência do voto da deputada Eliziane Gama a favor do impeachment da Dilma na campanha dela?

Daniel – Não sei, mas não acredito que seja importante, embora as pesquisas apontem uma maioria no eleitorado a favor da presidente. Temos um longo histórico em campanhas em que assuntos federais não parecem contaminar o calor da paróquia. Basta lembrar o apoio de Lula a Roseana ou de Dilma a Gastão.

Blog – O ex-prefeito João Castelo ajuda ou atrapalha a candidatura Eliziane Gama?

Daniel – Como apoio político, ajuda. Desde que o PSDB não tente fazer da campanha da deputada uma plataforma de resgate de seu governo. Aí, seria ruim para ela.

Blog – O fenômeno Wellington do Curso é consistente ou é apenas uma bolha?

Daniel – Tem que ver o que ele representa. Minha hipótese, a ser testada, é que ele cresceu alimentado por uma demarcação de imagem diferente de todos os demais candidatos. Ele fala como se fosse de fora do campo da política, com uma história que não teve que passar na alfândega ideológica nem do Sarney, nem do governador Flavio Dino. Se for verdade essa hipótese, é um fenômeno a ser observado com atenção. Qual é o tamanho desse empuxo, não sabemos ainda.

Blog – Você acredita na candidatura do PMDB com Fábio Câmara?

Daniel – Quem dá mostras de não estar acreditando é a população de São Luis. O problema dele não é falta de qualidades pessoais, mas estar numa posição de não poder se projetar para o futuro. Ele terá que vencer a percepção de que sua candidatura está construída em algum lugar no passado.

Blog – Você vê alguma possibilidade de não haver segundo turno em São Luís?

Daniel – Eu não aposto um centavo nisso. Com essa ruma de candidatos, é virtualmente impossível.

Blog – Uma chapa Edivaldo Junior/Roberto Rocha Júnior tem quais pontos positivos e negativos?

Daniel – Se confirmada a chapa, a juventude de ambos tanto pode ser um sinal de inexperiência e fraqueza como um sinal de vitalidade e fortaleza. Cabe a eles projetar o polo positivo, em palavras e ações.

Blog – Qual é o papel que o governador Flávio Dino terá nestas eleições em São Luís?

Daniel – Aí você quer que eu adivinhe. Brincando um pouco, acho que no primeiro turno terá o papel de médico, prescrevendo remédios para assegurar que o segundo turno seja disputado por dois candidatos aliados. E no segundo turno terá o papel de enfermeiro, passando mertiolate e pomadas para acelerar a cicatrização das feridas em seu grupo.

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