O Globo Repórter desta sexta-feira (22) viaja pela Chapada das Mesas, um parque nacional localizado no Maranhão que ponto de encontro entre três biomas: o misterioso Cerrado, a árida Caatinga e a vigorosa Floresta Amazônica. O repórter José Raimundo se joga mata adentro, chega ao topo da serra e mergulha nos poços naturais de águas cristalinas.

“Fui surpreendido pela grandeza da Chapada das Mesas. Não apenas no tamanho, mas, especialmente, na grandeza da belíssima paisagem. O Maranhão pode se orgulhar de guardar em seu território esse rico patrimônio”, conta o repórter.

O parque é uma área de proteção ambiental que abrange cerca de 160 hectares de Cerrado nos municípios de Carolina, Riachão, Estreito e Imperatriz, no centro-sul do Maranhão. O rio Tocantins é a grande referência desse paraíso. A região é rica em espécies animais e plantas, sem falar no alto potencial turístico em decorrência das belezas naturais da Chapada das Mesas.

É um misto de sertão, bosques de buritizais, quedas d’água, cânions e cerrado, explorados através de estradas de terra. O melhor meio de locomoção são os carros 4×4, que conseguem chegar aos locais mais bonitos da região, mas precisa também de disposição para caminhar.

Entre tanta beleza natural, destaque para os papagaios verde-amarelos e para as araras multi-coloridas. As surpreendentes cachoeiras têm águas puras, cristalinas e minerais. José caminha percorrendo o rio com água na altura da cintura para chegar na Cachoeira do Santuário, uma paisagem linda com queda d’água de 50 metros. A claridade entra, o sol avança causando um efeito de espelho na água. Verdadeiro espetáculo da natureza.

A equipe de reportagem entrevista brasileiros que ganham a vida neste lugar isolado. Eles vivem bem e são felizes neste paraíso quase desconhecido.

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Foto: Divulgação/Globo

Você já imaginou um cenário surpreendente, onde praias somem e aparecem de acordo com a vontade dos ventos? A região é no litoral selvagem do Maranhão, onde fica a maior floresta de manguezais do mundo: uma faixa verde de 340 km de mangue que vai do Maranhão ao Pará. Lá é onde o mar encontra a floresta amazônica, um berçário com várias espécies da fauna e da flora.

Quem mostra todos os encantos dessa região inexplorada do país é o repórter José Raimundo. Ele viaja pelo paraíso quase desconhecido, onde o turismo não consegue chegar devido à mudança de cenário por causa dos ventos e das marés. A areia é fina, a água é morna e a paisagem é de tirar o fôlego. A cada dia as dunas se formam e somem de acordo com a força dos ventos. 

Essa oscilação cria várias ilhas, de todos os tamanhos. Uma que se destaca pela beleza é a Ilha dos Lençóis, onde habitam 500 pessoas. As casas são feitas de madeira porque, a cada três anos, os moradores precisam mudar de endereço e levar o material para montar em outro terreno. Os moradores pescam vários tipos de peixe para o próprio consumo e vivem das riquezas trazidas pela maré.

Navegar é um desafio, já que na maré baixa, com profundidade de apenas um metro, o barco encalha nos bancos de areia por todos os caminhos. O jeito é esperar a maré subir para seguir viagem, quando o nível dos rios chega a oito metros de altura e inunda tudo pela frente.

Além das belas paisagens, o local é um paraíso para os seres vivos, pois há muita fartura por todos os lados. O Guará é um pássaro comum na região, que fica com o corpo vermelho depois de se alimentar do caranguejo do mangue, rico em caroteno. Destaque também para a energia eólica do local, que alimenta todas as casas do vilarejo.

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Foto: Maurício Araya