JEMs e ParaJEMs: ensinamentos para a vida inteira

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Por Carlos Brandão

Em todos os campos da vida, temos que conviver com uma certeza irremediável: em tudo que se faz, se pode ganhar ou se pode perder. Afinal, todas as nossas decisões tem a sua probabilidade de dar certo ou de dar errado. É assim. Simples. O que nos diferencia é o saber lidar com as adversidades, o que aprender com elas e como elas podem nos tornar pessoas melhores, realmente vencedoras. Entender o significado das vitórias talvez seja ainda mais importante. Vencer não pode se tornar um perigo. Não podemos deixar que a sensação de vitória nos faça esquecer o sublime atributo do valor da humildade.

Há alguns dias, em São Luís, tive a oportunidade de participar da abertura da maior competição estudantil do Maranhão: os Jogos Escolares Maranhenses (JEMs) e os ParaJEMs. Milhares de jovens reunidos praticando cidadania em plena harmonia. Meninos e meninas que apostam no esporte como um meio de integração social e aprendizado. Que deixam suas cidades, seus lares, para lhes representar. Sim, porque quando estão nas quadras, nos tatames, nas piscinas, defendem suas próprias bandeiras, seus próprios sonhos.

Há aqueles que não percebem o tamanho da energia e do amor que essa juventude doa por aquilo que ama. Nas arquibancadas, adolescentes orcem, entregam-se à emoção, criam uma irmandade. É o poder do esporte que vai além de coroar vencedores. E é essa chama que não podemos deixar se apagar. Ainda mais quando estamos na semana onde se comemorou o Dia Internacional da Juventude (último dia 12) e que celebramos, oficialmente, a Semana da Juventude, no Maranhão, instituída pela Lei n° 11.082, sancionada por mim – quando governador em exercício -, dia 24 de julho deste ano.

Como diria um bom técnico: ganhar ou perder faz parte do jogo. Particularmente, conheço times campeões que sofreram grandes derrotas e que, a partir delas, trabalharam para voltar a vencer. A derrota foi decisiva para o jogo, mas não para o sempre.

Mesma atitude devemos ter diante dos obstáculos da vida. Um revés, se for bem analisado, pode nos ensinar muito mais do que qualquer vitória. As vitórias sucessivas podem cegar e desviar nossa atenção diante de erros que elas encobrem. Aprendi em meu tempo de atleta – quando jogava basquete e também participava dos jogos escolares com o mesmo entusiasmo que percebo nos atletas que competem nos JEMs e nos ParaJEMs -, que saber perder também é importante para nosso crescimento.

O americano Walt Disney tem uma frase que diz muito: “a diferença entre ganhar e perder é, muitas vezes, não desistir”. E o “não desistir”, o “levantar-se”, o “prosseguir”, talvez sejam os grandes ensinamentos que competições como essa deixam para o futuro desses jovens. Cidadãos maranhenses que voltarão para as suas cidades, para as suas casas, com a sensação de terem participado de um momento único, grandioso. Por suas terras, por suas escolas ou por si mesmos – com a certeza de que o mais importante que ganhar ou perder é defender algo no que se acredita. E, isso, fica para a vida.

*Carlos Brandão é vice-governador do Maranhão

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Handebol e futsal são destaque no ParaJems

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O ginásio poliesportivo Manoel Trajano no Complexo Esportivo Canhoteiro foi centro de disputas do futsal de cinco, futsal intelectual e handebol intelectual – masculino e feminino – das Paralimpíadas Escolares Maranhenses (ParaJEMs) 2018 que integram os Jogos Escolares Maranhenses (JEMS) 2018. No terceiro dia de competições, os estudantes mostraram as jogadas dos intensos treinos em disputas acirradas.

As primeiras a darem show em quadra foram as equipes femininas do handebol intelectual da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Luís (APAE) e da escola Eney Santana.  Com placar de 9 a 8 para a APAE, a atacante da equipe vitoriosa, Joseana Pereira, acreditou na vitória da equipe. “Foi difícil, mas mais importante do que ganhar ou perder é participar porque significa inclusão com as pessoas com deficiência”, afirmou.

No masculino de handebol intelectual, a APAE também levou a melhor em cima da Escola Eney Santana com placar de 12 a 6.

Já no futsal de cinco, as equipes A e B da Escola de Cegos Maranhão (Escema) se enfrentaram em quadra. O atacante do time B, Maciel Santos, pretendia fazer três gols, mas a partida ficou no 0 a 0. “Nossa equipe é conhecida pela união. Foi um grande desafio e apesar do resultado, estamos satisfeitos. Tudo isso engrandece nosso esporte”.

Do outro lado, a equipe A também levou o empate como um importante resultado para o time. “Fomos bem. Apesar de a equipe adversária ter um atacante excelente, nós conseguimos barrar ele porque o jogo ficou empatado. Eles tinham tudo para ser favorito, mas conseguimos neutralizar”, avaliou o zagueiro Carlos Cavalcante.

O futsal intelectual finalizou as rodadas matutinas no Manoel Trajano. A APAE fez um grande jogo e venceu por 11 a 4 a Escola Eney Santana. “Estamos aqui para descontrair. Hoje nós ganhamos deles e vamos ganhar de novo”, comemorou o lateral direito da APAE, Luís Cássio. Já o atacante da Eney Santana, Eliseu Costa, afirmou que “foi um jogo bom, deu pra mostrar nosso futebol e que deficientes têm condições de praticar esporte”.

O Secretário de Estado do Esporte e Lazer (Sedel), Hewerton Carlos Rodrigues, acompanhou os jogos e ressaltou o papel dos JEMs. “Os jogos das Paralimpíadas são muito importantes pela inclusão social que promovem. Dessa forma, pessoas com deficiência podem aproveitar o esporte para o seu desenvolvimento, para melhorar a saúde e para o lazer”, finalizou.

Foto: Divulgação

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