Superlotação em presídios chega a 31,7% no Maranhão

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O número de detentos em unidades prisionais do Maranhão, já ultrapassa 31,7% da capacidade dos presídios. O estado possui 8.531 vagas para uma população de 11.510 detentos, de acordo com o levantamento do G1, dentro do Monitor da Violência, que realizado com base nos dados de presídios maranhenses, dos 25 estados e o Distrito Federal.

O Maranhão possui 5.067 presos que cumprem pena provisoriamente, número que representa 43% da capacidade total oferecida nas unidades. De acordo com o G1, no Brasil há hoje 708.546 presos para uma capacidade total de 415.960 pessoas, com um déficit de 292.586 vagas.

No estado, 2.060 presos trabalham hoje em presídios maranhenses. Além disso, 19,1% dos detentos presentes em unidades prisionais estudam. De acordo com o relatório, o Maranhão possui 1.428 vagas em construção.

O levantamento do G1 dentro do Monitor da Violência, é uma parceria com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

G1 MA

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Duas visões sobre Pedrinhas

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fernandomendonca

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, condenou o Brasil a tomar várias medidas para reduzir as mortes nos presídios no Maranhão.

Enquanto essas soluções são tomadas, o juiz Fernando Mendonça, da 2ª Vara de Execuções Penais, disse em rede social esperar que a governadora Roseana Sarney não mexa na equipe comandada pelo secretário Sebastião Uchoa e que não ceda às pressões de políticos aliados a maus servidores.

“Oxalá, o governo não mexa na equipe conduzida tecnicamente por Sebastião Uchôa e nem ceda à pressão de políticos, aliados a maus servidores que nos levaram a essa nefasta herança de caos e barbárie”, escreveu o juiz.

Mas enquanto isto, a declaração de Fernando Mendonça vai no sentido contrário a Flávio Dino, presidente da Embratur como sempre faz nestas situações não perdeu a chance de explorar o assunto politicamente. Só esqueceu que esta situação já vem se arrastando  há vários anos e que um dia, já teve, inclusive um irmão (o ex-secretário Sálvio Dino) comandando o sistema prisional no Maranhão.

“Eis que aconteceu de novo. Mais mortes bárbaras, decapitações, horror. Já se vão dezenas de mortes neste ano de 2013 em estabelecimentos prisionais do Maranhão. São pessoas. Têm família. Pais, mães, esposas, filhos. É desumano reduzi-los ao rótulo de “criminosos”. E há que se perguntar: já haviam sido julgados, com sentença transitada em julgado ? Cometeram crimes graves ? Ou eram apenas vítimas da falta de uma adequada defesa técnica? Não sei, não sabemos. E mesmo que fossem, de fato, criminosos “perigosos”, há o que justifique tanto horror ?? Acaso não existem Constituição e leis? Na verdade, o que se passa em Pedrinhas é a dose mais elevada e concentrada do que assistimos cotidianamente. Basta olhar ao redor para ver que o Maranhão está sem governo, sem comando”, escreveu rede social.

Em outro trecho, Flávio Dino diz não acreditar que o episódio de ontem foi uma briga no presídio.

“Não, isso não é normal. Em um mês tão especial, lembremos que Cristo evitou que “criminosos perigosos” fossem torturados e mortos. “Quem nunca errou, que atire a primeira pedra… Recuso-me a ver a repetição desses acontecimentos como “normais” ou “fatalidades” (briga de bandidos…)”.

 

pedrinhasporflaviodino

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