Esquema de imóveis

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AlexandreSaraivaA Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (18), a Operação Cartago que tem como objetivo desarticular esquema fraudulento na carteira de financiamento de imóveis da Caixa Econômica Federal.

A operação consiste no cumprimento de 44 mandados judiciais, sendo 19 de busca e apreensão, 18 de condução coercitiva e 7 comunicações de suspensão da função pública. Participaram da ação 121 policiais federais.

A investigação verificou que empregados da Caixa criaram empresas fictícias em nome de parentes. Essas empresas passaram a ser contratadas pelo banco para prestar serviços como correspondentes bancários imobiliários. Embora fossem realizados diretamente pelos clientes, os contratos mencionavam as empresas como intermediárias. Essa situação rendia o pagamento indevido de comissões.

“Essas empresas eram encabeçadas por servidores ou pelos próprios gerentes da Caixa Econômica Federal. Houve uma agência em que 100% dos contratos eram fraudulentos”, afirmou o superintendente da PF, Alexandre Saraiva (foto).

Foram montados escritórios de atendimento no interior das agências bancárias, utilizando espaço físico, mesas, cadeiras e até computadores da Caixa. Os empregados dessas empresas chegaram a ter acesso às senhas restritas aos funcionários da Caixa.

Em uma única agência durante o ano de 2010, verificou-se que todos os contratos de financiamento firmados eram fraudulentos. As fraudes verificadas em várias agências da Caixa totalizaram uma movimentação superior a R$ 500 milhões.

Os envolvidos no esquema criminoso responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de gestão fraudulenta, estelionato, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, inserção de dados falsos e sonegação.

Nota da Caixa

A operação da Polícia Federal foi deflagrada após apuração administrativa instaurada pela Caixa, que culminou com a demissão de empregados envolvidos e com o encaminhamento de notícia-crime à PF. A Caixa continua acompanhando o caso e está à disposição da Polícia Federal para colaborar com as investigações.

Foto: Flora Dolores/ O Estado

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