A consciência necessária

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Por Edivaldo Holanda Junior

Fazer a gestão dos resíduos sólidos não é uma tarefa fácil, sobretudo em um momento no qual, além da implantação de políticas públicas profissionais e eficientes, faz-se necessária a urgente mudança no padrão cultural do nosso relacionamento com o lixo que produzimos. Este tem sido um grande desafio no mundo inteiro, pois se de um lado temos o aumento do contingente populacional nas cidades, conjugado com o aumento do consumo de produtos, de outro lado temos a diminuição dos espaços para armazenar todo o lixo produzido. Diante deste problema urbano, desde minha primeira gestão assumi a responsabilidade de superar todos os desafios necessários para fazer de São Luís uma cidade que cumpre as diretrizes estabelecidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, que não acontecia até então, bem como a preservação dos nossos recursos naturais.

Em São Luís, fizemos todos os estudos necessários, elaboramos um planejamento estratégico não somente operacional, mas também no sentido de otimização dos recursos financeiros investidos. Uma dessas ações foi a desativação do Aterro da Ribeira, ainda em 2015, que há muitos anos funcionava como um lixão a céu aberto, trazendo inúmeros problemas para a cidade e era um gargalo antigo para a administração municipal. Após, iniciamos a operação de um dos aterros sanitários mais modernos do país e estabelecemos programas de coleta seletiva e educação ambiental focado na promoção desta mudança cultural em relação ao lixo.

O marco para esta mudança cultural em curso foi a implantação da política dos Ecopontos. Já são 12 equipamentos em operação, e a nossa meta é atingir 30 até o fim da gestão. Com isso, passamos a figurar um grupo pequeno de cidades brasileiras onde a população tem acesso a uma política pública de incentivo à coleta seletiva.

Os Ecopontos foram pensados como um espaço onde cada cidadão pode descartar voluntariamente todos os resíduos recicláveis produzidos em sua residência e, a partir desta entrega, compreender sua responsabilidade na manutenção da limpeza da cidade e aprender a fazer o manejo ambientalmente adequado do resíduo que produz.

Esta política garante diversas melhorias para toda a cidade. A primeira delas é o fim dos pontos de descarte irregular nos bairros, já que o Ecoponto é prioritariamente construído em áreas com esta característica. Com menos lixo descartado irregularmente nas ruas temos menos transtornos como pontos de acúmulo de água causados pelo entupimento de bueiros e galerias pelo lixo. Com isso, reduzimos também problemas de saúde pública. O meio ambiente também sofre menos com os impactos do descarte irregular.

Para que nossa população entenda a importância social, econômica e ambiental do resíduo sólido urbano, estamos todos os dias nas escolas e nas comunidades informando a população sobre a importância do uso dos Ecopontos, sobre o manejo adequado do resíduo doméstico e sobre a importância da coleta seletiva e reciclagem, através do programa de Educação Ambiental da Limpeza Urbana “Cidadão Limpeza, Cidade Beleza”.

O nosso esforço na implantação destes equipamentos aliado à maior consciência da nossa população gera ainda a melhoria das condições de trabalho e de vida dos catadores de materiais recicláveis. Eles recebem direto em suas cooperativas tudo aquilo que antes ia para o lixo e agora é entregue nos Ecopontos. Dessa forma, conseguimos aumentar a renda destes profissionais e ainda gerar mais emprego, pois a cada novo Ecoponto entregue aumenta o volume de resíduos coletados e encaminhados às cooperativas, que precisam agregar novos profissionais. Assim fechamos também um ciclo virtuoso de geração de emprego, renda e fortalecimento da economia circular.

Anunciamos mais investimentos para o fortalecimento da gestão profissional dos resíduos sólidos urbanos em São Luís, como galpões de triagem de resíduos para as cooperativas de reciclagem, a construção de uma usina de beneficiamento dos resíduos da construção civil, Pátio da compostagem para os resíduos orgânicos e em breve mais duas novidades: disponibilizaremos um aplicativo digital para facilitar a comunicação dos munícipes com os serviços de Limpeza Urbana, além de auxiliar o processo de fiscalização daqueles que descumprem as legislações vigentes, e daremos início à coleta seletiva voluntária porta a porta.

Os desafios ainda são muitos, sabemos, mas seguimos enfrentando cada um deles e ampliando nossas políticas de limpeza urbana para a população, pois entendemos que investir em uma gestão profissional e ambientalmente adequada dos resíduos sólidos é, acima de tudo, uma forma de cuidar das pessoas.

*Edivaldo Holanda Júnior é prefeito de São Luís

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Gestão de Edivaldo é destaque em evento internacional

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As ações da Prefeitura de São Luís na área de limpeza urbana implantadas na gestão do prefeito Edivaldo foram apresentadas nesta quinta-feira (7) no 1º Congresso Internacional Cidades Lixo Zero (Zero Waste Cities), que acontece até esta sexta-feira (8) em Brasília (Distrito Federal). Durante o evento, a presidente do Comitê Gestor de Limpeza Urbana, Carolina Moraes Estrela, que foi representando a gestão municipal, apresentou os resultados do fechamento do Aterro da Ribeira, os dois anos de implantação dos Ecopontos, além de ter falado sobre os desafios na gestão de resíduos sólidos.

A atuação do setor público na Política Nacional de Resíduos (Lei Federal nº 12.305/2010) foi o tema da apresentação da presidente do Comitê Gestor de Limpeza Urbana que fez um balanço dos avanços feitos pela Prefeitura de São Luís na área desde o fechamento do Aterro da Ribeira, em julho de 2015. “Este foi um grande desafio que o prefeito Edivaldo assumiu e que também foi um marco na profissionalização da gestão de resíduos sólidos na nossa cidade. A partir disto, iniciamos a implantação de diversas políticas que colocaram São Luís no grupo de 7% das cidades brasileiras que têm, de fato, políticas de promoção da sustentabilidade e reciclagem”, destacou Carolina Moraes Estrela.

Durante sua apresentação, Carolina Moraes Estrela destacou os avanços da gestão de resíduos sólidos em São Luís, apresentando o processo de fechamento do Aterro da Ribeira e o envio dos resíduos sólidos urbanos recolhidos em São Luís para a Central de Tratamento de Resíduos Titara, um aterro sanitário moderno que segue todas as normas ambientais vigentes. “Os catadores que antes viviam em condições precárias no antigo aterro da cidade foram integrados ao sistema de limpeza urbana do município. Com isso, garantimos ainda a inclusão social destas pessoas, garantindo emprego e renda para elas”, informou.

Carolina Moraes Estrela também frisou o diferencial dos Ecopontos implantados em São Luís. “A implantação de Ecopontos é uma tendência mundial. Os Ecopontos de São Luís, não são somente um local de acondicionamento de resíduos, mas também um local de educação ambiental, de conscientização e, acima de tudo, são trabalhados de forma ética, econômica, eficiente e visionária”, afirmou.

Ainda segundo a presidente do Comitê Gestor de Limpeza Urbana, em 2016, quando foi inaugurado o primeiro Ecoponto, no Parque Amazonas, o desafio da Prefeitura de São Luís era convencer a comunidade da importância do equipamento. “Superamos este desafio apresentando o projeto dos Ecopontos à população de São Luís por meio de ações de educação ambiental. Agora, com 10 Ecopontos em pleno funcionamento, o nosso desafio é atender a todos os pedidos de implantação destes equipamentos em diversos bairros da cidade”, destaca.

Foto: Divulgação

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